Direito

JUSTIÇA EM MINAS GERAIS NEGA LIBERDADE AO EX-FLAMENGUISTA BRUNO

Veja
| 13/04/2011 às 15:11
Bruno é acusado de assassina a ex-amante Eliza Samudio
Foto: Domingos Peixoto/Ag O Globo

O pedido de liberdade para o goleiro Bruno Fernandes foi negado na tarde desta quarta-feira pelos desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte. O habeas corpus pedido pelo advogado Claúdio Dalledone foi julgado por três desembargados e todos votaram para que o goleiro aguarde preso a data do julgamento sobre a morte e desaparecimento de Eliza Samudio, ex-namorado do goleiro.

Ainda que os desembargadores concedessem a liberdade, Bruno poderia permanecer preso por causa de outro processo, já com condenação na Justiça do Rio de Janeiro.

Julgamento do pedido de liberdade

Os desembargadores terminaram nesta quarta o julgamento do pedido de liberdade que deveria ter acontecido na quarta-feira, mas foi adiado pelo desembargador Doorgal Andrada, que pediu vistas do processo.

O julgamento foi adiado após pronunciamento do advogado Cláudio Dalledone. A defesa alegou que o goleiro "detém todos os predicados para ficar em liberdade" até a data do júri e argumentou que Bruno tem domicílio certo, bons antecedentes e é réu primário.

O goleiro está preso há quase nove meses na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Entenda o caso

Eliza Samudio teve um relacionamento com o goleiro Bruno. Em fevereiro de 2010, a jovem deu à luz um menino e alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o bebê mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sido morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.

Em dezembro de 2010, a ex-mulher de Bruno, Dayanne, a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva, e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.