Clássico é clássico, não se ganha de véspera ou só com a camisa, tem de bole e também alma.    

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Classificação

Com o resultado, finda a 7ª rodada, embolou tudo: Juareirense lidera com 14 pontos ganhos; Bahia, Vitória e Barcelona (com 13 pontos); Jequié (10) - São os primeiros.  

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No Barradão

- Tarde domingueira nublada, arquibancadas lotadas (cerca de 32 mil pessoas), torcida única, agitada e barulhenta, gramado de qualidade, rivalidade à toda prova, primeiro clássico do ano, os rivais na primeira divisão do futebol brasileiro.

 - O Leão com seu uniforme vermelho & preto tradicional; o Tricolor de camisetas brancas, calções de cor azul.  Dois estilos, duas propostas de jogo diferentes.

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Com bola rolando ...

- O Bahia tentando por a bola no chão, trocando passes, o Vitória marcando, esticando bolas, raça e velocidade.   

- Gol! 1 x 0 Vitória, Osvaldo, aos 6 min. Numa saída de bola defensiva tricolor  equivocada, Alerrandro fez o pivô e rolou para Osvaldo, livre e de cara, bater por baixo do goleiro Adriel. Defensável?

 A torcida endoidou. O gol do Leão saiu cedo. Aos 11’, Juba bateu falta e acertou o travessão de Muriel. O Bahia com mais posse de bola, o Vitória com o placar, na pegada, perigoso nos lançamentos longos.

 - Gol! 1 x 1, Bahia, aos 16 minutos. Trama pelo miolo, Everaldo com uma cavadinha por cima da zaga deixou Thaciano de cara; o meia, como centroavante, não perdoou, decretando o empate.  Justo.

  - Aos 25’, após um escanteio pró-tricolor, Mateusinho recuperou e lançou Osvaldo no contragolpe em velocidade, ganhou na corrida mas parou na providencial saída e desvio de Adriel. Aos 28’, Cauly tentou livre da meia lua, bateu por cima.  Parada para reidratação, equilíbrio de ações, um jogo bem disputado, bom de ver.

- Gol! 2 x 1 Bahia, aos 43 min. Éverton Ribeiro, de cabeça, testando firme, nas costas de Wagner Leonardo, um ótimo cruzamento de Juba, da esquerda. Virou.

   Nada definido, o Bahia desceu pra merenda do intervalo na frente, 2 x 1, mas o Leão  não se entregou, estava vivo. Destaques para Dudu, na força, marcando Everton, a vontade de Iury, o perigoso Osvaldo. No Bahia, Juba, Everaldo tático e Thaciano; Éverton pelo gol. No mais, parelho.

  Segundo tempo – Uma substituição no Rubro-negro, com a saída de Iury Castillo, sentindo dores na coxa (entrou o arisco Matheus Gonçalves). Ceni manteve a equipe. O Leão voltou na gana, na garra, empurrado pela galera. Num choque, Thaciano sentiu e foi substituído por Rezende – Juba foi jogar mais avançado. Jogo aberto, imprevisível.

 - Aos 8’, Matheus Gonçalves recebeu de Dudu, ganhou na corrida pela esquerda, cruzou e Osvaldo desperdiçou a conclusão, batendo muito embaixo da bola, subiu. Aos 13’, Osvaldo cruzou e Alerrandro testou pra fora. 

  Por volta dos 15’, Ceni pôs Yago e Ademir nos lugares de Caio Alexandre e Everton Ribeiro, tentando retomar o controle do meio de campo e da partida, o Vitória impondo correria, na força.

  - Aos 17’, o Tricolor entrou tramando, Gilberto ficou livre e mandou bala mas a bola desviou na zaga.  A essa altura, o Vitória querendo impor velocidade, com pressa, e o Bahia quebrando o ritmo, marcando, trocando passes, menos agudo, querendo administrar a vantagem. Mas, aos 26 minutos, Rezende deu um carrinho por trás, já tinha amarelo, levou vermelho e foi expulso. O Bahia ficou com um atleta a menos em campo. Isso mudaria o desenho do jogo, o Leão com um a mais em campo e a torcida a mil, acelerando.

  Logo Leo Condé tirou o volante Dudu (com cartão amarelo) e colocou o arisco Ze Hugo.  No Bahia, entraram Gabriel Xavier e Cicinho (saíram Ademir e Cauly).

- Gol! 2 x 2 Vitória, Osvaldo, de novo, escorando de cabeça um bom, cruzamento de Mateus Gonçalves, da esquerda. Gilberto, sem pernas, facilmente envolvido. Aos 30’, a defesa tricolor desarrumada com a saída de Rezende.

  O Leão em cima, na força, querendo a virada, alçando bolas. Aos 36, uma bomba de Rodrigo Andrade, Adriel salvou.

- Gol! 3 x 2 Vitória, a virada, aos 38’. Alerrandro, de cabeça, antecipando-se à zaga, desviando uma cobrança de escanteio da direita.

 - Aos 42’, depois de levar duas faltas seguidas, Jean Lucas caído reagiu e foi expulso por Pombo Lopez. O Bahia com dois a menos na partida. Aos 45, Yuri cobrou falta e Muriel espalmou. Sete minutos de acréscimos, nada mais aconteceu.

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Destaques

  A garra, a fome do Leão, sobretudo na segunda etapa, virando o jogo. Dudu, Iury, William, Matheus Gonçalves e mais ainda Osvaldo, 36 anos, iluminado – fez dois gols e bateu o escanteio da virada final. E a torcida rubro-negra, fantástica, dando gás todo tempo ao time. Uma partida que dá sobrevida ao treinador Leo Condé, fundamental no resultado, colocando Matheus Gonçalves na segunda etapa em cima do cansado Gilberto, ali virando o jogo.

 No Bahia, o primeiro tempo de Everton, Juba, Thaciano. O equívoco de Ceni de voltar para o segundo tempo na intenção clara de administrar a vantagem, cedeu campo e se deu mal. A expulsão de Rezende, com dois amarelos, foi decisiva.  

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Ficha técnica

- O Vitória escalado pelo técnico Leo Condé: Muriel, Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Dudu (Ze Hugo), William Oliveira (Rodrigo Andrade) e Mateusinho; Osvaldo, Alerrandro, Iury (Matheus Gonçalves). (Daniel Jr, Caio Vinícius)

- O Bahia do treinador Rogério Ceni: Adriel, Gilberto, Kanu, David Duarte e Juba; Caio Alexandre (Yago), Jean Carlos, Everton Ribeiro (Ademir), Cauly (Gabriel Xavier), Thaciano (Rezende); Everaldo. (Cicinho)

- Arbitragem de Diego Pombo Lopez (sem reparos).

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 Na sequência

- O Bahia joga no dia 21, em Belém do Pará, calor amazônico, contra o Moto Clube, pela Copa do Brasil.

 No dia 25, encara a Juazeirense, no Adauto Moraes, pelo Baianão.

- O Vitória em campo, de novo no Barradão, no dia 21, às 19h, enfrentando o Náutico do Recife, pelo Nordestão.

  No dia 25, ainda no Barradão, Vitória x Atlético Alagoinhas, pelo Baianão.

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No sábado, aconteceu:

- Juazeirense 2 x 1 Jacobina (a Juá foi a 14 pontos, assumiu a liderança)

- Jacuipense 1 x 0 Jequié.

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 Tenho dito!

  Na manhã de domingo, antes do clássico, as chamadas torcidas uniformizadas de Bahia e Vitória, leia-se Bamor x Imbatíveis, se enfrentaram em diversos bairros, briga de rua, pura estupidez.  Basta!

  Essas torcidas (no Brasil inteiro) tornaram-se gangues, células de organizações criminosas.  Disputam espaços, domínios de facções do crime. Todos sabem disso.

Como criminosos deviam ser tratados – pelo Estado, governantes, polícia, CBF, Federações, mídia e todos os que ainda amam o futebol, jogo de bola. Ou ... 

Sejamos coniventes e tomarão conta, viva a barbárie. Já o fazem, aqui e ali.