Ruim para nós torcedores baianos, duas vezes pior. De cara, os tricolores já acenderam aquele sinal amarelo, de perigo, preocupado, vendo o time cair de produção, com apagões seguidos em campo, atuando abaixo do costume, perdendo jogos em casa. No mais, o Tricolor pode, ainda nessa rodada, perder uma posição na tabela de classificação (se o Fortaleza, que ainda joga, vencer, passa o Bahia – que cai para sexto lugar).

  Outra, recado para o rival, com o triunfo, o Corínthians chegou a 18 pontos, saiu da turma de baixo, foi para o 14º lugar e empurrou o Vitória, que perdeu pela manhã para o Grêmio, para a zona da degola (com 15 pontos apenas, o Leão agora ocupa o 17º lugar).

  Chega ou quer mais?  Um domingo aziago para o futebol baiano.

**

Na Fonte Nova

 Nos antecedentes ...

- Uma tarde domingueira de tempo instável em Salvador, sem chuvas, gramado nalguns setores bem mastigado, casa cheia - mais de 47 mil torcedores nas arquibancadas, um clássico de multidões. 18ª rodada.

- O Tricolor baiano lutando para retomar o espaço entre os quatro primeiros (30 pontos, em 5º lugar); o time paulista, ainda sem vencer fora de casa, brigando pra sair da zona da degola (15 pontos).

- O Bahia com sua nova camisa tricolorida, o Corínthians de branco com detalhes em preto.

*

Com bola rolando ...

- O Bahia tentando impor seu toque de bola, um Corínthians cauteloso, marcando no meio e buscando o ataque em bolas esticadas.

- Aos 6 min, primeira tentativa de Thaciano, forte e pra fora.  Logo depois, de Cauly, o chute foi travado. O Bahia com mais posse de bola, o Corínthians perigoso nos contragolpes e bolas alçadas. Tempo passando e os paulistas foram crescendo,  ganhando os duelos no meio de campo, mostrando mais volume de jogo.

 - Gol! 1 x 0 Corínthians, aos 36 min. Romero, recebeu na área depois de um contragolpe rápido, dominou bem, limpou da marcação e bateu firme, de canhota, pelo alto.

 Aos 43’, mais uma finalização do Corinthians, em contragolpe, gol anulado por impedimento. O Bahia perdido em campo.  

 

   Foi uma primeira etapa corintiana. Boa estratégia, anulou o meio campo do Bahia, marcando forte e saiu em pontadas de contra-ataques, ganhando na velocidade, na força. Um Bahia irreconhecível, marcando frouxo, mal posicionado e errando muitos passes no meio-campo. Na frente, dois chutecos no começo do jogo, pra fora, e só. Time lento e apático, não é esse Bahia que a torcida foi ver. O meiocampo apagado.

 

   Segundo tempo – As mesmas equipes e posturas táticas. O torcedor incentiva. Os paulistas fechadinhos, em bloco, sem pressa, garantindo atrás, na manha.

- Aos 5’, o Bahia pela primeira vez entrou tramando, Everton Ribeiro parou numa grande defesa do goleiro Hugo, evitando o empate. O Bahia chegava, investindo mais pela direita,  bem melhor no recomeço, mas o contragolpe corintiano em velocidade continuava perigoso.

 - Por volta dos 15’, Ceni trocou de laterais, pôs Gilberto e Iago em campo (saíram Arias e Juba). A ideia era de trabalhar ofensivamente pelos lados. Uma segunda etapa bem mais equilibrada, aberta. O Tricolor com mais vontade, as linhas mais avançadas. Aos 23’, Cauly bateu falta da entrada da área, passou perto.

 - O time paulista já na cera, no cai-cai, travando o ritmo. Ramos Diaz, então, trocou três, sangue novo - Weslei, Giovane e Bidu em campo -, para tentar retomar o controle do meio-campo, administrar a vantagem, retrancado atrás, matando as jogadas com faltas. Ceni, em resposta, pôs Rezende e De pena, saíram Cuesta e Cauly. Trinta minutos e a torcida pediu Ademir em campo, no lugar de Jean Lucas (exausto).       

- O Bahia tinha mais a bola, atacava mas pouco infiltrava, finalizava de longe. Aos 34’, Gilberto tentou pelo alto, ponte de Hugo, catando. Aos 35’, trança tricolor, chute de De Pena, defesaça de Hugo, espalmando. Aos 38’, Ademir bateu de longe, nas mãos de Hugo. Aos 42’, um bom contragolpe corintiano, chute de Matheuzinho, Marcos Felipe rebateu de frente.

 - Aos 45’, bola alçada, Thaciano tentou e  Caio Alexandre, na linha da pequena área, tentou cobrir Hugo e a bola foi no travessão. O Bahia naquela pressão total, o Corínthians suportando. Aos 47’, De Pena bateu falta da entrada da área, por baixo, Hugo catou.  Aos 51’, no sufoco final, escanteio levantado, a cabeçada (Kanu?) foi na trave de Hugo e bateu quase na linha, não entrou. Na sequência, outra bola cruzada, cabeçada de Thaciano, defesa no reflexo de Hugo, salvando. Nove minutos de acréscimos. Nada.

  - Depois de um primeiro tempo infame, o Bahia foi melhor na segunda etapa mas não o bastante para evitar a segunda derrota (seguida) em casa, para desolo do torcedor.

 

Destaques  

- No time vencedor, sem dúvida um triunfo garantido atrás pelo jovem e bom goleiro Hugo. Uma zaga dura, a pegada de Alex Santana, o talento de Garro e a estratégia correta (deu certo) do treinador argentino Diaz, dois jogos à frente da equipe e dois triunfos.

 No Bahia, piscos de Everton Ribeiro, o bom segundo tempo de Gilberto e a aplicação da equipe no segundo tempo, após uma primeira etapa horrível.

 

*

Ficha Técnica

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Arias (Gilberto), Kanu, Cuesta (Rezende)e Juba (Iuri); Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly (De Pena); Thaciano e Everaldo.

 - O Corínthians do técnico argentino Ramon Diaz: Hugo Souza, Matheuzinho (Fagner), Torres, Cacá e Hugo; Alex Santana, André Ramalho (Giovane), Garro (Bidu) e Ryan (Bidon); Romero (Weslei) e Yuri Alberto.

 - Arbitragem do mineiro Felipe Fernandes de Lima.

*

- Pela 19ª rodada, Atlético Goianiense x Bahia, dia 24/07, quarta-feira, às 21h30, no Antônio Accioly/GO.

**

Outros jogos da rodada 18

- No sábado:  Flamengo 2 x 1 Criciúma; Botafogo 1 x 0 Internacional;

                         Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro.

- No domingo: Grêmio 2 x 0 Vitória; Atlético Mineiro 2 x 0 Vasco da Gama;

                           Juventude x São Paulo; RB Bragantino x Athlético Paranaense

                           Fortaleza x  AtlétcoGO ; Cuiabá x Fluminense.

**

 Faltam 5 dias para o começo da Olimpíada, os Jogos Olímpicos de Paris.