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Globo , Curitiba |
11/04/2015 às 13:05
Luiz Argolo sendo l,evado para o exame de corpo de deliito
Foto: Futura Press
Seis dos sete presos da 11ª fase da Operação Lava Jato fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), em Curitiba, neste sábado (11). Depois, eles retornaram para a carceragem da Polícia Federal. O procedimento, que é de praxe em caso de prisão, não foi realizado apenas pelo ex-deputado Pedro Corrêa, que cumpre prisão em regime semiaberto em Pernambuco, e ainda não chegou a Curitiba.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a transferência dele para a capital paranaense, mas a Polícia Federal não informou como ou quando isso ocorrerá. Também foram encaminhados para exame de corpo de delito Dario Queiroz Galvão Filho, que conforme a PF, é sócio da Galvão Engenharia, e Guilherme Esteves de Jesus, apontado como um operador do esquema de desvios na Petrobras. Eles foram detidos em 27 de março, entretando, ainda não haviam feito o exame.
A 11ª fase da Operação Lava Jato que investiga um esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro, prendeu na sexta-feira (10) sete pessoas, sendo três ex-deputados; André Vargas (ex-PT e vice-presidente da Câmara dos Deputados), Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP).
Esta última etapa da operação chegou aos contratos de publicidades firmados pela Caixa Econômica Federal (CEF) e pelo Ministério da Saúde, e foi batizada de “A Origem”.
O nome, segundo a Policia Federal, se deu em virtude do cumprimento de dois mandados em Londrina, cidade onde morava Alberto Youssef e onde iniciaram as investigações da Lava Jato.
De acordo com a Polícia Federal, a agência de publicidade dirigida por Ricardo Hoffmann era contratada pela Caixa e pelo Ministério da Saúde.
A agência fazia subcontratações de fornecedoras de materiais publicitários que eram de fachadas e tinham como sócios André Vargas e o irmão dele Leon Vargas.
Como não havia prestação de serviço, estas contratações eram realizadas apenas, conforme os delegados da Polícia Federal, para a lavagem de dinheiro. As irregularidades começaram entre 2010 e 2011 e se estenderam até 2014.
Dentre as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal para a prisão de André Vargas está um pagamento de R$ 2,4 milhões feito por Youssef em dezembro de 2013. Para justificar o recebimento, segundo a investigação, foram emitidas notas fraudulentas pela empresa IT7, que possui contrato com diversos órgãos públicos. Dentre eles a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 50 milhões no ano de 2013.