Resultados: Bahia 1x0 Athlético PR; Guarani 1x2 Vitória
Na Fonte Nova, o Bahia voltou a vencer, depois de dois meses, há oito rodas sem vencer: O placar foi magro, 1 x 0 sobre o Athlético/PR. Mas foi um resultado de extrema importância pelos três pontos, pela retomada, o primeiro triunfo com Dado Cavalcanti, pela confiança que um triunfo traz para o grupo, a comissão técnica e a torcida. Valeu. E o Bahia foi um pouco melhor em campo. Ufa!
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Fora de casa, pela Série B, o Vitória venceu de 2 x 1 o Guarani de Campinas, foi a 42 pontos, e dorme respirando mais aliviado, agora em 15º. Há 21 anos o Vitória não vencia em Campinas. O triunfo foi fundamental para afugentar o medo de cair para uma terceirona.
Foi, assim, uma quarta-feira para o torcedor baiano relaxar um pouco, embora nada ainda esteja resolvido. Vai ser uma guerra até o final.
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Série A
Bahia fora da UTI
Boca de noite sombria de quarta, ameaça de chuva, Fonte Nova vazia, 31ª rodada, e a necessidade de o Bahia vencer para sair da zona de degola. Uma equipe bem postada, ocupando coletivamente bem os espaços, mas muito carente do talento individual, o craque que decide. E falta pegada, intensidade, fome de bola, também.
- Aos 6’, Ramirez entrou na área adversária costurando, a zaga salvou antes da conclusão. O time da casa mais ofensivo, o Furação cauteloso, mas quando recupera a bola assusta. Bolas alçadas, finalizações sem convicção, sem direção, os visitantes sem sofrer, sem pressa, na manha, chegando aos poucos. As bolas alçadas na defensiva tricolor sempre preocupam.
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Foi um primeiro tempo morno, parecendo aquele amistoso agradável de ver em dia de ressaca, mas sem aquela emoção indispensável. Não jogamos mal, mas também não merecemos vencer. Pouco incomodamos. Faltou flama.
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Na volta, o mesmo lololó, agora com chuva caindo, gramado encharcado, escorregadio, mas bola rolando fácil. Aos 2’, Nino Paraíba tentou de canhota, errou o alvo. O Furacão parecia apostar na possibilidade de o Bahia ir inteiro pro ataque, abrindo-se ao contragolpe em velocidade.
Como nada acontecia, Dado trocou Fessim e Gabriel por Rossi e Rodriguinho, aos 15 minutos; mais vivência. Mais tarde, Ronaldo no lugar de Ramon. Haja chuva !
- Gol ! 1 x 0 Bahia. Rossi ganhou na velocidade pela direita e cruzou rasteiro para a pequena área, o menino Thiago escorou, abrindo o placar, aos 20 minutos. Primeiro gol dele como profissional.
- Aos 26’, Ramirez bateu falta da entrada da área, Santos espalmou no alto. O time não recuou. Aos 29’, após escanteio, a bola sobrou na frente da pequena área mas Tiago chutou acossado, por cima. O Furacão trocou três jogadores e foi pras cabeças, tentando a todo custo prensar o Bahia na defensiva, empurrando, marcando forte no campo adversário.
O Bahia recuou, postou-se na defensiva, apostando no contra-ataque, apenas. Mas... a saída de bola baiana era lenta e o contragolpe não encaixava. O Furacão rondava, sem conseguir penetrar. Bolas alçadas, escanteios, pressão dos visitantes. Cinco minutos de acréscimos que pareciam uma eternidade pra o torcedor baiano. O time gastando tempo no ataque, contando com a manha de Rossi, pela direita. Valeu !
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O time que Dado escalou: Douglas, Nino, Ernando, Juninho e Matheus Bahia. Gregore, Ramon/ Ronaldo, Fessim/Rossi e Ramirez(Alesson); Gabriel/Rodriguinho e Thiago/Edson. Sem o artilheiro Gilberto, recuperando-se do Covid.
O AThlético de Paulo Autuori: Santos, Jonathan (Ze Ivaldo), Pedro Henrique, Tiago Heleno e Khelven ; Richard/ Jadson, Cristian, Bruno Leite/Reinaldo e Carlos Eduardo/ Risolli, Alvarado e Keiser/Walter. Seis desfalques na equipe.
Aribitragem paulista com VAR; Luis Flávio de Oliveira no apito.
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Série B
O Leão mordeu o Bugre
Tarde limpa no Brinco de Ouro de Campinas/SP. Um começo de partida equilibrado, com muita marcação. O time da casa até chegava mais na frente, mas na primeira boa ofensiva baiana:
- Gol ! 1 x 0 Vitória, aos 6 minutos, Leo Ceará. Bela jogada. Alisson Farias alçou da intermediária, do lado esquerdo ofensivo, Mateusinho chegou rápido do outro lado, atrás da zaga, na linha lateral da pequena área testou para o meio e o artilheiro Leo Ceará mergulhou de cabeça, não perdoou.
O índio sentiu a mordida. E foi pra cima.
- Gol 1 x 1 Bugre, aos 18 min. Após cobrança de escanteio da esquerda, Marcelo completou, livre, a bola descaindo limpa no lado oposto.
O empate deu confiança e o Guarani passou a jogar mais no campo inimigo, buscando o gol, tendo mais posse de bola. O Rubro-negro nos contragolpes. Pegada forte, faltas e cartões.
- Aos 40’, um susto! W. Rangel bateu falta arriando na pequena área, ninguém chegou, a bola quicou e tirou tinta do poste de Cesar. O Leão acordou. Aos 44’, numa dividida, a bola espirrou e sobrou limpa na área para Fernando Neto, mas... ele não dominou. Aos 45’, Van desbravou na direita mas já diante do goleiro adiantou demais a pelota.
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O empate era ruim pros dois e os atletas prometiam, no intervalo, gols na segunda etapa, que começou no mesmo tom. Marcação dura na disputa do meio campo, equilíbrio de ações ofensivas e arremates de longa distância.
- Aos 6’, Leo Ceará livrou-se da marcação e entrou livre, pela direita, mas o goleirão saiu bem e fechou a porta, evitando o gol. Aos 10’, Neto achou Leo Ceará livre na área, o goleirão salvou. Aos 11’, o árbitro carioca viu um agarrão sem bola do zagueiro num atacante baiano, sem bola e na área, após cobrança de escanteio. O árbitro pegou, viu e marcou o pênalti. E, ainda por cima, expulsou o zagueiro do Bugre.
- Gol ! Leo Ceará bateu firme e desempatou : 2 x 1 Vitória.
Com vantagem no placar, um atleta a mais em campo, o Leão passou a mastigar o ritmo, ganhando tempo e administrando, sem pressa, sem correr grandes riscos. Garantindo atrás os três pontos, importantíssimos.
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- Rodrigo Chagas escalou: Cesar, Van, João Vistor, Wallace/ M Ramos e Rafael Carioca/ leockovic; Lucas Cândido, Frisso (Rend), Fernando Neto(Eduardo) e Alisson Farias (Marcelinho); Leo e Mateusinho.
O treinador Fernando Conceição viveu uma semana conturbada por conta do Covid que andou pegando alguns atletas do elenco principal, onze foram afastados, desfalcando a equipe.
Entraram: Gabriel, Pablo, Walber, Didi/Crispim e Daltro; Marcelo, Bruno Sávio/ Todinho, Lucas, Murilo Rangel, Eliel, Waltinho/ Roberto. Um time jovem, leve e bem desconhecido.
Arbitragem carioca, sem VAR. Wagner Nascimento, o aconchambrador, no apito.
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- No outro jogo da rodada, quarta à tarde, o Atlético de Goiás afundou o Botafogo ainda mais, meteu 3 x 1, na garra, correria.
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As próximas
Na sequência, de alto risco, o Bahia joga contra o Sport na Ilha do Retiro/Recife, domingo, dia 24, às 18h. Vale pela 32ª rodada e o Tricolor tem uma partida a menos, contra o Corínthians.
O Vitória, já pela 37ª rodada, recebe o Botafogo de Ribeirão Preto, no Barradão, às 21h30 de terça-feira, dia 26. Hora de pontuar e comemorar a permanência na segundona, pois o time paulista tá no balaio de baixo.
A essa altura dos acontecimentos está valendo prece, promessa, oração, caboclos, oferendas, missa, ebós ... pra ambos.