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Ascom MP , Salvador |
18/11/2014 às 13:00
Integrantes de duas organizações criminosas que vêm agindo no município de Itaberaba, situado a 267 km de Salvador, foram denunciados pelo Ministério Publico estadual, que também pediu a decretação da prisão preventiva e quebra do sigilo bancário e fiscal das 26 pessoas envolvidas, bem como a busca e apreensão em suas residências. As denúncias foram assinadas pelos promotores de Justiça José Botelho, Nataly Santos, Ana Carolina Freitas e Thyego Matos. Segundo eles, os crimes são de tráfico de drogas e arma de fogo e os denunciados foram enquadrados nos crimes de tráfico, associação para o tráfico e na lei de organização criminosa.
Segundo a denúncia encaminhada à Justiça no último final de semana, desde o segundo semestre de 2012, um dos grupos estruturou a difusão do uso de droga nas comunidades locais e, agregando inúmeros meliantes de alta periculosidade, com poder de ingerência em suas localidades”, fez com que em meados de 2013 houvesse uma descentralização das ordens, descortinando-se novos gestores setoriais, gerando uma perda da unidade de comando central. Com isso, os promotores de Justiça narram que houve a eclosão de disputas dos pontos de venda de drogas e uma série de assassinatos entre o final de 2013 e início de 2014 conforme registro nas ocorrências policiais.
O segundo grupo, prosseguem os membros do MP, se estruturou para o fim de traficar drogas e armas de fogo, comercializar cocaína, crack e maconha nos bairros periféricos, valendo-se da arma de fogo como processo de intimidação difusa e coletiva. Para tanto, no intuito de sedimentar as vendas, os marginais adotaram “o modus operandi consistente em ameaçar cidadãos e executar usuários devedores e membros de facções rivais, implantando a política do medo e terror nas diversas comunidades locais, com demonstração pública de riqueza e poder.”
Os promotores de Justiça ofereceram duas denúncias, sendo uma para cada grupo. Nas duas manifestaram-se favoráveis à quebra de sigilo fiscal e bancário e que se faça uma busca nas residências dos integrantes das quadrilhas. Da mesma forma, pedem a decretação da prisão preventiva de todos por entenderem que o “encarceramento dos denunciados garantirá a conveniência da instrução criminal, uma vez que soltos podem atemorizar e/ou ceifar a vida das testemunhas e seus familiares.” Segundo eles, essa é também uma maneira de preservar a ordem pública, cessando a intensa venda de drogas realizada por eles em Itaberaba.