Perú saiu fortalecido dessa Copa América time que poucos acreditavam chegasse mais longe
É o nono título de Copa América conquistado pelo Brasil. Cinco em casa. Mais um. Justo, até pela campanha inteira na competição, invicto. Fez 13 gols e só levou um.
Um título continental dentro do Maracanã tem sim um gosto especial.
O jogo final contra o Peru foi duro, difícil, do começo ao fim. Uma arbitragem vacilante, a partida teve pênaltis para os dois lados, a expulsão de Gabriel Jesus na metade da segunda etapa, um fim dramático. E algumas atuações decisivas, como a de Gabriel Jesus, de Éverton Cebolinha, do bom meio-campista Artur.
O título significa também renovação e seguimento do bom trabalho coletivo comandado por Tite. A seleção brasileira respondeu bem, o Brasil está vivo.
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Cerimônia de encerramento (antes do jogo)
- Trilha sonora, cores, bandeiras, representações de todas as equipes, imagens de lances de jogos, atletas, símbolos de culturas, coreografias sem significados, uma anta dançante, pernas e busto e bocas de Anitta... a Taça sendo levada ao pedestal por um grupo de crianças e a explosão nas arquibancadas. Tudo muito simples e rápido.
- Maracanã (RJ) cheio, o amarelo predominante, o Presidente da República e vários ministros de Estado presentes no estádio e ao lado do chefe. Neymar também presente, noutro espaço.
- Os hinos respeitosamente ouvidos e aplaudidos. O do Brasil ... no gogó.
- Homenagem póstuma (um minuto de silêncio) a João Gilberto, músico baiano que nos deixou no sábado. Aplausos !
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Curiosidades
- Antes da final, o Brasil fez 10 gols na competição e não levou nenhum. Nossa seleção tem oito títulos, o último em 2007, e o Peru tem dois, o derradeiro em 1975. Brasil e Peru se enfrentaram 44 vezes: - 30 triunfos brasileiros, quatro peruanos e nove empates. Sempre que disputou o título em casa, o Brasil foi Campeão.
- As duas equipes se enfrentaram na fase de grupos/classificação desta competição. Deu Brasil, 5 x 0, em São Paulo. Nem por isso o favoritismo dos donos da casa define; decisão não se ganha de véspera, nem só com a camisa.
- Arbitragem chilena na final, contestada de antemão pelos peruanos, vizinhos e rivais do Chile. No apito, Roberto Tobar (meio enrolado, pressionado demais antes da partida).
- As equipes em campo: Brasil – Álisson, Daniel Alves, Tiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Cassemiro, Artur e Phillipe Coutinho; Gabriel Jesus, Firmino e Éverton Cebolinha. Tite no banco.
O Peru do treinador Ricardo Gareca, argentino - Gallese, Advíncula, Zambrano, Abram e Trauco; Tápia (Gonzales), Yotun, Cueva e Carillo (Pollo); Guerrero e Flores.
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Com a bola rolando ...
- A partida começou pegadíssima, marcação dura, a arbitragem marcando todo encontrão, visivelmente preocupado em segurar o jogo. Os peruanos postados mais na frente, tentando surpreender, atacando. Até os 7 minutos mal conseguimos passar do meio campo. Cautela demasiada.
- Gol ! Brasil 1 x 0, aos 14 minutos. Saída de Daniel Alves para Gabriel Jesus, na direita; a matada, o drible em direção da linha de fundo, o cruzamento atravessando a grande área; do lado oposto, livre, Éverton Cebolinha chegou batendo, na arriada. Golaço ! belo trabalho coletivo.
- Aos23’, a trama foi pela esquerda, com Éverton e Firmino; o cruzamento veio rasteiro, Coutinho desviou na frente do zagueiro e a bola raspou o poste peruano. A equipe brasileira já tem o controle das ações.
- Duas observações táticas: Marquinhos pelo lado direito, mais leve, cobrindo as saídas de Daniel Alves. Na frente, a troca constante de posições, confundindo a marcação peruana.
- Aos 35’, após boa sequência de troca de passes, cruzamento largo da esquerda de Éverton para a cabeçada de Firmino do lado oposto, cobrindo o travessão. Mas o Peru não se intimida, encara.
- Aos 40’, numa trama peruana na área brasileira, Tiago cai e a bola bate no braço, no chão. O árbitro marcou, entendeu como pênalti. Foi ver o VAR ... e confirmou.
- Gol ! 1 x 1, aos 43 minutos. Guerrero bateu a penalidade com categoria. Primeiro gol que sofreu o Brasil na competição.
- Gol ! 2 x 1 Brasil, aos 47’. Bola roubada no meio campo, e Artur achou Gabriel Jesus deslocando-se pelo meio na entrada da área inimiga; o chute saiu rasteiro, colocado, na saída do goleiro.
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Nos primeiros 48 minutos, o Brasil teve mais a bola, o controle das ações. O jogo parecia bem administrado quando os peruanos acharam o pênalti no final. Ainda bem que conseguimos a vantagem, merecida, ainda na primeira etapa. Daria mais tranquilidade.
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- Os brasileiros voltaram da merenda acesos, no ataque, e marcando bem no meio, sem permitir ao Peru gostar da partida. Aos 5’, após troca de passes na direita, Coutinho achou espaço e finalizou, errando o alvo.
- Aos 9min, Coutinho desbravou pelo meio e foi travado na hora do chute; a bola, na sequência, se ofereceu na área, limpa, para Firmino, que pegou mal, perdendo boa chance. Aos 11’, novamente Firmino, de cabeça, pra fora.
- Mas os peruanos avançam as linhas, continuam vivos, ‘peleando’. Equilibram. Jogam com garra. Provocam faltas, querem alçar bolas na área brasileira. Assim chegam, criam chances, incomodam. O tempo passando e não conseguimos mais ter a bola nem encaixar o contragolpe.
- Aos 25’, numa disputa normal de bola, no meio campo, o árbitro expulsou Gabriel Jesus. Sem sentido. O Brasil com um atleta a menos em campo. Muito estranho comportamento desse árbitro.
- Flores, aos 28’, disparou uma bomba de longe, assustando. Os peruanos, com um atleta a mais, vão pra cima, acreditam. A tevê mostra Gabriel Jesus em prantos, fora do jogo.
- Tite faz duas substituições tentando recuperar as rédeas do jogo e resistir ao sufoco do adversário. Saiu Firmino, apagadão, distoante, e colocou Richarlison, inteiro. Retirou o meia Coutinho, já meio sem pernas, e colocou Militão, um zagueiro. Liberou mais Daniel Alves para armação de jogadas.
- Com as substituições, o Brasil voltou a controlar. Aos 41’, Éverton tabelou com Richarlison e invadiu a área, pelo meio. Foi trombado por dois peruanos na área e o árbitro marcou o pênalti. Mas... pressionado, foi ver o VAR, confirmando o pênalti.
- Gol ! 3 x 1 Brasil! Richarlison bateu seco, rasteiro, no cantinho. Definindo o placar e o título, aos 45 minutos.
- O árbitro acrescentou mais cinco minutos ao tempo regulamentar. Tite ganha tempo: tirou Éverton ‘Cebolinha’, fundamental, e colocou o meia Allan.
Brasil Campeão, delírio nas arquibancadas, fogos e comemorações por todo o país !
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Destaques
Artur, Gabriel Jesus e Éverton Cebolinha foram os melhores em campo. Daniel, Marquinhos e Coutinho também num alto nível. Parabéns ao bom trabalho de Tite. Cebolinha foi escolhido melhor em campo pela Conmebol.
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Se fosse escolher um jogador-símbolo dessa conquista seu nome seria DANIEL ALVES, o capitão, com 36 anos, líder, craque. Baiano, cria do Bahia, nascido em Juazeiro, na beira do São Francisco. Orgulho !
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Muita emoção no final, no pós-jogo. Atletas e comissão técnica. Grupo.
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Milongas do baba
- Chamei o jogo Argentina 2x 1 Chile (sábado, disputa de terceiro lugar) de ‘baba de rua’. Pela sujeira em campo, pelo futebol feio, as caneladas, a violência, a péssima arbitragem, as canganchas. Decepcionante para a ’qualidade’ dos atletas em campo: Messi, Aguero, Dybala, DiMaria, Lo Celso, Otamendi x Vidal, Sanchez, Vargas, Medel, Islas ...
E tudo isso, diga-se, num ótimo gramado, a Arena Corínthians/SP.
- Achei correta expulsão de Messi + Medel. A lei é a mesma para todos.
- A verdade é que Messi, um gênio da bola, e sua turma não jogaram metade do que se esperava deles. Reclamaram muito, de tudo (gramados, arbitragem, infraestrutura), e esqueceram de jogar bola.
- Gosto demais do futebol de Messi, pra mim o melhor do mundo, no Barcelona. Mas não aceito a chiadeira com gramados, arbitragens, ‘injustiças’, e dizer que ‘tudo foi armado’ para o Brasil vencer. Não foi digna nem respeitosa a atitude dele de boicotar a entrega da medalha.
- Aos 33 anos, cinco vezes eleito o melhor do mundo, fora de série... mas, cagou fora do penico. Tangos e milongas, só. Catimba, fumaceira para tentar apagar a frustração, a decepção de não ter conseguido ainda um título internacional para seu país, a Argentina.
- Quem não sabe perder não aprende a ganhar.
Adiós !