O Bahia mexe pra lá e pra cá no ataque, mas, não consegue fazer gols. E vem aí o Flamengo.
Um 0 x 0 justo pelo joguinho sofrível, de poucos lances de boa técnica, muita correria e erros de passe de lado a lado. O Tricolor foi um pouco melhor na segunda etapa, teve umas duas chances de marcar no final, mas faltou competência. A defensiva suportou bem.
O resultado não foi bom para nenhum dos lados. A Chape continua sem vencer e está na zona do sufoco, entre os quatro últimos. Com o empate, o Bahia chegou aos 16 pontos ganhos e no 11º lugar, podendo perder posições com o decorrer da rodada. O time não consegue mais fazer gols.
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Névoa e frio antes
- Manhã de domingo, Arena Condá com público reduzido, Chapecó com nevoeiro, um frio de 13 graus, o dia estranho para os baianos. Aos poucos foi clareando, melhorando a visibilidade e aquecendo.
- A Chape com treinador novo, a equipe classificada entre as últimas, o pensamento numa reabilitação a todo custo.
- Um Bahia que teve problemas de voo até chegar em Chapecó, há cinco jogos sem vencer, classificado no meio da tabela (em 12º lugar) e também carente de um triunfo. Na camisa dos atletas, a derradeira homenagem ao querido Aderbal, funcionário do clube, que se foi nessa semana. Uma moquequinha de torcedores do Tricolor marcando presença nas arquibancadas.
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Com a bola rolando ...
- O Bahia começou frio, meio que cochilando, perdendo as divididas no meio e errando passes bobos. A Chape, com os atletas mais acostumados à temperatura, já começou em cima, com apetite.
- Logo aos três minutos, Camilo bateu falta da entrada da área, no ângulo, mas Douglas foi lá e espalmou. Salvadora intervenção.
- A equipe da casa com a iniciativa, marcando forte; os baianos demoram pra entrar no ritmo, retraídos, perdendo a batalha no meio campo. Só aos 18’ o Tricolor chegou à frente, com um chute de Moisés, de pé direito, longe.
- Aos poucos o Tricolor foi pegando, trocando passes, evoluindo. Aos 23’, após cruzamento da direita de Lucca, Artur testou do lado esquerdo, assustando o torcedor da Chape. Vai ficando mais equilibrado. Alguns escanteios pro Bahia e num deles Tiego precisou intervir duas vezes para evitar o gol.
- A Chape periga então nos contragolpes, chutes de longe, aproveitando-se sobretudo de erros de passes dos tricolores no meio campo. Falta capricho no fundamento/passe dos dois lados.
- Olhe o VAR ! Aos 40’, após cobrança de escanteio, o goleiro Douglas sofreu falta e a bola foi para as redes. Os atletas de verde comemoraram, mas o árbitro consultou o VAR e registrou a infração, anulando a jogada de gol.
Não faltou vontade, mas o futebol foi pobre na primeira etapa. Placar justo, equilíbrio de forças. A Chape alçando muitas bolas na área adversária, sem êxito. O melhor caminho dos baianos foi pelas laterais, mas precisa chegar com mais gente na frente.
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- Segundo tempo, o sol aparecendo, mesmo que pálido. Os tricolores mais acesos após o intervalo. Aos 9’, Artur foi derrubado quase na linha da grande área inimiga; Moisés bateu a falta, rasante, Tiego encaixou seguro, no chão. A Chape respondeu, dois minutos depois com um chute alto, fora.
- Aos 12’, saiu Henrique Almeida, entrou Artur Gomes na Chape, o treinador buscando o ataque. Aos 13’, Douglas enfiou pra Artur na direita, ele ganhou na velocidade e cruzou rasteiro para a entrada de Lucca que perdeu na dividida, no chão, para o goleiro Tiego, mais esperto e corajoso.
- Aos 16’, o Tricolor teve duas chances seguidas de gol; o becão Douglas salvou a finalização de Artur em cima da linha, o goleiro vencido.
- Uma partida mais aberta na segunda etapa, melhor de ver; o Bahia com postura mais ofensiva. Aos 20’, Roger lançou Shaylon no lugar de Ramires. Na Chape, Maurício Ramos no lugar de Douglas, na zaga da casa. Aos 29’, saiu o avante Gilberto, apagado no jogo, entrou o meia Clayton, que há muito não jogava.
- O ritmo continuava forte, corrido, mas pouca técnica, entradas duras, sem grandes jogadas individuais ou coletivas e seguidos passes errados, lá e cá. Aos 38’, Fernandão no lugar de Lucca, sem brilho. A Chape tenta, no final, sufocar, com bolas cruzadas e chutes de longe. O Bahia parou de criar, de jogar depois das substituições.
- Aos 43’, ótima jogada de Artur na direita, o cruzamento largo e Clayton testou, cara a cara, para uma defesaça de Tiego, dando rebote. Um minuto depois, Gregore fez boa infiltração pelo meio e bateu rasteiro, colocado, tirando tinta do rodapé direito de Tiego. Quase.
E foi só.
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Destaques
Seguro o goleiro Douglas. Bom jogo da dupla de zaga Lucas Fonseca e Juninho. Os laterais estiveram melhor na marcação do que na armação. O Gregore guerreiro de sempre. Artur foi o mais lúcido e perigoso no ataque.
Na Chape, Camilo e o veterano Marcio Araújo, pela vontade.
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Escalações
- Chapecoense : Tiego, Eduardo, Gun, Douglas e B. Pacheco; Augusto, Marcio Araújo, G. Campanaro e Camilo; Henrique Almeida e Everaldo. Treinador, Émerson Cris.
- Bahia : Douglas, Ezequiel, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Gregore, Flávio e Ramires; Lucca, Gilberto e Artur. Técnico: Roger Machado.
Arbitragem paraense. No apito, Dawson Fernando de Freitas.
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Na próxima rodada o Bahia recebe o Flamengo, domingo à tarde, na Fonte Nova. Prenúncio de casa cheia.