Operação Marguerita da PF é devido nome de boite na Eslovênia. Com informações da PF e Correio.
Da Redação , Salvador |
20/02/2017 às 12:59
Operação Marguerita prende Carla Sueli
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A dançarina Carla Sueli Silva Freitas é uma das três brasileiras presas pela polícia italiana, acusadas de tráfico de pessoas e favorecimento à prostituição. Carla Minhoca, como é conhecida, já atuou como bailarina do cantor Silvanno Salles e de bandas de pagode como o Fantasmão.
A prisão dela e das outras suspeitas ocorreu durante o cumprimento de um mandado emitido pela justiça brasileira em caráter internacional. Através do Serviço de Cooperação Internacional da Polícia, as autoridades brasileiras informaram ao governo italiano sobre a atuação de um grupo com sede em Fortaleza (CE), que agia na Itália e na Eslovênia.
Segundo as investigações, a quadrilha agia no Brasil desde 2010 e levou mais de 150 mulheres para se prostituir na Europa. A rede criminosa é composta por aliciadores, responsáveis pelo recrutamento, transporte, viagens para o exterior, acolhimento, alojamento e exploração sexual de vítimas (mulheres) nos países de destino.
A Polícia Federal deflagrou no último dia 15, a Operação Marguerita, com o objetivo de desarticular grupo criminoso internacional especializado em tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. As vítimas eram levadas do Brasil (Fortaleza/CE) para a Itália e Eslovênia.
Cerca de 92 policiais federais cumprem 13 mandados de busca e apreensão, 13 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 18 mandados de condução coercitiva, todos expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Ceará, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. A ação conta, ainda, com a participação de autoridades policiais da Itália e Eslovênia.
A rede criminosa é composta por aliciadores, responsáveis pelo recrutamento, transporte, viagens para o exterior, acolhimento, alojamento e exploração sexual de vítimas (mulheres) nos países de destino.
O crime de tráfico internacional de pessoas com a finalidade de exploração sexual trata de grave violação de direitos humanos, considerando a situação de vulnerabilidade das vítimas, que muitas vezes, iludidas pelos aliciadores, mediante fraude, são levadas a países da Europa e submetidas à condição degradante.
Os presos serão indiciados por crime de tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com pena prevista de até 25 anos de reclusão.
A operação foi batizada de “Marguerita” em alusão ao nome da principal boate (Margerita) na Eslovênia, onde se exploravam sexualmente as vítimas.