Integrante da terceira geração de artistas nipo-brasileiros - chegou ao Brasil em 1961, e se naturalizou em 1968 - Wakabayashi expõe pela terceira vez na Bahia. A primeira foi em 1966 na Galeria Querino. Trinta anos depois realizou uma nova mostra, desta vez no Escritório de Arte da Bahia.
Agora, apresentando trabalhos em formatos e técnicas diversas, o público baiano vai poder conhecer ou admirar este artista que a crítica considera como sendo a maior expressão da fusão da tradição oriental com o moderno do mundo ocidental.
Sobre a arte de Wakabayashi assim se refere Emanoel Araújo: "O certo é que o mestre Wakabayashi é um inquieto e silencioso artista. Sua pintura é como música de câmara, também ela é construída pela pura fé do ofício. É assim que, nos anos 70 e 80, sua obra se transforma, mais rítmica ainda, mais luminosa e obsessiva, para poder incorporar, nos anos 90 a invenção e a tradição, binômio de que os japoneses são incontestáveis senhores.
Por isso, hoje, ele ampara a forma pela construção que se origina na gravura tradicional japonesa, a mesma que influenciou a pintura européia no final do século XIX.
Rever agora a obra desse mestre, que guarda traços fortes de sua origem oriental, nos faz refletir sobre os poderosos laços que unem o Japão e o Brasil e, ao mesmo tempo, sobre os poderosos laços que unem o Japão e o Brasil e ao mesmo tempo, sobre o extraordinário poder de assimilação de nossa cultura, que fez tantos artistas de ascendência estrangeira, como Wakabayashi, verdadeiros mestres da arte brasileira".
Wakabayashi possui obras nos seguintes museus: Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea da USP; Pinacoteca de São Paulo; Museu de Arte da Bahia; Museu de Arte de Belo Horizonte; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu da Manchete - Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de Hyogo, Kobe, Japão; White House Gallery, Kobe, Japão; Museu de Arte Contemporânea da América Latina, Washington, Estados Unidos; Museu de Arte de Londrina, Paraná; Museu de Arte de Brasília. Possui vários prêmios nacionais e internacionais e em 1992 teve lançado um livro, tendo seu nome por título, analisando e documentando a sua obra até aquele momento.