Um resultado normal, sem gols. Ruim, se observamos que o Cruzeiro jogou com uma equipe alternativa, o jogo foi na casa do Tricolor e é a sexta partida seguida sem triunfo. Um bom resultado se avaliarmos que a equipe atuou com um atleta a menos durante toda a segunda etapa e entrou em campo também com desfalques nas laterais, no meio campo e no ataque (Nino, Moisés, Élton e Élder).
O Tricolor fez um primeiro tempo apático, os atletas pareciam ainda sob o impacto de derrota e para o Grêmio no meio da semana e a desclassificação da Copa do Brasil. Na segunda etapa, com apenas 10 atletas em campo, o Bahia se superou, foi melhor, poderia até ter vencido. No final, vaias e aplausos das arquibancadas. O torcedor quer, espera e exige mais.
Com o resultado, a equipe baiana vai a 15 pontos, volta para a primeira página na tabela de classificação mas a rodada continua e ... tudo pode mudar.
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Invernada
Fim de tarde de sábado invernoso, chuvinha fria vai e volta, Fonte Nova com muitos espaços vazios nas arquibancadas (18 mil presentes).
O Cruzeiro, de azul, com uma equipe mista, jovem, poupando seus principais atletas para as disputas de Copa do Brasil e Libertadores; o Bahia, de camisetas brancas, com alguns desfalques.Hora e chance de mostrar serviço.
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Com a bola rolando
- Começo com muita troca de passes, de lado a lado, as equipes valorizando a posse de bola, no chão.
- A Raposa mineira chegou primeiro, em dois lances perigosos: Aos 11’, a cabeçada a queima-roupa de Sassá, Giovanni parado, espiando; Douglas salvou com a ponta dos dedos pra escanteio. Na sequência, depois de uma ratada de Ezequiel a bola sobrou na praia e Éderson, livre, acertou o poste. Por sorte o Cruzeiro não abriu o placar.
- O Tricolor trabalhava mais a bola, o time mineiro era mais incisivo, objetivo, explorando a velocidade e a força da dupla de avantes Sassá e David, que se mexem muito. A Raposa mais arisca.
- Só aos 25/26 minutos o time da casa deu o ar da sua graça, chegando bem em duas cobranças fechadas de escanteio. Os mineiros se safaram. Ficou parelho.
- Aos 43’, Artur Caíke – que atuava mal, displicente, vaiado pela torcida – cometeu falta idiota no meio de campo, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso, prejudicando a equipe. O Tricolor, que não se achava em campo, ficou com um atleta a menos.
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Uma primeira etapa ruim. O Tricolor teve mais a bola mas não deu trabalho ao goleiro Rafael. O Cruzeiro, bem plantado, marcando duro, chegou mais na área baiana, foi melhor. Os laterais do Bahia não mostraram nada, Ramires atrapalhado no meio, Flávio perdido, Caíke prejudicial e também irresponsável no lance da expulsão. Ficou difícil. O torcedor vaiou na descida aos vestiários.
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- Na volta dos vestiários, com um atleta mais em campo, a Raposa começou em cima, tentando decidir. Outra postura. O Bahia, então, mais cauteloso, buscando o contragolpe em velocidade. Jogo aberto e complicado para o Tricolor. Roger lançou Lucca, estreante, no lugar de Ramires, que esteve dispersivo, apático.
- Aos 5’, Lucca fez boa jogada e arriscou, pra fora. Aos 7’, David experimentou de longe, obrigando Douglas a espalmar. A Raposa mordendo, correndo muito, tentando encurralar. Mas o Tricolor reagiu, encarou.
- A despeito de estar com um atleta a menos, o Bahia foi mais ousado na frente do que na primeira etapa. Aos 13’, Lucca levou a marcação pela esquerda e bateu forte, cruzado, para Rafael espalmar. Aos 16’, Juninho disparou de longe para difícil defesa do goleiro mineiro.
- Aos 18’, Artur cobrou escanteio, Juninho subiu mais que a zaga e testou na pequena área, forte, raspando. Foi por pouco. Ficou animado, lá e cá.
- Aos 23’, Roger mexeu duas vezes: Fernandão no lugar de Gilberto e pôs o meio-campista Ronaldo (estreante) no lugar de Ezequiel. Flávio foi deslocado para lateral direita.
- A partida ficou corrida, dinâmica. Um Bahia mais ativo e guerreiro, acreditando, fazendo um bom segundo tempo, mesmo com 10’.
Não levou sufoco atrás, mas o gol não saiu. No final, dividido: vaias (pelo resultado) e aplausos pela vontade e aplicação dos jogadores no segundo tempo.
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Destaques
Lucas Fonseca e Gregore foram gigantes. Douglas seguro no gol. Geovanni não chegou a empolgar mas foi melhor que Ezequiel. Lucca entrou bem, tem cara de titular. Ronaldo teve pouco tempo pra mostrar seu repertório.
No Cruzeiro, o bom goleiro Rafael, Ariel Cabral foram os melhores. A dupla Sassá e David deu trabalho.
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Ficha Técnica
Bahia – Douglas, Ezequiel (Ronaldo), Lucas Fonseca, Juninho e Giovanni (estreante); Gregore, Flávio e Ramires (Lucca); Artur, Gilberto (Fernandão) e Artur Caíke (expulso no final da primeira etapa). Treinador, Roger Machado.
Cruzeiro (mistão) – Rafael, Weverton, Fabrício Bruno, Cacá e Dodô; Éderson, Ariel Cabral, Jadson e Maurício (Rafael Santos); Sassá (Popó) e David. Treinador, Mano Menezes.
Arbitragem paulistana, com VAR. No apito, Luis Flávio de Oliveira, sem problemas.
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Outros jogos da 11ª rodada
Na manhã de sábado: - Vasco 2 x 1 Fluminense.
Às 19h:- Internacional x Grêmio; Ceará x Palmeiras, CSA x Athlético (PR).
No domingo: - Botafogo x Santos, às 11 h; às 16h, Atlético Mineiro x Fortaleza;
Corínthians x Flamengo; às 19h, Avaí x Goiás.
Na segunda-feira, 20h: - São Paulo x Chapecoense.
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- O próximo compromisso do Bahia, pela 12ª rodada do Brasileirão, é no domingo, dia 28, às 11 h da manhã, contra o Chapecoense, na Arena Condá (SC)
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Neste domingo, dois times baianos lutam para pular da Série D para a Série C :
- O Jacuipense joga em casa contra o Floresta. Precisa vencer.
- Lá no frio do Sul, em Santa Catarina, o Juazeirense encara o Brusque. Até um empate serve. Torcida baiana quente.