Bahia poderia ter decidido jogo no primeiro tempo, mas não fez o gole; e quem não faz toma
Simplesmente vergonhoso. São cinco jogos fora de casa e cinco derrotas, sem fazer um gol sequer. Na noite de quinta foi contra o Paraná, um gude preso. O Tricolor baiano fez um bom primeiro tempo, criou cinco chances claras de gol mas não fez.
Na segunda etapa, a equipe da casa foi pra cima e o veterano Luizinho fez 1x 0, em mais uma tabela pelo miolo da zaga baiana, o becão Lucas Fonseca plantado, pedindo impedimento. A equipe não teve forças, nem ataque, nem competência para sequer empatar.
Com mais esse triste desempenho e mau resultado, o Bahia afunda na zona da degola, com apenas oito pontos ganhos, em penúltimo lugar. Tá feia a coisa.
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Expectativas
- Paraná 1 x 0 Bahia, no estádio da Vila Capanema, num frio de 12 graus, campo pesado, escorregadio, algumas áreas enlameadas. O Tricolor baiano precisava vencer a primeira fora de casa, estava de treinador (interino) novo, fazendo o primeiro jogo sem Guto Ferreira. Os dois na zona.
- As novidades no time comandado por Claudio Prates: Um meio campo de mais pegada, com mais mobilidade - Élton, Gregore e Flávio; e um ataque sem centroavante fixo, com trocas de posição: Élber, Vinícius e Zé Rafael. Funcionaria?
- O Bahia de camisas e calções brancos, o Paraná de azul. O treinador do tricolor paranaense é o baiano Rogério Micale. No apito, o veterano Marcelo de Lima Henrique, uma garantia.
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Bola rolando:
A partida começou feia, truncada, faltas e muitos erros de passe, dos dois lados. Jogo movimentado, brigado no meio campo, mas disputado com pouca técnica.
Primeiro lance de perigo, aos 17 min. Cruzamento da direita e Vinícius testou, antecipando-se à zaga, o goleiro Thiago espalmou. Aos 25’, Flávio achou Élber entrando em velocidade pela direita, o chute saiu forte mas novamente o goleiro Thiago espalmou no chão. Aos 27’, Zé Rafael roubou a bola na intermediária e rolou para a bomba de Vinícius, cobrindo o travessão.
O Bahia melhor, ganhando o meio campo e atacando mais. Mas, aos 34 min, o atacante Tiago Santos bateu um falta rasteira, quase em cima da linha da grande área, a bola passou pela barreira e estourou no poste de Douglas, na primeira chegada, de vera, do Paraná.
Aos 44’, foi a vez de Flávio ariscar de fora pelo alto mas o goleirão saltou e deu tapa para escanteio. Na sequência, mais duas finalizações do time baiano, com muito perigo, mas a bola não entrou.
O Bahia foi melhor em campo na primeira etapa, mais bem postado, atacando mais: criou cinco chances claras de gol. O Paraná acertou uma falta na trave, só. Mas o gol não saiu.
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A equipe da casa voltou do intervalo com um marcação mais adiantada e modificações na equipe feitas por Micale, nos vestiários, tentando equilibrar as ações, incomodar mais o adversário. Muita briga pela bola. Um Paraná mais aceso.
Aos 15’, num bate-rebate, o time paranaense quase marcou. Jogo aberto e perigoso na segunda etapa, mais equilibrado. O Bahia respondeu aos 19, em jogada de Ze Rafael, pela direita, Élton dividiu com o goleiro e perdeu na pequena área. Na sequência ...
- Gol ! 1x0 , Paraná. Silvinho entrou tabelando pelo miolo da zaga com Itaperuna e finalizou de cara. O Lucas Fonseca, pregado, não acompanhou.
O Paraná, com o gol, fechou-se inteiro, defendendo-se com onze em seu próprio campo, aos chutões. No Bahia, Claudio Prates pôs o avante Fernandinho lugar de Élton, logo depois ìtalo substituiu o exausto Zé Rafael e Allione assumiu o lugar de Vinícius. Mas nada aconteceu, o Bahia já não conseguia trocar passes e evoluir. Nada criava e o tempo passando.
Aos 36’, Itaperuna quase amplia; boa defesa de Douglas. O time da casa, então mais inteiro, na raça segurou o resultado. O Bahia até fez uma pressão nos minutos derradeiros e o goleiro Thiago Rodrigues salvou o gol do empate em cabeçada de cara de Lucas Fonseca. Só.
Destaques
O bom goleiro Thiago, providenciais defesas; a robusta zaga de Ezequiel e Railan, arrepiando; Silvinho e Carlos que entraram na segunda etapa e decidiram. Micale mudou o panorama da partida no intervalo, nos vestiários.
No Bahia, salvaram-se o goleiro Douglas, a luta de Gregore e Flavio, alguns lampejos de Zé Rafael no primeiro tempo. Nada mais. Lucas Fonseca compromete, sem pernas.
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E agora?
Os próximos jogos do Tricolor na competição, antes da parada de um mês para os jogos da Copa do Mundo na Rússia:
- Bahia x Botafogo (RJ), dia 10, domingo; Bahia x Corínthians (SP), dia 13. Ambos na Fonte Nova. Nada fácil.
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- Pela Sul-americana, depois da Copa, o Bahia enfrentará o Cerro, do Uruguai, em dois confrontos decisivos. O primeiro será na Fonte Nova, dia 25 de julho. O jogo em Montevidéu será no dia 8 de agosto.
- Durante a parada do Brasileirão vão rolar os jogos finais do Nordestão. Ceará x Bahia, em Fortaleza, dia 21 de junho. A partida de volta, decisiva, na Fonte Nova, acontece no dia 28.