Com o resultado, o Leão perdeu a liderança, mas está em segundo lugar, a um ponto apenas do líder, o Novorizontino. Sinal amarelo aceso, mas nada que preocupe, por enquanto.
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Classificação
- Novorizontino (26); Vitória (25); Vila Nova (24); Criciúma (23), Mirassol (22) e o Sport (21, com dois jogos a menos) São os seis primeiros classificados.
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No Barradão
Uma tarde-noite domingueira outonal morninha (27graus), céu alumiado. Público lotando e colorindo as arquibancadas de vermelho e preto (quase 30 mil em campo), fogos, fumacê, zoeira! Gramado dos bons, o Leão baiano em campo querendo retomar a liderança, manter a invencibilidade, e o Criciúma brigando para se enturmar entre o grupo dos quatro primeiros.
- Trajes e cores: O Rubro-negro baiano com seu tradicional vermelho e preto fechado (camisetas com listras largas verticais). O Criciúma inteiro de branco, detalhes em amarelo.
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Com bola rolando
- Até os 15 minutos, muita marcação e cautela, ações pelas intermediárias, equilíbrio. Algumas ousadias de Nem, mas nenhum chute a gol. Daí...
- Gol! 1 x 0 Criciúma, aos 16 min. Os catarinenses entraram fácil trocando passes pelo lado esquerdo, entre Camutanga e Zeca, bola pro meio, goleiro envolvido, Fabinho finalizou de frente, da marca penal, livre.
- Aos 19’, pelo mesmo lado, Arilson fez a festa na área baiana e disparou enviesado, pelo alto, para o salto elástico salvador de Lucas Arcanjo, evitando segundo. Os sulistas melhor assentados em campo, trabalhando melhor a bola. Aos 23’, outro sufoco em cima de Zeca, Fabinho e Arilson, o chute colocado a um palmo do rodapé esquerdo de Lucas Aracanjo.
O leão precisava reagir, agredir, adiantar as linhas, sair de trás. Aos 25’, duas tentativas de longe assustaram o goleiro Gustavo. E a retomada de sua mais proveitosa jogada de ataque, as bolas alçadas. Mas bateram 30 minutos e nenhuma boa chance de gol foi criada. Aos 32, após uma dessa levantadas na área inimiga, a zaga não resolveu e a sobra foi desperdiçada por Nem, na pequena área, perdeu o tempo da bola.
- Pressão rubro-negra, o Leão em cima, fustigando. Osvaldo e Nem se destacando. Os visitantes fechadinhos, suportando, valendo-se de contragolpes, raros mais rápidos e perigosos. A defesa da casa, quando exigida, mostrava-se meio atarantada. Aos 45’, o lateral Claudinho entrou pela direita nas costas da zaga, recebeu livre em velocidade, de cara, mas bateu pra fora, rasteiro. Aos 48’, cabeçada do baixinho Nem, defesa de Gustavo.
Primeira etapa corrida, disputada, parelha. O Criciúma, quando teve a bola, foi mais perigoso e fez 1 x 0. Defendeu-se e apostou no contragolpe, nas falhas defensiva do adversário. Osvaldo e Nem foram os mais ousados do lado rubro-negro – Nem precisa jogar mais em pé, menos neimarização no palco.
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O Vitória de Leo Condé voltou da merenda nos vestiários com duas mudanças: Railan (saiu Zeca) e Giovanne Augusto (saiu Zé Hugo) – Zeca levou um passeio no primeiro tempo e Ze Hugo atrapalhou-se pela esquerda, a substituição teoricamente reforçaria o meio campo. Precisava fazer gols, virar o placar.
O mesmo panorama. Um Criciúma fechadinho e perigoso nos contragolpes em passes rápidos. Ao Leão, tudo ou nada. Mais pegado mas leal. Aos 9’, levantada de bola de Nem, da direita, na cabeça de Trellez, fechando pela esquerda. Deu goleiro. Aos 10’, Fabinho entrou catando pela esquerda, cortou pra dentro e arrematou para grande defesa de Lucas Fonseca, abafando, salvador; no rebote, chute pra fora.
O Leão rondava, assediava mas pouco arrematava, sem penetração. Bateram 20/30 minutos e nada. Os catarinenses começaram a cair em campo, acusando câimbras, cansaço, manha, ganhando tempo. Ritmo mais travado, faltas mais constantes. Retranca dos sulistas, já preocupados em garantir a vantagem, controlando bem, dando chutões. O Leão já na alma, bola pra cima... trocas ofensivas., sufocando Aquela pressão final, torcida exigindo, tensa, 40 minutos ... ataque contra defesa. Nervosismo, chances desperdiçadas e ... seis minutos a mais de jogo.
Derrota rubro-negra com casa cheia. A estratégia do Criciúma deu carto, boa ocupação de espaço defensivo. A torcida do Vitória não vaiou, deu força, reconheceu a luta.
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Ficha técnica
- O Vitória de Leo Condé: Lucas Arcanjo, Zeca (Railan), Camutanga, Wagner Leonardo e Marcelo (Felipe); Marco Antonio (Tiago Lopes), Rodrigo Andrade (Gegê), Wellington Nem, Osvaldo, Zé Hugo (Giovanne) e Trellez.
- O Criciúma/SC treinado por Cláudio Tencati: Gustavo, Claudinho (Bayer), Rodrigo, W. Maia e Marcelo Hermes; Miquéias (Johnathan), Leo Costa , Arilson (Torrão), Italo Melo (Rayan); Vizeu (Eder) e Fabinho (Christesen).
- Arbitragem paulista/Fifa, com VAR, Flávio Rodrigues de Souza no apito.
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Pela rodada 13, Guarani x vitória, no domingo, dia 25, às 18h, no Brinco de Ouro/ Campinas SP.
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Outros jogos da rodada 12:
- Abc 1 x 1 Chapecoense; Vila Nova 0 x 0 Guarani; Ituano 1 x 1 Atletico GO;
Novorizontino 1 x 0 Sampaio Correia; Ceará 1 x 3 CRB; Ponte Preta 1 x 1 Sport;
Llondrina 1 x 2 Mirassol; Avai 0 x 0 BotafogoSP.
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Sobre o Bahia
Não falta vontade, falta qualidade. O treinador, meio cabeçudo, não é burro nem incompetente, ele não tem elenco. Sobrevivemos de lampejos de Biel e a raça do voluntarioso Jacaré, a entrega de Rezende. Boa parte, maioria, do elenco é de segunda divisão. Algumas contratações boas – goleiro, Cicinho, Kanu, Biel, Acevedo, Cauly, Thaciano... outras nem tanto e alguns fiascos. Não temos centroavante e tampouco reservas à altura de uma competição dura e longa como a Série A.
O próprio treinador, novato no futebol brasileiro, está aprendendo, apanhando. Ou contrata ‘qualidade e fome de bola’ ou o risco de cair pra segundona, de novo, é bem ali.
- Outra: o que aconteceu com o departamento médico, a fisiologia, preparadores físicos e avaliadores dos atletas? De repente, num mesmo jogo, na mesma semana, três atletas com lesões musculares graves. Má avaliação, utilização temerária de jogadores no limite do stress? Inadmissível numa estrutura ‘City’, não? O torcedor não é bobo e cobra.
Haja sofrência! Quer um consolo?
- Com os resultados da rodada até aqui, o Bahia vai ficar mais uns dez dias fora da zona de degola. Sem perder. Só joga na quarta da outra seguinte semana.
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A Leoa campeã
Vence e se aposenta
A baiana Amanda Nunes subiu ao octógono do UFC 289 no sábado, em Vancouver/ Canadá, em defesa de seu cinturão de campeão mundial, contra a mexicana Irene Aldana, e atropelou sua adversária. Após o triunfo, por unanimidade dos árbitros, a baiana surpreendeu a todos anunciando sua aposentadoria do MMA. Encerra assim a carreira como campeã mundial do peso-galo e do peso-pena. Disse:
- Hoje eu empato o recorde do Anderson Silva (de defesas de cinturão) e é a noite perfeita para me aposentar e viver feliz para sempre. Minha mãe tem me pedido muito para fazer isso há algum tempo, ela não aguenta mais. A Nina (Nunes) também, ela passou por isso a carreira inteira. Ainda sou jovem para desfrutar tudo que construí. Preciso passar mais tempo com minha família no Brasil. Quando me tornei campeã dupla foi inacreditável. Eu venho de uma cidade pequena no Brasil, Pojuca, que ninguém sabe onde fica. Lutadores brasileiros, arrumem suas coisas e venham para cá. Venham conquistar mais títulos!
Parabéns Leoa! Seu nome está nos anais do esporte. Nós agradecemos, orgulho.