Cultura

AUTORIDADES PONGAM NO SUCESSO DAS GÊMEAS BAIANAS APROVADAS EM MEDICINA

Passaram em várias escolas e escolheram a UERJ
Tasso Franco , Salvador | 05/03/2022 às 18:24
As irmãs que estudavam 10h por dia
Foto: Rep
     As gêmeas baianas que passaram em medicina com opções em 30 escolas públicas e escolheram a UERJ viraram noticia nacional. A medicina sempre foi um sonho para Samyra e Sarah Aramuni, 19 anos. As gêmeas cresceram em Teixeira de Freitas, no Sul Baiano, brincando de bonecas e a disputa era sempre para ver quem seria a médica nas brincadeiras. Agora, esse sonho está muito perto de se tornar realidade. Autoridades do setor de educação já pongaram no sucesso das gêmas.

  Depois de se decepcionarem com as próprias notas no ano passado, as gêmeas, que concluiram o ensino médio há dois anos, passaram um ano inteiro estudando dez horas por dia. E o resultado foram notas muito acima das tradicionais notas de corte para medicina. As duas puderam escolher entre trinta Universidades Públicas.

   Na idade delas, a mãe, Flávia Aramuni, 45, também tinha o mesmo sonho. Aos dezoito anos ela conseguiu passar no vestibular para medicina, mas um outro sonho se tornou mais importante. Flávia descobriu a gravidez na mesma época que foi aprovada e priorizou os cuidados com a filha mais velha, Ayune. Não se arrependeu, mas vibrou quando as gêmeas conseguiram realizar os próprios sonhos. 

  “Nossos pais estão muito ansiosos, mais felizes que a gente, meus irmãos já vieram aqui também, fizemos uma festinha à noite entre nós”, Samyra contou ao Estadão que todos os amigos mais próximos e familiares que acompanharam o sonho e viram de perto a rotina de estudos que elas estabeleceram vibraram com a aprovação. 

  Depois das notas imcompatíveis com o sonho no ano anterior, as duas perceberam que não existia uma fórmula fácil para estudar o que queriam. Precisavam dedicar mais tempo aos estudos, já que o plano era ter boas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). As duas estudaram durante dez horas por dia, até fazer a prova. 

  As boas notas na redação nos anos anteriores não haviam sido suficiente para a aprovação porque as duas tinham dificuldades em outras notas exigidas pelo ENEM, que possuem um peso importante para a aprovação em medicina, como matemática e ciências da natureza. Este ano, quase todas as notas das gêmeas estavam bem acima de 700 pontos, o que garantiu as vagas.