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Irecê Repórter/PascoalFerreira , da redação em Salvador |
18/09/2014 às 19:35
Israel Lélis, prefeito de Ibipeba
Foto: DIV
Três mulheres estão presas na sede da 14ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Irecê, acusadas de falsidade ideológica. O Ministério Público descobriu o crime e a juíza de direito Luiza Elizabeth de Sena Sales Maia, titular da 1ª Vara Criminal da Infância e da Juventude da Comarca de Irecê, expediu um mandado de prisão preventiva. Maísa Angélica Sales Lelis, Jacione Neves de Oliveira e Juliana Neves e Silva foram detidas na tarde desta quarta-feira (17), duas na cidade de Ibititá e outra em Ibipeba.
Maria Angélica é mãe do prefeito de Ibipeba e segundo delegada de Irecê ela (Maísa) é acusada de favorecer adoções irrregulares em Ibititá.
O fato ocorreu há cerca de dois anos, em Ibititá, quando Maísa era diretora do Hospital Municipal. Na época, uma mulher deu à luz um bebê na referida unidade hospitalar e, segundo Maísa, a genitora sofria de transtornos mentais e queria doar o recém-nascido. A ex-diretora emitiu a Guia de Nascimento da criança, mas, em vez de colocar os nomes dos pais biológicos, inseriu os nomes de um casal que desejava adotar a criança, configurando assim o crime de falsidade ideológica, que teve como testemunhas e participantes do ato Jacione e Juliana, ambas do Conselho Tutelar.
As três mulheres estão detidas em uma sala separada dos demais detentos. O advogado de defesa, Valdinei Lopes de Oliveira, já entrou com um pedido de habeas corpus para que respondam o processo em liberdade. Na manhã desta quinta-feira, o Irecê Repórter tentou, por telefone, falar com o advogado para dar maiores detalhes sobre o caso, mas não conseguiu. A criança continua morando com os pais adotivos, no município de Mirorós.
Tráfico de Crianças – Logo após a prisão das três mulheres, comentários circularam nas redes sociais, dando conta de que elas teriam vendido o bebê a um casal do estado de São Paulo, informação julgada improcedente pela delegacia local. (Irecê Repórter)