Justiça Social apoia família de Rodrigo Lapa na apuração do caso
SJDH , Salvador |
11/01/2016 às 10:42
Reunião na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos
Foto:
A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social
acompanha de perto os passos para a elucidação do crime, por meio
da coordenação LGBT, em conjunto com a Superintendência de
Prevenção à Violência (Suprev) da Secretaria de Segurança
Pública.
Familiares do professor de inglês assassinado brutalmente em Brotas no final de
dezembro de 2016, Rodrigo Lapa, acompanhados pelo presidente do Grupo
Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, se reuniram, na tarde da última
quinta-feira (07), com o coordenador LGBT e a superintendente de
Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da Secretaria de Justiça,
Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Vinícius Alves e Anhamona
de Brito, respectivamente, e com a delegada de polícia e diretora de
Direitos Humanos da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Marita
Souza.
Segundo uma das primas da vítima, Juliana Lapa, toda a família está
empenhada na solução do caso e reunindo forças para elucidar o
crime. “Viemos nos colocar à disposição para o que for
necessário na elucidação do crime, para que outros não se
repitam”, salientou Juliana.
A reunião com os representantes do poder público, de acordo com o
presidente do GGB, teve como objetivo unir os esforços na apuração
da responsabilidade do crime e combater a impunidade. “Foi um crime
brutal, com requintes de crueldade, que obriga a comunidade gay a
reconhecer a evidência do caráter de tortura e da motivação
odiosa. São fatos terríveis porque fragilizam nossa população e
reforçam uma premissa da nossa cultura que diz que somos indivíduos
de segunda categoria”, constatou Cerqueira.
Acompanhamento - Na reunião, Anhamona de Brito comentou sobre dados divulgados pelo
GGB que dão conta do aumento de incidências de mortes entre as
pessoas LGBT nos primeiros dias do ano, na Bahia e no Brasil. “A
nossa secretaria tem acompanhado de perto os passos para a elucidação
do crime, por meio da coordenação LGBT, em conjunto com a
Superintendência de Prevenção à Violência (Suprev/SSP)) e, de
forma alguma podemos aceitar que argumentos como comportamento de
risco sirvam para justificar crimes de ódio. As pessoas,
independentemente da sua orientação sexual e identidade de gênero,
são livres e devem ser respeitadas”, enfatizou.