De acordo com o administrador da Paróquia de Santana, padre Abel Pinheiro, a reabertura da Igreja será comemorada a partir das 18h30, com uma carreata que sairá da Igreja da Vitória em direção à Igreja de Santana, fazendo paradas nas igrejas de São Pedro e da Piedade.
Os festejos continuam em Nazaré, com show pirotécnico e apresentação da banda da Polícia Militar, seguidos de uma missa de ação de graças, que começas às 19h30. As homenagens também marcam o dia de Nossa Senhora Santana (26 de julho).
A reforma incluiu a recuperação da cúpula e das esquadrias de vidro, a troca de telhas e de ripas de madeira, além de outros serviços. Os recursos destinados para a obra (R$ 500 mil) foram provenientes do Programa de Fomento à Cultura, através do Fundo de Cultura. De acordo com o superintendente de Promoção Cultural da Secretaria de Cultura, Paulo Henrique de Almeida, a restauração do telhado vai permitir a estabilidade e conservação da Igreja de Santana, construída no século XVIII. "Trata-se de uma obra importante, pois a Igreja é tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e guarda uma parte significativa da história da Bahia", afirma.
A Igreja precisou ser fechada em outubro de 2005, quando parte do forro do coro desabou durante a celebração de uma missa. Segundo padre Abel, nenhum fiel ficou ferido, mas as atividades da Paróquia foram prejudicadas. Para realizar segunda etapa dos serviços, a Paróquia entrará com um projeto no Iphan a fim de obter mais R$ 300 mil.
História
Construída em 1760, a Igreja de Santana compõe o conjunto barroco da Bahia e foi a primeira do Estado a ser erguida com material e tecnologia 100% brasileiros. O monumento deu abrigo aos revoltosos que lutaram contra a Coroa Portuguesa pela independência do Brasil. No seu cemitério estão enterrados os restos mortais da heroína da independência baiana, Maria Quitéria. A Igreja também serviu de moradia para Irmã Dulce, que era devota de Nossa Senhora de Santana e descobriu nesse período sua vocação para o catolicismo.