Cultura

REVISTA DE LITERATURA IRARANA DESTACA POETAS ITALIANOS

A rervista Iararana chega a sua 13ª edição com apoio da Petrobrás
| 27/04/2007 às 22:18
    Já está circulando o 13º da revista de arte, crítica e literatura Iararana, patrocinada pela Petrobras, através do Fazcultura, lançado na última sexta-feira, 27, na Academia de Letras da Bahia. Editada por Aleilton Fonseca, Carlos Ribeiro e José Inácio Vieira de Melo, a revista traz um dossiê bilíngüe Português-Italiano que reúne autores e tradutores brasileiros e italianos em trabalhos nas áreas de poesia, ensaio e ficção.

           
     Como destaque do dossiê, pode-se citar a presença de poetas de grande prestígio na Itália, a exemplo de Sandro Penna, Alessio Brandolini, Pietro Spataro, Sergio Romanelli e Prisca Augustoni, e no Brasil, como Lêdo Ivo e Carlos Nejar, ambos membros da Academia Brasileira de Letras, Helena Parente Cunha, Vera Lúcia de Oliveira, Ruy Espinheira Filho, Damário Dacruz, Cleise Mendes e Luiz Antonio Cajazeira Ramos. Há ainda um excerto do livro O paraíso terrestre, do romancista genovês Sergio Campailla, seguido de posfácio de Eugenia Maria Galeffi, tradutora do texto para o português, e um artigo de Antonella Rita Roscilli sobre a obra de Zélia Gattai.


     Literatura russa 

        
Outro ponto alto da revista é uma extensa entrevista na qual o crítico, escritor e tradutor ucraniano, naturalizado brasileiro, Boris Schnaiderman, fala da literatura de alta qualidade que ganhou visibilidade para o Ocidente e para o próprio povo russo, após o fim do comunismo. "Hoje em dia, a idéia que se tem da literatura russa do século XX é inteiramente diferente da idéia que se tinha antes da Glasnost", diz ele. A jovem contista baiana Renata Belmonte, premiada pela Brasken e pelo Banco Capital, é outra autora entrevistada nesta edição.


            A seção Especial é dedicada à memória do jornalista e ficcionista baiano Guido Guerra, autor de livros importantes como Lili Passeata, Ela se chama Joana Felicidade e O último salão grená. Guido, que ocupou a cadeira número 5 da Academia de Letras da Bahia, até sua morte, no ano passado, é objeto do ensaio "Recordações do escrivão Guido Guerra ou Perfil de um criador de mundos paralelos", do crítico literário e poeta Cid Seixas, e de um texto homenagem de sua filha, Isadora Guerra, lido por ela na sessão de saudade da ALB, em 3 de agosto de 2006. A homenagem inclui a publicação do conto "Sorriso de vitrine", do irreverente escritor.


        A revista traz contos de Lima Trindade e Junqueira Ayres; leituras críticas de obras como O perfume de Roberta, contos do escritor maranhense, radicado na Paraíba, Rinaldo de Fernandes, por Sônia L. Ramalho de Farias, e Que país é este?, de Affonso Romano de Sant´Anna, por Priscylla Alves Campos, além de resenhas de Gerana Damulakis sobre o romance Pelo fundo da agulha, de Antonio Torres; de Aleilton Fonseca sobre o livro A rua do ouvidor 110, uma história da livraria José Olympio, de Lúcia Soares; de Márcio Ricardo Coelho Muniz sobre o romance Bom dia camaradas, do escritor angolano Ondjaki; de Eliana Yunes, sobre Morte e vida Bandolini (Poemas para crianças de dez a todas as idades), de Maria Lúcia Martins; de Henrique Marques Samyn, sobre Sonetos dos amores mortos, de Rita Moutinho; e de Carlos Ribeiro sobre o ensaio As filhas de Pandora: imagens de mulher na ficção de Sonia Coutinho. A edição é valorizada por belas ilustrações e pelo instigante projeto gráfico do artista plástico Fernando Oberlaender.