Direito

PRAXE: João Santana e Mônica, presos na PF, fazem exames corpo delito

Marketeiro e mulher chegaram algemados
G1 , Paraná | 23/02/2016 às 15:48
Casal chegou algemado para fazer os exames
Foto: PR Press
Cinco presos na 23ª fase da Operação Lava Jato fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), em Curitiba, por volta das 15h desta terça-feira (23). O procedimento é de praxe depois da prisão. Após o exame, Vinícius Veiga Borin, Benedito Barbosa, Zwi Skornicki, João Santana e Mônica Moura voltaram à carceragem.

O casal João Santana e Mônica se entregou à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira. Eles estavam na República Dominicana trabalhando em uma campanha eleitoral. Conforme o G1 antecipou, ele se apresentou sem celular e sem notebook, apesar de estar voltando de uma viagem de trabalho na República Dominicana, onde fazia campanha política junto com a mulher e sócia, Monica Moura

Já Borin, preso em São Paulo,Barbosa e Skornicki, detidos no Rio de Janeiro, chegaram à Superintendência da PF na noite de segunda-feira (22).

Essa etapa da Lava Jato, deflagrada na segunda-feira (22), é chamada de "Acarajé", termo que os suspeitos usavam para se referir ao dinheiro irregular. A PF suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato.

Uma das principais linhas de investigação são os repasses feitos pela empreiteira Odebrecht, um dos alvos da Lava Jato, ao marqueteiro João Santana.

Segundo relatório da PF, João e a esposa ocultaram das autoridades os recursos recebidos no exterior porque tinham conhecimento da "origem espúria" deles.

Esse dinheiro foi escondido, conforme o relatório, mediante fraudes e "com a finalidade exclusiva de esconder a origem criminosa dos valores, que, como se viu, provinham da corrupção instituída e enraizada na Petrobras".

A suspeita é de que, usando uma conta secreta no exterior, o publicitário teria recebido dinheiro da Odebrecht e do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, segundo o Ministério Público Federal (MPF). De acordo com as investigações, Santana recebeu US$ 7,5 milhões em contas no exterior.

Desse total, US$ 3 milhões teriam sido pagos de offshores ligadas à Odebrecht , entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. O engenheiro também foi preso na 23ª fase. Ele é apontado como operador do esquema.