Cultura

Olodum 30 anos de Samba Reggae. Eu falei Faraó, no Carnaval 2017

Com Wikipedia básico
Da Redação , Salvador | 07/01/2017 às 11:06
A música no Egito data dos tempos dos faraós
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  O Olodum vai saudar o Egito no Carnaval 2017. E comemorar, também os 30 anos do sucesso "Eu Falei Faraó", imortalizada na interpretação de Margareth Menezes.

A música do Egito tem uma parte integrada à cultura egípcia desde tempos antigos. Os egípcios acreditavam que um dos seus deuses, Thoth, inventara a música e que Osíris fez uso dela como parte de seus esforços para civilizar o mundo. O mais antigo material e evidência de representação musical dos instrumentos utilizados pela música egípcia datam do período Pré-Dinástico, mas é mais seguro e evidente que eles utilizavam harpas, flautas e duplos clarinetes no período do Império Antigo.[1] Instrumentos de percussão, harpas e alaúdes foram adicionados às orquestras a partir do Império Médio.[2] Pratos frequentemente acompanhavam música e dança, e ainda continuam o fazendo no Egito atualmente. As músicas populares do Egito, incluindo o tradicional ritual Sufi dhikr, são o mais próximo que o gênero contemporâneo pode estar da antiga música, tendo preservado muito das características, ritmos e instrumentos.

Estudiosos acreditam que a música no Antigo Egito tenha origens tão remotas como a da Mesopotâmia. Graças a afrescos em templos e túmulos, é possível reconstruir com relativa precisão o desenvolvimento dos instrumentos musicais e o uso da música na civilização egípcia. Entre o Sexto e o Quarto milênio a.C., após o estabelecimento das primeiras cidades, a dança era a principal manifestação musical e os instrumentos provavelmente vieram do sul da África e da Suméria.

Na época do Império Antigo, entre a III e X Dinastias, c. 2635 a 2060 a.C., a música egípcia viveu seu auge. Muitas representações mostram pequenos conjuntos musicais, (com cantores, harpas e flautas) e inscrições coreográficas descrevem danças realizadas para o Faraó. Acredita-se que este tenha sido o período de maior florescimento da arte musical egípcia .

No Império Médio (XI a XVII dinastia) conjuntos maiores e até orquestras são representados. Entre os instrumentos , há harpas, alaúdes, liras, flautas, flautas de palheta dupla (oboés), trombetas, tambores e crótalos. No Império Novo (XVIII a XX dinastia), estes instrumentos se aperfeiçoam. A música passa a ter papel ritual e militar.

Alguns destes instrumentos foram encontrados em escavações de pirâmides, templos e túmulos subterrâneos do Vale dos Reis, mas infelizmente, nenhum deles de afinação fixa. Isso impossibilita definir que tipos de escalas musicais eram utilizadas. Não foi encontrado nenhum texto que permita deduzir a existência de um sistema de notação e também não há textos sobre teoria musical.

A cultura musical do Egito Antigo entrou em decadência junto ao próprio Império. Com as sucessivas invasões, a música do Egito passou a ser influenciada pelos gregos e romanos, perdendo totalmente sua independência. Músicos gregos são contratados para integrar a corte e trazem consigo alguns de seus instrumentos. Até uma espécie de órgão hidráulico foi encontrado. Alguns musicólogos acreditam que os últimos vestígios da música faraônica ainda possam ser identificados na liturgia coo