Essa é a realidade
A globalização chegou à imprensa baiana.
Com a saída de Demóstenes Teixeira da direção de Redação do Correio da Bahia e sua substituição por Rodrigo Cavalcante, consolida-se uma mudança cultural nos meios de comunicação de Salvador, tendência que já vinha sendo praticada há alguns anos desde que Ricardo Noblat assumiu a direção de Redação de A Tarde, na reforma (e limpa) organizada por aquele jornal.
Agora, com a ida de Demóstenes para outra função, uma instituição a ser criada com o objetivo de preservar a memória e o legado do ex-governador ACM, essa tendência se amplia, já incorporada na direção principal da Rede Bahia, na direção de jornalismo da TV Itapoan, e no gabinete do governador com a substituição do jornalista Pedro Formigli.
A Tarde, também, quando do afastamento de Paulo Leandro da editoria de Esportes lançou um edital nacional. Além disso, este jornal, que é o maior veículo de comunicação impresso do Nordeste, vem aplicando essa metodologia globalizante em outras editorais.
Trata-se de um desprestígio aos jornalistas locais ou uma tendência de trazer o novo, alguns distanciados da cultura local, para quebrar alguns paradígmas?
É provável que sim. A rigor, trata-se de uma situação nova a ser encarada pelos coleguinhas da praça e bastante salutar. Além de servir para dar uma mexida na moçada, quase sempre acomodada, traz novos valores à terrinha provinciana da Bahia, onde a imprensa, de uma forma geral, perdeu o senso crítico como aconteceu no último Carnaval.