A área do corredor interligaria Unidades de Conservação (UC) dos três estados, inclusive criando novas, formando uma única e grande região protegida. Fariam parte dela as Serras da Capivara e das Confusões, no Piauí, onde seriam criadas duas novas UC; as regiões de Boqueirão das Onças e Dunas do São Francisco, na Bahia, onde seriam inaugurados dois novos parques nacionais, além de fatias do território pernambucano a serem definidas.
Com a implantação do corredor ecológico, a onça pintada, principal felino da região ameaçado de extinção, encontraria espaço para migrar e se reproduzir com tranqüilidade, evitando o confronto com caçadores, com fazendeiros inconformados com o ataque das onças aos rebanhos e os atropelamentos nas rodovias, resultado da fuga dos caçadores e fazendeiros.
A iniciativa do corredor é necessária porque o avanço dos ataques predatórios às onças - animais que estão no topo da cadeia alimentar local - pode causar graves desequilíbrios naturais às espécies da Caatinga, bioma composto por 800 mil km2, onde vivem 120 milhões de pessoas.