Time brasileiro comete mesmas falhas da Copa da Rússia com jogo miudinho sem objetividade
Duas bolas na rede, gols anulados pelo VAR, a bola que teimava não entrar, falta de inspiração ofensiva, muita posse de bola e troca de passes, mas grandes dificuldades de penetração e arremate... E uma Venezuela bem arrumada que se defendeu com denodo, suportou bem a pressão.O zero a zero provocou algumas vaias no final.
Com o resultado, o Brasil chega a 4 pontos, o mesmo do Peru, próximo adversário. A Venezuela tem dois e a Bolívia zero.
Síndrome do Barradão?
O gol não rolou, a bola não entrou e a torcida do Bahia não perdoou: “Foi treinar no Barradão...quem mandou?”. Só lembrando, a Argentina também treinou no Barradão e perdeu para a Colômbia.
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Pré-jogo
- Tite escalou : Alisson, Daniel Alves, Tiago Silva, Marquinhos e Fillipe Luis; Casemiro, Artur e Phillipe Coutinho; Richarlison, Firmino e Neres.
- Venezuela tem como destaques o jovem goleiro Farinez, os avantes Rincon, Murillo e o impetuoso e grandalhão goleador Rondon.
- Brasil com camiseta amarela e detalhes verdes; Venezuela toda de vinho tinto.
- Arbitragem Chiilena. Prováveis 42 mil pessoas presentes.
- A Banda parou de tocar o Hino Nacional antes da hora e a arquibancada levou mais uma estrofe no gogó, como é de praxe na Fonte Nova.
- Cá pra nós, reclamar de um gramado como o da Fonte Nova só mesmo argentino, e derrotado.
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Com a bola rolando...
- Os venezuelanos, no começo, tentando surpreender; ao invés de entrar recuados, foram pra cima, marcando a saída de bola brasileira, dificultando a troca de passes dos donos da casa, mostrando muita disposição física. O Brasil, aos poucos, impondo seu ritmo, tentando empurrar o adversário para a defesa, na pressão.
- Aos 14’, Artur puxou bom contragolpe, trocando passes e Neres ficou livre pela esquerda, mas o chute não acertou o alvo. Aos 16’, Richarlison arriscou mas o goleiro espalmou no rodapé.
- Aos 18’, bola alçada na área brasileira, Rondon subiu mais que Marquinhos e testou tirando tinta do poste de Álisson. Assustou.
- Com o decorrer do tempo, a pressão brasileira já não é a mesma. O ritmo fica mais cadenciado. A marcação é dura, justa. Quando não tem a bola a Venezuela recua inteira.
- Aos 37’, Daniel foi ao fundo e cruzou, Firmino usou o corpo tirando o zagueiro, girou e chutou para as redes, mas o árbitro viu falta do atacante e anulou o tento.
- O tempo passando, o gol brasileiro não sai, os vizinhos do norte gostando do jogo. Defendem-se com obstinação. O time canarinho tem a bola mas mostrou-se pouco inspirado e até receoso nas finalizações. Sem vaias na descida para a merenda nos vestiários.
Segundo tempo
No intervalo, Tite tirou Richarlison - que já tinha recebido cartão amarelo – e colocou Gabriel Jesus, mudando a forma de jogar da equipe, agora com dois avantes pelo meio: Gabriel e Firmino.
- Mas, para abrir o ferrolho não seria melhor Éverton ‘Cebolinha’, veloz, aberto na esquerda?
E por que não em lugar de Firmino, apagado?
- A equipe continuava trocando passes, acuando, mas sem achar os espaços para penetração e o arremate.
- Aos 11’, Tite chamou Fernandinho e a torcida vaiou. Entrou no lugar de Casemiro, que tinha cartão amarelo.
- Na sequência, Gabriel Jesus limpou na frente da área e arriscou; a bola saiu triscando o poste.
- Aos 14’, Gabriel Jesus completou para o gol uma jogada de fundo. Os vizinhos do norte reclamaram de um impedimento e o árbitro foi conferir no VAR, anulando o tento, que nos pareceu válido porque o jogador brasileiro que fez a jogada de fundo recebeu a bola do adversário, mas ... a arbitragem não interpretou assim.
- Aos 26’, Éverton ‘Cebolinha’ em campo, no lugar de Neres. Aos 30’, Daniel cruzou do fundo, da direita, Gabriel se enroscou com o zagueiro na pequena área, pedindo pênalti, mas o árbitro nem tchum.
- Os venezuelanos suportam bem, defendem-se com bravura e competência. Nenhuma inspiração do lado brasileiro. Tempo que passa e o gol não sai, bate o nervosismo, desde a plateia ao campo de jogo. A bola começa a queimar nos pés.
- Aos 43’, Phillipe Coutinho, dando uma de centroavante na pequena área, completou para as redes uma ótima jogada de Éverton Cebolinha pela esquerda... E não é que o árbitro voltou a anular ? Consultou o VAR e não deu o gol. Viu um impedimento de Firmino, trapalhão.
- O árbitro acrescentou sete minutos. Aos 47’, Fillipe Luiz tabelou com Everton, entrou de frente e bateu forte, cruzado, no chão; Firmino e Gabriel não alcançaram e a pelota foi para fora.
- Aos 54’, cobrança de escanteio na direita, Fernandinho subiu e testou bem, a bola riscou o poste e não entrou.
Parte da plateia vaiou no final.
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Destaques
A garra, disposição e postura defensiva dos venezuelanos.
No Brasil, bom futebol de Artur, Gabriel Jesus, Cebolinha ... Phillipe Coutinho meio apagado, Firmino opaco.
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O Brasil volta a campo no sábado, às 16 h. Enfrenta o Peru na Arena Corínthians (SP)
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Bolivia Peru no Maracanã
Bolívia do avante artilheiro Marcelo Moreno, contra o Peru do treinador Gareca, do goleador Guerrero, do meia Cueva; Peru e Bolívia equipes do grupo do Brasil. Pouco mais de 17 mil pessoas no Maraca pra ver.
- Os peruanos são mais qualificados, atletas mais conhecidos, elenco mais caro, em campo trocam mais passes, gostam de ter a bola, mas ...
Foi a Bolívia que surpreendeu e abriu o placar antes dos 30 minutos, gol do nosso conhecido Marcelo Moreno, ídolo por lá, cobrando pênalti. Bolívia 1 x 0.
- Então, os bolivianos se fecharam na defesa mais ainda, saindo só na boa, enquanto o Peru tramava, tentando abrir o ferrolho adversário.
- Aos 44’, lançado em profundidade por Cueva, Guerrero ganha da zaga no corpo e na velocidade, dribla do goleiro e faz aquele gol de almanaque, típico de artilheiro.
Gol do Peru, empate - 1 x 1. Primeiro tempo equilibrado, empate justo, jogo bem corrido.
Segundo tempo
Os peruanos voltaram dos vestiários com mais disposição ofensiva. Amassando os vizinhos.
- Aos 9’, Guerrero saiu da área caindo do lado esquerdo, levantou a cabeça e alçou na medida; Farfán subiu mais que a zaga e, com estilo, testou forte, inapelável. Peru 2 x 1, na virada.
- Derrotado na estreia pelo Brasil (3 x 0) e perdendo do Peru, os Bolivianos tinham de arriscar, lançar-se à frente. Uma nova derrota significaria praticamente a volta pra casa mais cedo. Aos 21’, após um rebote do goleiro peruano, Zavedra perdeu a chance do empate, batendo por cima do travessão.
- Mas os peruanos, com mais qualidade, continuaram criando chances, bombardeando a meta boliviana. Num contragolpe fulminante, a defesa boliviana toda adiantada, Flores recebeu em disparada, livrou-se do goleiro e fechou o caixão: 3 x 1 justo.
Brasil x Peru, sábado, fechando a fase classificatória, tende a ser um jogão.
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Jogos da quarta
Pelo Grupo B: Colômbia x Catar, 18h30, no Morumbi
Argentina x Paraguai, 21h30, no Mineirão.