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G1 , CURITIBA |
23/03/2015 às 12:41
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância, autorizou a transferência de 12 presos da carceragem da Polícia Federal (PF) para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O pedido de transferência foi feito pela PF na sexta-feira (20), que justificou dizendo que "já está ficando inviável" a quantidade de presos na sede, tendo em vista que alguns presos não podem se comunicar entre si e fica difícil acomodá-los em apenas seis celas.
Os presos que serão transferidos são: Adir Assad, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Erton Medeiros Fonseca, Fernando Antônio Falcão Soares, Gerson de Mello Almada, João Ricardo Auler, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Mario Frederico Mendonça Goes, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Renato de Souza Duque e Sergio Cunha Mendes. Até as 11h40, a PF não tinha informado a data das transferências.
No despacho, publicado às 11h25 desta segunda (23), Moro destacou que não autorizou a transferência de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras. O tratamento psicológico foi solicitado pela defesa de Cerveró no início de fevereiro após o ex-diretor passar mal na sede da PF, mas Moro apontou que ele já estaria recebendo assistência psicológica na carceragem da Polícia Federal.
Outro que teve o pedido de transferência negado foi Ricardo Ribeiro Pessoa, este por solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
No domingo (22), a defesa do vice-presidente da empreiteira Mendes Junior, Sérgio Cunha Mendes, protocolou na Justiça Federal do Paraná o pedido para que Mendes fosse transferido para o presídio da Papuda, em Brasília. Contudo, Sérgio Moro negou o pedido da defesa. O magistrado alegou que a presença de Cunha Mendes em Curitiba "ainda de mostra necessária."
No fim da tarde de sexta-feira (20), três suspeitos presos na 10ª fase da operação, deflagrada na segunda-feira (16), foram soltos. A Justiça Federal autorizou a soltura de três investigados, cujas prisões temporárias venciam na sexta: Sônia Mariza Branco, Dario Teixeira Alves e Lucélio Góes. Eles são suspeitos de participar do esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras.
A última fase da Operação Lava Jato foi marcada também pela prisão do ex-diretor de Serviços da estatal Renato Souza Duque e do empresário paulista Adir Assad, que também foram levados à superintendência da PF, em Curitiba. Ambos, contudo, foram presos preventivamente, ou seja, não existe um período definido de detenção.