Segundo o curador, artesãos florentinos fizeram questão de manter a fidelidade ao trabalho de Da Vinci usando as mesmas matérias-primas e ferramentas do Renascimento (1300-1650). As peças ficarão à disposição do público até o dia 4 de setembro e o evento tem entrada gratuita.
DA VINCI
Foi o maior gênio do Renascimento Europeu e talvez um dos maiores que o ocidente já conheceu. Nasceu em 15 de abril de 1452 no povoado de Anchiano, na pequenina Da vinci, na região italiana da Toscana. Da cidade - que depois lhe emprestaria o nome - saiu aos oito anos quando mudou-se com o pai para Florença, um dos centros culturais mais importantes da época. Seu pai era tabelião e queria que o filho seguisse o mesmo caminho. Resolveu investir em Leonardo, que logo mostrou que iria muito além daqueles planos. Seu talento logo se destacou e ele passou a freqüentar a poderosa família Médici, que patrocinava os grandes artistas da época.
Em 1942, Leonardo mudou-se para Milão, sob recomendação de Lorenzo Médici, que o indicou como engenheiro, escultor, arquiteto, pintor e músico. Passou a atrair discípulos e levou a maior parte da vida entre Milão e Florença. Morreu aos 67 anos, na França, no dia 2 de maio de 1519.
SFUMATO
Da Vinci criou o sfumato ou "misturado", técnica de pintar delicadas camadas de cores para criar efeitos de sombra e profundidade - o suficiente para revolucionar a pintura. Além da famosa Mona Lisa (1502), pintou quadros belíssimos como A Última Ceia (1497) e São João Batista (1515).
Além da beleza, detalhes enigmáticos são detalhes da obra de Leonardo - ele era esperto o suficiente para saber que bastava um sorrisinho irônico para colocar uma pulga atrás da orelha da gente daquele tempo. Leonardo tentou voar, com o inédito projeto da Máquina de Voar, que não chegou a decolar, entretanto. Teve outras sacadas que no futuro se tornariam indispensáveis, como gruas giratórias, moinhos de cilindros múltiplos, teares automáticos e máquinas de perfuração. Sem contar as engenhocas, como o curioso tambor mecânico.