Cultura

ACADEMIA SUECA DERRAPA E DÁ PRÊMIO NOBEL DA PAZ A AL GORRE

Que militância história tem Al Gore na luta pela paz? Nenhuma.
| 12/10/2007 às 20:24
  O ex-vice-presidente americano Al Gore afirmou nesta sexta-feira (12) que está "profundamente honrado" por ter recebido o Prêmio Nobel da Paz junto com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU por seu trabalho de alertar o mundo sobre a mudança climática.


  Além disso, declarou que vai doar o dinheiro (US$ 750 mil ou quase R$ 1,5 milhão) do prêmio a uma instituição que faz campanhas de conscientização em defesa do meio ambiente.

  "Estou profundamente honrado de receber o Prêmio Nobel da Paz. Este prêmio é muito mais significativo porque tenho a honra de compartilhá-lo com o IPCC", disse Gore em um comunicado.

  "Enfrentamos uma verdadeira emergência global. A crise climática não é um assunto político, é um desafio moral e espiritual da humanidade. É também nossa maior oportunidade de aumentar a consciência global", acrescentou Gore. 

  POLÍTICA
 

  Recompensado com o Prêmio Nobel da Paz, o ex-vice-presidente Al Gore talvez venha agora a reconsiderar sua decisão de se afastar da política e se relançar à corrida pela Casa Branca, sete anos depois de sua polêmica derrota para George W. Bush em 2000.
Saiba mais 
 

  Ao popularizar o problema do aquecimento global com seu documentário "Uma verdade inconveniente", tornou-se onipresente na mídia americana e mundial. Os megaconcertos "Live Earth", nos quais participaram dezenas de artistas de renome internacional, projetaram a imagem de Al Gore em todo o planeta.


  Classificado por seus seguidores como "o ex-vice-presidente dos Estados Unidos mais na onda", ele insiste que não se deseja lançar a uma nova campanha, que está desencantado da política, onde os candidatos devem limitar suas mensagens a frases feitas para os telejornais da noite.

No entanto, não fechou totalmente a porta para esta possibilidade: "Não descarto, mas não creio que seja possivel que aconteça", afirmou em recente entrevista à revista Time.

"Se eu fizer bem meu trabalho, todos os candidatos vão falar da crise climática. E não estou convencido de que a presidência seja o melhor papel que eu possa ter", acrescentou.

  COMENTÁRIO
  BAHIA JÁ

   Os Estados Unidos são a mais poderosa máquina mortífera do mundo. Vide, agora, a invasão do Iraque. São, também, a Nação mais poluidora do planeta. O presidente Bush, inclusive, sequer assinou o tratado de Kioto.

   De repente, um vice-presidente boa praça produz um belíssimo vídeo sobre o aquecimento global e sai pelo mundo fazendo marketing e ganha um Nobel da Paz. Depois dessa premiação a Academia Sueca precisa rever seus conceitos, imediatamente, sob pena de ficar desacreditada.

   Foi um prêmio do marketing puro. Uma brincadeira, uma pida de mal gosto para quem luta verdadeiramente pela paz no mundo.