Cultura

MANOEL LORENZO GALERIA DE ARTE APRESENTA MESTRE WAKABAYASHI, DIA 21

A mostra vai de 21/ago até 12/set
| 09/08/2007 às 15:40
Uma das obras do mestrre Wakabayashi a ser exposta na Manoel Lorenzo Galeria (Foto:Div)
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 No próximo dia 21, terça-feira, às 19h30min, com mostra até 12 de setembro, a Manoel Lorenzo Galeria de Arte (Av. Tancredo Neves 2158) apresenta a exposição de pinturas do artista nipo-brasileiro Wakabayashi, evento integrante das comemorações de um ano de instalação da galeria, dos 100 anos da imigração japonesa, e dos 76 anos do artista.

    A mostra tem curadoria de Valdemar Szaniecki e Celso Albano, e catálogo com textos de Emanoel Araújo, Gilberto Chateaubriand, Jayme Mauricio.


   Integrante da terceira geração de artistas nipo-brasileiros - chegou ao Brasil em 1961, e se naturalizou em 1968 - Wakabayashi expõe pela terceira vez na Bahia. A primeira foi em 1966 na Galeria Querino. Trinta anos depois realizou uma nova mostra, desta vez no Escritório de Arte da Bahia.

   Agora, apresentando trabalhos em formatos e técnicas diversas, o público baiano vai poder conhecer ou admirar este artista que a crítica considera como sendo a maior expressão da fusão da tradição oriental com o moderno do mundo ocidental.


    PINTURA COMO
    MÚSICA DE CÂMARA

   Sobre a arte de Wakabayashi assim se refere Emanoel Araújo: "O certo é que o mestre Wakabayashi é um inquieto e silencioso artista. Sua pintura é como música de câmara, também ela é construída pela pura fé do ofício. É assim que, nos anos 70 e 80, sua obra se transforma, mais rítmica ainda, mais luminosa e obsessiva, para poder incorporar, nos anos 90 a invenção e a tradição, binômio de que os japoneses são incontestáveis senhores.

    Por isso, hoje, ele ampara a forma pela construção que se origina na gravura tradicional japonesa, a mesma que influenciou a pintura européia no final do século XIX.

    Rever agora a obra desse mestre, que guarda traços fortes de sua origem oriental, nos faz refletir sobre os poderosos laços que unem o Japão e o Brasil e, ao mesmo tempo, sobre os poderosos laços que unem o Japão e o Brasil e ao mesmo tempo, sobre o extraordinário poder de assimilação de nossa cultura, que fez tantos artistas de ascendência estrangeira, como Wakabayashi, verdadeiros mestres da arte brasileira".


Wakabayashi possui obras nos seguintes museus: Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea da USP; Pinacoteca de São Paulo; Museu de Arte da Bahia; Museu de Arte de Belo Horizonte; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu da Manchete - Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de Hyogo, Kobe, Japão; White House Gallery, Kobe, Japão; Museu de Arte Contemporânea da América Latina, Washington, Estados Unidos; Museu de Arte de Londrina, Paraná; Museu de Arte de Brasília. Possui vários prêmios nacionais e internacionais e em 1992 teve lançado um livro, tendo seu nome por título, analisando e documentando a sua obra até aquele momento.