Cultura

A GRANDE ZONA ROSA DE PARIS É O BAIRRO MARAIS, MAIS CHARMOSO DA VILLE

Bairro com agito dia e noite e lugares variados a escolher para curtir, mas também de muito trabalho e lojas de grifes
Tasso Franco , Salvador | 31/07/2022 às 12:11
Rus des Archives local da comunidade LGBT em Paris
Foto: BJÁ
     Muita gente acha que Paris é a Sodoma mundial cidade mítica destruida por Deus, segundo a bíblia, por seus pecados. Nada disso. A ville é imensa com milhões de habitantes - locais e turistas - e alguns distritos são até conservadores com igrejas, mesquitas, templos kardecistas e um padrão de vida nornal. Embora, ainda assim, ninguém toma parte de sua vida particular.

  Há, no entanto, um bairro - Marais (pronuncia-se Maré) situado entre os distritos 3º e 4º (arrondisemant) que é apontado como o centro da vida LGBT, com várias zonas rosas ao invés de uma única como as que existem em Bogotá e Lisboa.
  
  Isso não significa que o Marais todo seja LGBT e de simpatizantes pois a comunidade é eclética. Há várias lojas grandes e pequenas, galerias de arte, bistrôs, serviços de toda natureza e quadriláteros embandeirados com as cores do arco iris, aí, sim, locais frequentados pela comunidade LGBT, preferencialmente. Porém, abertas a todos, sem discriminações.

  O Marais divisa entre as ruas Rivoli - com suas lojas de grifes e de departamentos - e Michel Le Comte; e pelas Ruas du Renard e Vieille du Temple do outro, próximo às estações de metrô Hotel de Ville, Rambuteau e St. Paul. O eixo principal são as St Croix da Bretonnerie e des Archives, esta última, vide foto, agitadissima.
 
   A Rua des Lombards fica entre o centro do Marais e o bairro des Halles. Os clubes de jazz ficam nesta rua a dois passos da estação de metrô Chatelet, dentro de um shopping. Nesta rua, como as demais, há dezenas de bares e bistrôs a escolher para petiscar, dançar, azarar e o que você desejar.
  
  Na parte do 4º arrondissement, também conhecido como SoMa (sul do Marais), é repleto de boutiques de luxo, galerias e clubes gay. No passado, foi ocupado por uma comunidade judaica, e hoje o bairro ainda abriga inúmeros restaurantes kosher. A Praça des Vosges, com uma área gramada, ostenta arcadas e o Museu Victor Hugo, onde viveu o escritor.
  
   Estão no Marais: o Centro Georges Pompidou, Museu Cognacq-Jay, Museu Picasso, Museu Carnavalet, Crêperie Suzette,Chez Julien, Grand Coeur Brasserie, Pierre Hermé. Breve, dom Franquito falará do Café Hugo que fica nas arcadas da Vosges e também do bistrô Le Drapeau, da Rue de Temple.

  O Marais não dorme - é o que se diz. Mas, claro que se dorme e bem. Há 300 hotéis no bairro daí vocês tiram a dimensão do que estamos falando e algumas lojas da Rivoli são as mais chiques de Paris, assim como o Centro Comercial do Hotel de Ville ao lado da sede da Prefeitura.