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Zé de Jesus Barrêto

BAHIA QUEBRA SEQUÊNCIA DE BONS RESULTADOS E PERDE PARA O CRUZEIRO 3X0

Com 34 pontos, o Bahia segue bem próximo da Z-4
25/10/2023 às 10:05
    Um Bahia opaco, confuso e abusando de errar levou uma sapecada (3 x 0) do Cruzeiro, no Mineirão, voltando a mostrar em campo os velhos e conhecidos defeitos: um goleiro inseguro, marcação frouxa, muitos passes errados, sem objetividade, poucas e más finalizações, fisicamente batido e aquele joguinho infame.

A Raposa mineira inteira, rápida, sufocando, fez uma partida aplicada, ousada. Um triunfo mais que merecido dos mineiros. Daquelas partidas pra deixar o treinador tricolor de orelha em pé, sem dormir, a repensar tudo... outra vez. Jogamos mal, é a realidade.

  Com o resultado, o Cruzeiro passa o Bahia em pontos ganhos, quebra a guia do Tricolor, que deixa de avançar na tabela de classificação e cai uma posição, no mínimo (a rodada segue). No mais, o próximo confronto é contra o poderoso Palmeiras, em São Paulo. Preocupa.

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Em Belo Horizonte

- Noite mineira chuvosa, 24 graus, arquibancadas do Mineirão com bom público (cerca de 36 mil presentes) , o azul da ‘raposa’ predominante, gramado alto, pesado, o Tricolor de beca branca, o Cruzeiro com seu azulão tradicional.

 - As duas equipes entraram em campo com o mesmo número de pontos, 34. A Raposa vinha de um triunfo significativo contra o rival Atlético, no terreiro do Galo. O Tricolor baiano em busca de seu quarto triunfo seguido. Clima de decisão, pois, o chamado jogo dos seis pontos.

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Com bola rolando ...

 - Começou corrido, marcação forte no meio-campo, parelho. Cautelas. Aos 11’, a primeira chance de gol, numa bola alçada de frente, quicando na área do Bahia, o goleiro Marcos Felipe indeciso, vacilou e William chegou de surpresa, antecipou-se, quase empurrou pra dentro.

  - Gol! 1 x 0 Cruzeiro, aos 18 minutos. Bola alçada da direita, Marcos Felipe saiu adoidado, Machado subiu entre Kanu e Raul, a bola raspou na cabeça de Kanu e entrou. Gol contra, bate-cabeça na defensiva baiana. Bobeira, uma saída atabalhoada do goleiro, complicou tudo.  

 Até então o Tricolor pouco jogava, nada criava ofensivamente. Aos 32’, num contragolpe, Artur bateu colocado, assustou Marcos Felipe, só espiando. Aos 35’, Cauly – que pouco tocou na bola - sentiu algum desconforto e deu lugar a Ratão. Aos 37’, após uma ratada de Gilberto, Bruno Rodrigues recebeu em profundidade, livre, encarou o goleiro e bateu colocado, a bola caprichosamente bateu na trave e saiu. Ufa! Só dava a Raposa em campo, um Bahia acuado, travado, confuso.  

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  O Bahia enrolado na defesa, errando passes e sem inspiração no meio campo, o ataque sem criar, nada de penetração e chutes no gol adversário. O Cruzeiro muito melhor, marcando duro e jogando nos erros do Bahia, que nada fez na primeira etapa. O 1 x 0 até foi pouco para o que se viu em campo. Uma Raposa ativa, mordendo, e o Esquadrão apático, atrapalhado. Como se estivesse estranhando o gramado.

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 O Tricolor voltou com as linhas de marcação mais adiantadas, trocando passes e buscando o ataque. A Raposa fechadinha, todos atrás, marcando firme, dando chutões e apostando no erro adversário, num contragolpe fatal.

 - Gol! 2 x 0 Cruzeiro, aos 7 min. Erro de passe na intermediária, Artur invadiu pela esquerda e cruzou fechado, o goleirinho Marcos Felipe, mal colocado, deu um tapinha na bola e joga pra dentro. Outro gol contra. A primeira vez que o Cruzeiro avançou na segunda etapa. Um frango no papo da Raposa.   

- Aos 11 minutos, primeira boa jogada do Bahia, com cruzamento de Biel da esquerda e a cabeçada de Everaldo, por cima.  Aos 22, noutro contragolpe, quase os mineiro ampliam.  O Bahia tem a bola mas não finaliza. A Raposa só no bote, traiçoeira.

  - Substituições: No Bahia, Acevedo, Mugni, Matheus Bahia e Ademir em campo – saíram Thaciano, Câdido, Yago e Biel.  No Cruzeiro, o veterano Nikão (saiu Luvas Silva).

   O Cruzeiro sem pressa, administrando, retrancado, travando e espetando, mais objetivo. O Tricolor com a bola mas sem achar espaços, sem chegada, pouco incomodando o goleiro cruzeirense. Aos 30’, bola de fundo da esquerda, no chão, cruzamento de Everaldo, Rafael Cabral abafou. Aos 33’, Gilberto arriscou de longe, forte, triscou no travessão de Rafael.

 - Gol! 3 x 0 Cruzeiro, Artur rompe no contragolpe pela direita e cruza nas costas da zaga baiana, Bruno Rodrigues pega de canela e acerta o canto, aos 42’. Fechando o caixão.     

  Venceu a raposa, com mais apetite, mais aplicada, mais inteira. Um Bahia opaco.    

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Destaques

 A aplicação, a força, a postura tática inteligente dos mineiros; zaga dura, laterais lépidos, atacantes velozes e muita vontade.

 No Bahia, o goleiro numa noite infeliz, o miolo de zaga perdido, o meio campo frouxo e o ataque não funcionou. Muito totó e poucas finalizações. Uma equipe apática em campo.

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Ficha técnica

- Cruzeiro do técnico Zé Ricardo: Rafael Cabral, William, Neris, Castán e Marlon; Jussa, Machado e Lucas Silva; Matheus Pereira, Bruno Rodrigues e André. (Nikão, Weslei,

- Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Raul e Camilo Cândido(Matheus Bahia); Rezende, Yago (Acevedo), Thaciano (Mugni) e Cauly (Ratão); Everaldo e Biel (Ademir).

- Arbitragem paulista, com Flávio Rodrigues de Souza no apito/ VAR.  

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  O Bahia permanece no Sul. O elenco descansa, treina em Minas Gerais e desce a São Paulo, onde enfrenta o Palmeiras, no sábado, na sequência/30ª rodada, retão final.

A Arena Palmeiras (Alianz Parque) tem outro tipo de relvado, sintético, bola mais rápida, outro jeito de jogar.

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 Outros jogos da rodada na noite de quarta:

 - Fluminense 5 x 3 Goiás; Bragantino 1 x 2 Atlético MG; AthleticoPR 3 x 2 América MG;

    Palmeiras 5 x 0 São Paulo; mais tarde, Grêmio x Flamengo, Cuiabá x Corínthians...  em andamento; e a rodada segue.  

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 - O Vitória joga domingo, no Barradão, contra o Juventude/RS. A torcida empolgada na expectativa de mais um triunfo em casa e uma possível classificação antecipada para fazer a festa. Podem acontecer duas comemorações, a da classificação e volta para a Série A em 2024, praticamente assegurada, e mais a conquista do título de Campeão da Série B, um sonho - seria ou será o primeiro título nacional do clube. Todos estão empenhados e focados em fazer história.