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Zé de Jesus Barrêto

BAHIA enfrenta Cruzeiro após empate com Atlético GO

O Cruzeiro é um time mais qualificado que o Atlético de GO e joga em casa
12/09/2017 às 17:13

O tricolor baiano só jogou um pouco no segundo tempo, o suficiente para empatar com o lanterna Atlético Goianiense, em Goiânia, na noite de segunda. Um pontinho ganho, um apenas acima da zona de perigo, um 15º lugar na tabela de classificação.

A equipe agora comandada por Preto Casagrande mostrou-se acanhada e acuada no começo, só foi reagir um pouco depois da merenda, mostrando defeitos como a marcação frouxa no meio campo, a zaga muito recuada, pouca velocidade na saída de bola e contragolpes, uma equipe sem pegada, chutando pouco. Precisa corrigir, melhorar, ser mais guerreira e incisiva para se afastar da degola. 
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Tempo seco, jogo morno

Noite de clima seco, estádio Olímpico com pouca gente (cerca de três mil pagantes) um Atlético Goianiense lanterna enfrentando um Bahia que estava colado na porta, do lado de fora, da zona de degola do Brasileirão 2017/ Série A, fechando a 23ª rodada. 

Primeira partida de Preto Casagrande depois de ter sido oficializado como treinador da equipe tricolor baiana. A volta de ex-titulares, que estavam machucados, no banco: Hernane, Allione e Edigar Junio. Boas opções para o treinador. 
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Escalações: 

Atlético (GO): Marcos, Jonathan, Gilvan, William Alves e Bruno Pacheco; Igor (Ronaldo), André Castro, Andrigo (Niltinho), Jorginho e Luis Fernando (ÁLison); Walter. Técnico, João Paulo Sanches. 

Bahia: Jean, Eduardo, Becão, Lucas Fonseca e J. Capixaba; Édson, Renê Jr, Régis(Vinícius) ; Zé Rafael, Rodrigão (Allione) e Mendoza (Edigar Junio). Treinador, Preto Casagrande.
No apito, o paulista Thiago Duarte Peixoto. 

Bola rolando 
A partida começou modorrenta, estudada, medrosa. Aos 13’, após cobrança de escanteio, o zagueiro Gilvan testou firme na linha da pequena área para uma grande defesa, puro reflexo, do goleiro Jean. O time da casa melhor, o ‘dragão’ tomando a iniciativa, postando-se mais avançado. Um tricolor marcando frouxo, atrás, sem pegada forte e sem contragolpe, com pouca gente no ataque; postura de time pequeno.

- Gol ! 1 x 0, Atlético, Luis Fernando. Contragolpe pela direita, dois em um em cima de J.Capixaba, cruzamento rasante e dois homens livres na frente de Jean, sem marcação. Cadê o miolo de zaga? Luis completou de primeira, no canto. Aos 30 minutos. Justo, o Dragão muito mais aceso. 

Nos primeiros 45 minutos só o o time rubro-negro correu e buscou o jogo, ameaçou, brigou. O tricolor se arrastou, apreciou o adversário correr e sequer chutou uma bola na direção do goleiro Marcos. Uma enganação. Será que entraria no jogo na segunda etapa? 
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Na volta da merenda, Preto trocou Régis, que mal tocou na bola, por Vinícius. E a equipe voltou aparentemente mais avançada, marcando mais no campo adversário. Afinal, precisava buscar o empate e procurou por mais a bola no chão. 

- Gol ! aos 9 min, 1 x 1, Zé Rafael. O tricolor entrou trocando passes e tabelando pelo miolo da zaga adversária, Zé Rafael driblando o goleiro e batendo com o gol vazio. Bela trama, tudo igual. 

Uma partida mais equilibrada, nos primeiros 20 minutos da segunda etapa. Preto tirou Mendoza, que pouco rendeu, e colocou Edigar Junio, há meses fora da equipe com lesão. Do outro lado, Niltinho e Ronaldo no lugar de Igor e Andrigo, mexida trocando pilha no meio campo rubro-negro. Depois, tirou Luis Fernando e colocou Alisson. 

Aos 21, Valter bateu forte, de fora, Becão tentou cortar de canela e Jean se esticou para espalmar. Um minuto depois, a resposta com um chute perigoso de Ze Rafael, assustando o torcedor da casa. Aos 30, nova trama do tricolor penetrando pelo miolo da zaga goiana, Rodrigão bateu de frente, fraco, nas mãos do goleiro. 

Aos 33’, Preto tirou o avante Rodrigão e pôs o meia Allione. Muda o jeito de jogar, sem o centroavante. Povoando mais o meio campo. O time da casa, no entanto, com mais perna, mais fôlego, mais adaptado ao clima seco do Brasil central. No time baiano, muitos atletas sem forças para retornar, marcar, acompanhar o ritmo. 

Aos 40’, após troca de passes, Vinícius bateu forte, de longe, mas mo goleiro Marcos estava atento e catou sem troco. Escaramuças, lá e cá, mas nada aconteceu.

Empate justo, porque se só o Atlético jogou no primeiro tempo, o Bahia foi bem melhor na segunda etapa, teve mais a bola, jogou mais bola. 
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Destaques: 

Bem Jean, Becão não complicou, Renê jr um gigante, Zé Rafael fez um golaço e um bom segundo tempo. 
O Atlético é um time tecnicamente limitado, mas corre muito. 
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O próximo jogo do Bahia é domingo à noite, no Mineirão, contra o Cruzeiro, uma equipe bem mais qualificada que o Dragão.