Rivalidade que segue entre Brasil x Argentina com mais uma vitória brasileira
Foi aquele jogo amistoso com gostinho de oficial, disputado, brigado, até pela rivalidade. Muito calor, intensidade média, mais equilíbrio na primeira etapa e o Brasil melhor no segundo tempo.
Com Os Hermanos fechados, a equipe brasileira teve dificuldades de penetrar pelo meio, congestionado, e explora pouco as jogadas de linha de fundo. Só Neymar ousa. O gol, na testada de Miranda em cobrança de escanteio de Neymar, só saiu no finalzinho. Vencer é sempre bom e vencer a Argentina melhor ainda.
Brasil 1 x 0 Argentina , em Jeda /Arábia Saudita, tarde de terça-feira, noite nas arábias.
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Equipe escalada por Tite:
- Alisson, Danilo, Miranda, Marquinhos e Fillipe Luiz; Casemiro, Artur, P Coutinho e Neymar (o capitão) formando o meio campo; Gabriel Jesus e Firmino mais na frente, uma novidade.
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Uma Argentina de caras novas, inclusive o treinador, Scalone. O goleiro Romero; Sarabia, Tagliafico e Pezella ao lado do conhecido Otamendi. Peredes, Bataglia, LoCelso, Correa... e na frente o artilheiro Icardi ao lado do talentoso meia Dibala.
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A despeito de ser um amistoso, assim que a bola rolou o que se viu foi uma pegada forte, de lado a lado, a marcação adiantada no campo adversário, confronto pra valer.
- Primeiro chute perigoso, aos 7min, do meia Lo Celso, livre na meia lua, aproveitando uma falha no domínio de Casemiro; o chute rasteiro passou rente ao poste de Alisson.
A equipe amarela/azul do Brasil aos poucos foi tomando as iniciativas, trocando mais passes, chegando, mas pouco finalizando. Os Hermanos se protegendo bem, brigando muito pela bola, dando faltas se preciso.
- Aos 27’, após cruzamento largo da esquerda, o zagueiro Miranda apareceu livre do lado oposto; dominou e bateu firme para o gol, a bola passou pelo goleiro e Otamendi salvou em cima da linha. A melhor chance de gol.
Dois minutos depois, Dibala bateu falta, de canhota, a um palmo do ângulo da trave de Álisson, assustando.
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Foi uma primeira etapa em ritmo moderado, sem correria, equilibrada. O Brasil teve mais posse, trabalhou melhor a bola no meio campo, mas penetrou e chutou pouco. Os argentinos marcaram bem e foram perigosos sempre que avançaram. A dupla de frente Firmino/Gabriel Jesus não se entendeu e P Coutinho não entrou no jogo.
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Nenhuma mudança nas equipes depois do intervalo, nada diferente também em campo, no começo da segunda etapa. Foram, de novo, os argentinos que chegaram primeiro; uma penetração e chute de Icardi, para fora. Aos 7’, saiu o lateral Danilo, machucado no tornozelo, entrou Fabinho. Martinez no lugar de Dibala, do outro lado; sem sentido.
G Jesus mais aceso, pela direita, e Neymar mais aberto na esquerda. Precisa o Firmino acertar e o P Coutinho entrar no jogo. Quem sabe um pouco mais de velocidade, de objetividade. Os argentinos são mais perigosos quando atacam, parecem ter mais gana de vencer.
Aos 19’, saiu G Jesus e entrou Richarlyson, na frente. Os brasileiros cresceram em campo.
- Aos 23’, ótima arrancada de Neymar pela canhota, o chute cruzado, rasante da linha de fundo, Richarlyson perdeu o gol, fechando na direita e chutando fora. Boa chance! Aos 25’, Neymar cruzou da esquerda e Arthur pegou de primeira, da entrada da área, para elástica intervenção do goleiro Romero, espalmando.
Aos 27’, saiu Lo Celso, entrou Sálvio, na equipe azul celeste e branco. Nada de gol. Saiu Tagliafico, entrou Acuña, aos 36’. O Brasil melhor, atacando, mas... os Hermanos chegam junto, marcam e matam as jogadas.
Aos 39’, Cassemiro cobrou falta (mais uma em Neymar) da intermediária, forte, tem desvio na barreira e raspa o poste, o goleirão só torcendo. Aos 45’, outra trama brasileira, finalização de Richarlyson, desvio na zaga, a pelota riscando o rodapé do poste.
- Gol ! Brasil, 1x 0, Miranda, escorando o escanteio da esquerda, cobrado na medida por Neymar. Antecipou-se ao goleiro na pequena área.
Placar justo, o Brasil jogou mais, até teve o domínio na segunda etapa; os Hermanos defenderam-se bem, dificultaram, tentaram, deram trabalho.
No final, valeu a jogadinha ensaiada e já manjada do escanteio, com os zagueiros fechando na pequena área adversária. Vencer o clássico é sempre bom, faz bem.