O antigo formato, visualmente defasado, permitia a consulta ao banco de dados, facilitando o acesso a informação necessária e permitindo extraí-la de forma rápida e fácil. Isso contribuía para o controle pela população e oposição das ações governamentais de maneira mais eficaz.
Mudaram, no entanto, sem observar princípios básicos, como a prestação eficiente do serviço público, finalidade e obrigação maior de qualquer governo. A mudança se preocupa basicamente com o aspecto estético e esquece a funcionalidade. Mais imagem e menos conteúdo.
Neste caso a situação vai além das filas nos hospitais e falta de médicos, e do caos da saúde publica, que tem origem nesta mesma mania doentia de achar que todo mundo tá errado e somente o partido e seu grupo está certo. Agora o que se vê na reforma do DO, tanto na versão impressa quanto na eletrônica, é a partidarização do veículo oficial mais importante do estado.
Na versão impressa retiraram a bandeira do Estado do Bahia da logomarca, e numa tentativa explicita de vincular subliminarmente o governo ao PT, muda a cor da marca para vermelho, como se este veículo, conquista histórica da sociedade baiana, pudesse ser vergonhosamente manipulado.
A dita modernização do projeto editorial, paga sabe-se lá como, a um renomado profissional de comunicação comercial, desconsidera as formalidades exigidas pelo Diário Oficial, pois ali estão instaurados os princípios fundamentais de controle da administração publica, e que por isso deve ser tratado com respeito e reverência.
Na mudança da versão eletrônica vem o mais grave: a digitalização dificulta o acesso às informações, numa clara tentativa de inibir o controle externo das atividades governamentais. A população e a oposição, com base nas informações eletrônicas, vêm demonstrando e tornado publico as ilegalidades e abusos da atual administração, especialmente com sua vocação para escapar de licitações, trabalhando através de convênios, dispensas emergenciais e inegibilidades e outros artifícios não concorrenciais, ferindo frequentemente o principio da impessoalidade na administração publica.