Direito

“Diálogo dos Saberes” debate sobre novas solidariedades no Dia da Vis

“Diálogo dos Saberes” debate sobre novas
solidariedades no Dia da Visibilidade Lésbica
Ascom MP , Salvador | 29/08/2014 às 22:01
Encontro com apoio do MP
Foto: Ceaf
No "Dia Nacional da Visibilidade Lésbica", o debate mensal do projeto 'Diálogo dos Saberes' teve como palestrantes a professora Suely Messeder e a integrante do Coletivo de Lésbicas e Mulheres Bissexuais (Lesbibahia), Bárbara Alves. Juntas, elas debateram o tema “Conhecimentos enlaçados e novas solidariedades” e enfocaram a necessidade da sociedade começar a ver que existem vários tipos de mulheres, abandonando os estereótipos do passado que ainda são muito presentes. 

O encontro é coordenado pelo Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem) do Ministério Público estadual e aconteceu em conjunto com a 'Quinta Temática', da Superintendência de Política para as Mulheres por meio do Centro de Referência Loreta Valadares.

A abertura dos trabalhos foi feita pela promotora de Justiça Márcia Teixeira, coordenadora do Gedem e idealizadora do projeto que está em seu terceiro ano. A promotora ressaltou a importância desse debate que envolve as mulheres de movimentos sociais que necessitam das políticas públicas e as produções acadêmicas que, segundo ela, muitas vezes não chegam até os operadores do Direito e, portanto, não possibilitam o traçado de políticas institucionais no sentido de promover acesso aos direitos. Márcia Teixeira também anunciou algumas mudanças positivas para o Gedem, que está incluído no processo de reestruturação que será implementado no MP.  

De acordo com ela, o Gedem vai agregar em suas atribuições a proteção dos direitos da mulher e da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) na comarca da capital, podendo atuar em conjunto com os outros órgãos de execução com atribuições nesta área nas comarcas do interior do estado. O tema LGBT já vem pautando a atuação do MP e as intervenções nas políticas institucionais podem ser ampliadas em função das demandas, tendo em vista que muitas são as mulheres em várias áreas de atuação que têm dificuldades por causa de sua opção sexual,registrou a promotora.

Segundo Suely, toda produção do conhecimento deve contemplar não só a justiça social, mas a racial, de gênero, religiosa, erótica e científica. Apesar de registrarmos avanços, disse ela, verificamos que é uma constante ver que as pessoas vivem com base no conhecimento do século XIX, considerando mulheres e negros como seres inferiores. Bárbara ressalta que, na maioria das vezes, os movimentos constatados na sociedade não estão cuidando das pessoas, mas da causa, da pauta. Para ela, a atuação tem que ser diária e não apenas em eventos e datas comemorativas, devendo haver um cuidado para não transformar essas datas que são marcos importantes em ação de espetáculo. Bárbara destacou que “primeiro temos que ser solidários a nós mesmos, ampliando o cuidado com o outro, mas também conosco