Falta de atenção, de preparo físico, de uma zaga mais taluda, de treinamento, de um goleiro de respeito?
O costumeiro. O time de Ceni fez um bom primeiro tempo, bem equilibrado, e levou sufoco na segunda etapa. Até abriu o placar, num lampejo de Biel recebendo de Jean Lucas, mas logo levou um gol de baba (o lançamento pra área foi de uma cobrança de lateral, a defesa cochilando) e, no final, pra variar, tomou a virada (2 x 1) numa bola parada, de falta, alçada da direita – a zaga vencida pelo alto e o goleiro vacilão (de sempre) que nem foi nem ficou, aceitou a cabeçada, aos 39’ do segundo tempo. Filme bem conhecido.
- Falta de atenção, de preparo físico, de uma zaga mais taluda, de treinamento, de um goleiro de respeito?
Ou resolve esse problema, urgente, ou ... estamos condenados ao mesmo sofrimento de cada ano, o cai não cai. Só temos pedreira pela frente, os próximos compromissos, sem refresco nem tempo de descanso, são contra o poderoso Fluminense, atual campeão da Libertadores, e o Grêmio de Renato Gaúcho, campeão estadual /RS. Acorda Ceni, acorda Grupo City!!!
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Beira Rio/Porto Alegre
- Noite bem chuvosa, fria, bom relvado, escorregadio, alguns espaços vazios nas arquibancadas, clima de expectativa, pontapé inicial na competição que dura até dezembro.
- Os donos da casa com seu uniforme tradicional, colorado; o Bahia de camisetas brancas com as listrinhas horizontais em vermelho e azul, no peito.
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Com bola rolando ...
- Ceni armou um esquema com variações de um 4-2-4 para um 3-5-2, Rezende flutuando na zaga e meio campo, os laterais se lançando como alas quando o time tem a bola. Início bem parelho, muita disputa pela hegemonia do meio-campo. Ritmo dinâmico, marcação, corrido. Mas até os 15min nenhum lance de perigo. Aos 17’, primeira boa chegada do Inter, cabeçada de Thiago Maia escorando escanteio, por cima.
- O Colorado, aos poucos, foi ocupando mais o campo adversário, ganhando as bolas altas na área baiana. Aos 23’, depois de uma bola vencida na intermediária, Wanderson e Borré tiveram a chance do arremate, Marcos Felipe trabalhou bem. Aos 26’, a boa resposta do Tricolor, tabelando pelo meio, o chute traiçoeiro de Everton Ribeiro, riscando o rodapé de Rochet. Aos 27’, tabela em velocidade de Jean Lucas com Árias, o chute do meia, forte e de frente, Rochet salvou espalmando a escanteio.
- Aos 32’, arremate cruzado de Bustos, por baixo, assustando. A torcida colorada inquieta, os gaúchos tentaram aquela pressão final, avançando suas linhas, sem êxito, o Bahia suportou bem.
Uma primeira etapa de muitas faltas, jogo pegado mas leal, intenso e bem equilibrado. Sem gols mas bom de ver. Cuesta e Jean Lucas apareceram bem. Uma arbitragem até então tranquila.
Segunda etapa – Chuva contínua. Nos vestiários, os treinadores trabalharam. Ceni colocou Cauly no lugar de Óscar, com Thaciano mais avançado, pois, de falso centroavante. Coudet trocou três; em campo Mercado, Wesley e Bruno Henrique – foi pra cima, tentando empurrar o Bahia pra trás. E conseguiu sufocar no recomeço. O tricolor, bem marcado, com dificuldades de trocar passes, como gosta. O Inter melhor.
- Aos 6’, cabeçada de Borré, perigosa. Aos 11’, Cauly tentou de longe, nas mãos de Rochet. Aos 22’, na pressão, René disparou, Marcos Felipe salvou no chão. O Inter ganhou o meio campo, dominava. O Bahia sem saída de bola, sem ataque, engolido na segunda etapa. Mas...
- Gol! 1 x 0 Bahia, Biel. No primeiro contragolpe bem tramado, Jean Lucas achou Biel na área, ele limpou a marcação e marcou. Aos 26 minutos, num momento em que o Colorado era superior. Mas não demorou...
- Gol! 1 x 1, Wesley, aos 28 min. Um arremesso lateral (imaginem), a defesa desatenta, a bola quicou, sobrou na área e Wesley, esperto, bateu antes da marcação, empatando.
- O Inter continuava na pressão. Aos 32’, Thaciano recebeu passe de Biel, livre na área, mas, sem pernas, bateu de chapa, fraco, Rochet catou.
Aos 34’, Ceni lançou o avante Everaldo, voltando de lesão, e o meia uruguaio Carlos de Pena, estreando. Saíram Thaciano e Éverton (ambos no bagaço)
- Gol! 2 x 1 Inter, aos 39’; Fernando, de cabeça, na useira e manjada bola alçada, a zaga vencida pelo alto, goleiro indeciso, a virada.
O Inter catimbou e administrou o resultado, até o final.
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Destaques
- No Bahia, Cuesta, Arias, Juba, Jean Lucas e Biel, os melhores. O goleiro Marcos Felipe falhou feio, mais uma vez, na bola alçada, segundo gol, fez que saía e ficou, a bola passou entre seus braços.
No Inter, a vontade, a correria todo tempo, acreditando. Bustos, Fernando, Wanderson ...
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Ficha técnica
- O Inter do treinador Eduardo Coudet: Rochet, Bustos, Vitão, Fernando e Renê; Thiago Maia (Mercado), Maurício (Gustavo), Wanderson (Alário) e Bruno Gomes (B Henrique); Borré e Lucca (Wesley) (Aránguiz)
- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Árias, Kanu, Cuesta e Juba; Rezende, Caio Alexandre (Biel), Jean Lucas, Everton Ribeiro; Thaciano e Óscar Estupiñam (Cauly).
- Arbitragem pernambucana/Fifa, com Rodrigo José Pereira de Lima no apito, sem problemas. VAR de SP- Rodrigo Guarizza.
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Na sequência, pelo Brasileirão, o Bahia recebe o Fluminense/RJ - terça-feira à noite/ Fonte Nova. Não tem jogo fácil.
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Neste domingo, dia 14, o Vitória, Campeão Baiano, estreia – de volta à Série A – contra o Palmeiras, Campeão Paulista, às 18h30, no Barradão. Com arbitragem de Bráulio da Silva Machado /SC, e VAR do Paraná.
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- Ranato Keyser, do Criciúma/SC, fez o 1º gol do Brasileirão 2024, aos 40 min, contra o Juventude/RS. (Criciúma 1 x 1 Juventude, resultado)