Com o resultado, o Bahia chega a 41 pontos e ultrapassa Vasco e Cruzeiro (todos com 41 pontos) por conta de mais triunfos e mais gols marcados
Um jogo pra o torcedor nunca esquecer, a histórica goleada (5 x 1, acreditem) sobre o Corínthians na Arena do Timão, quase 40 mil presentes. Foi um show de bola do Tricolor, levantando o moral, entusiasmando o torcedor e mostrando que o Bahia está bem vivo e pode, de verdade, manter-se, com méritos e na bola, na Série A em 2024. É só jogar como fez contra o Timão paulista, amassando, sem medo.
Com o resultado, o Bahia chega a 41 pontos e ultrapassa Vasco e Cruzeiro (todos com 41 pontos) por conta de mais triunfos e mais gols marcados. Termina essa rodada, mesmo com os confrontos dos adversários diretos, fora da zona da degola, um pé fora do atoleiro. Um resultado fantástico, que ninguém imaginava.
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No Neo Química Arena/SP
- Noite paulistana limpa, sem chuvas, 35ª rodada, o ‘Timão’ paulista com 44 pontos, no meio de tabela; o Tricolor baiano com a corda de degola no pescoço, 38 pontos, na zona da agonia. Arquibancadas com público corintiano que foi chegando de com força aos poucos (39 mil presentes) e um ótimo relvado.
- Os donos da casa com camisetas brancas, calções pretos; o Bahia com sua beca 2, tricolorida, listras verticais, calções brancos. Foguetório.
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Com bola rolando ...
Num começo de estudos, equilibrado e franco...
- Gol! 1 x 0 Bahia, Rezende, logo aos 4 minutos, escorando de cabeça um escanteio bem cobrado (ensaiada) da esquerda por Juba.
O Corínthians foi pra cima, óbvio, com o Bahia povoando e ocupando bem o meio-campo, saindo em contragolpes.
- Gol! 2 x 0 Bahia, aos 16 minutos. Jogada bem tramada na esquerda com Juba, Thaciano e Cauly, penetrando e acertando uma bomba de canhota, enviesada, ampliando. Um golaço de Cauly!
Aos 22’, levando 2 x 0, Mano Menezes tirou o lateral Fábio Santos e lançou o ponta Weslei, jovem e arisco. Aos 23’, Thaciano fez mais um gol, concluindo jogada coletiva, mas o bandeira flagrou impedimento do meia, corretamente.
- Olhe o VAR! Biel foi calçado por Gil e Verísismo dentro da grande área, quando tentava finalizar. O VAR chamou e o árbitro conferiu no vídeo, viu um pisão e marcou pênalti em favor do Bahia. Aos 27’, muita pressão dos atletas paulistas sobre o árbitro.
- Gol! 3 x 0 Bahia! Thaciano, bateu sem firulas, com violência, pelo alto, ampliando. Aos 30’, ninguém imaginava.
Aos 35’, por muito pouco não saiu o quarto gol, com finalizações de Juba e Cauly que desviaram na zaga. O Timão tentava impor velocidade, com pegada forte, o Tricolor aplicado na marcação, com boa estratégia, sem passar sufocos e com estocadas na frente.
- Aos 41’, a primeira chance do Corínthians, num cruzamento de Fagner, da direita, cabeçada de Yuri Alberto, de frente, espalmada de Marcos Felipe a escanteio. Aos 46’, Vitor Hugo fez falta dura e desnecessária na entrada de área, sobre Yuri, levou amarelo, um perigo! Fagner bateu pelo alto, cobriu o travessão. Aquela pressão final dos donos da casa, alçando bolas na área inimiga. O Tricolor sem pressa, querendo o fim do primeiro tempo. Aos 51’, Thaciano achou Biel enfiado pela esquerda, num contragolpe, o chute saiu cruzado, rasteiro e Cássio catou com a ponta dos dedos.
Não podia ser melhor, descer pro intervalo com um placar de 3 x 0. Um Bahia diferente, ganhando o duelo no meio e finalizando com proveito. Uma grande primeira etapa do Tricolor. Destaques para Juba, Rezende, Thaciano, Cauly e Biel, além da regularidade de Acevedo.
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As equipes voltaram a campo sem mudanças. Os paulistas na pilha, acesos, linhas avançadas, na pressão, e os baianos postados, tentando quebrar o ímpeto do adversário, esperando o tempo certo do bote no contragolpe. Até os 10’, só o Corinthians jogou, mas não conseguiu penetrar, finalizar. Aos 11’, o primeiro bom contra-ataque do Bahia, Biel perdeu para a zaga. Aos 12’, noutra estocada, Thaciano tentou da entrada de área, desviou na zaga, escanteio.
- Gol! 3 x 1 Renato Augusto, aos 23’, completando no ângulo, um chute sem defesa; aproveitando de um erro absurdo de passe de Gilberto, já sem pernas, na entrada da área, entregando a chance ao adversário. Inflamou a torcida, os paulistas cresceram em campo.
Aos 28’, substituições. No Bahia, Camilo Cândido e Ademir nos lugares de Juba e Biel. No Corínthians, a entrada de Rojas e Pedro. Daí...
- Gol! Bahia 4 x 1. Contragolpe pelo meio, Cauly enfiou para Ademir, entrando livre, de cara com Cassio, finalizou bem. Ampliando. Aos 30 minutos. Quebrou o tesão paulista.
Fagner entrou tabelando pela direita e bateu cruzado, aos 32’, quase diminuiu. Logo, Ceni pôs Cicinho no lugar de Gilberto, mortinho.
Aos 27’, Ademir ganhou na velocidade de Gil e foi empurrado dentro da área, pênalti, o árbitro em cima do lance.
- Gol! 5 x 1 Bahia, aos minutos. Thaciano bateu com classe, deslocando o goleiro. Aos 40 minutos. Incrível e histórica goleada do Tricolor em São Paulo.
Ceni pôs Ratão e Mugni em campo, aos 42’ minutos, para manter a pegada, sem recuos.
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Destaques
- Todos os méritos dessa goleada inacreditável ao treinador Rogério Ceni, pela estratégia, perfeita. A ocupação do meio-campo, a velocidade e objetividade nos contragolpes, a aplicação coletiva geral. Jogão do Tricolor. Cauly, Biel, Juba, Thaciano, Yago, Rezende, Acevedo... jogaram muito.
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Ficha técnica
- O Coringão de Mano Menezes: Cássio, Fagner, Gil, Veríssimo e Fabio Santos(Wesley); Bidu, Maycon, Giuliano e Renato Augusto; Romero e Yuri Alberto.
- O Bahia escalado por Rogério Ceni, com novidades: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Vitor Hugo e Juba; Rezende, Acevedo, Yago, Cauly e Thaciano; Biel.
- No apito o veterano e moderador Marcelo de Lima Henrique/CE.
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Na próxima rodada, a 36 – antepenúltima, o Bahia recebe o São Paulo, quarta-feira (dia 29) às 20h, na Fonte Nova.
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O Vitória, campeoníssimo da Série B/2023, joga sua derradeira partida na competição fora de casa, este sábado, em Chapecó, contra o quase rebaixado e desesperado Chapecoense. O Leão apenas cumpre tabela e o treinador Condé vai escalar um time B, observar alguns jogadores já de olho em 2024.
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Argentina, de novo
O Brasil está fora do Mundial sub-17. Foi eliminado pela Argentina (ói eles aí de novo!) por 3 x 0, com 3 gols de um garoto camisa 10 do River Plate chamado Echeverria. Eles cultivam o mito da camisa 10, celebrizado por Pelé, seguido por Maradona, Kempes, Riquelme, Messi ... E eu pergunto: - quem é o nosso camisa 10?
Tem algo muito errado no futebol brasileiro, tudo fora de ordem. Caímos, fracassamos e persistimos nos erros, desde a base, a formação dos atletas até o domínio dos esquemas de empresários, clubes/CBF. Viramos curral, pasto de engorda.
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Só Jesus na causa!
Por falar em camisa, o nosso 9 - beca de centroavante, artilheiro, matador – Gabriel Jesus deu entrevista depois do jogo da vergonha (Argentina 1 x 0 Brasil) dizendo, creiam, que o forte dele não é fazer gols. Ora, por que então escolheu ser centroavante? O camisa 9 tem de ser fominha, ter faro de gols, gostar e saber golear, seja de pé, joelho, barriga, cabeça... tipo Dario, o Dadá, ou mesmo o argentino Cano, já veterano, não é nenhum craque mas... fuzila, finaliza é o artilheiro do futebol brasileiro.
Daria um conselho a Gabriel Jesus, cara de arrependido: ô meu filho, vá vender amendoim na feira! O Tite também gostava dele, como o Diniz. Ou será algum empresário forte que o escala? Um cabra que não gosta e não sabe fazer gols não pode ser o centroavante da seleção, nunca!
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Adeus Minelli
Morreu esta semana, às vésperas de completar 95 anos, o ex-técncio Rubens Minelli, nascido no interior de São Paulo, foi jogador, mas consagrou-se nos anos setentas no Rio Grande do Sul, à frente do Internacional, quando conquistou três títulos nacionais seguidos. Montou um esquadrão que tinha Manga no gol, o extraordinário zagueiro chileno Figueiroa, Marinho Perez, Vacaria, Falcão, Batista, Escurinho, Valdomiro, Lula... Depois treinou o São Paulo (outro título nacional) e o Palmeiras, entre outros menores. Um dos grandes treinadores do futebol brasileiro. Gostava de jogadores fortes, altos, acima de 1m80, e competitivos. Fez escola, tinha seguidores.
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