Bahia agora vai enfrentar o Corinthians
Um jogaço com seis gols, disputado até o final, e o tricolor perdeu sua invencibilidade na Fonte Nova, perante sua torcida, levando quatro gols, coisa que há muito não acontecia. O placar de 4 x 2 para o Palmeiras talvez não retrate o que aconteceu em campo, mas o que vale no futebol é bola na rede.
Com o resultado, o Bahia continua com 10 pontos, e desce para o 11º lugar na tabela de classificação, o mesmo número de pontos que o Palmeiras.
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Tarde úmida, um domingo molhado de quase inverno e, a despeito disso, um bom público, mais de 33 mil pagantes no estádio. Viram um bom espetáculo, cheio de alternativas e belos gols.
Desfalques e escalações:
Por questões médicas, físicas, de cartões, punições e restrições contratuais, desfalques nas duas equipes.
-Bahia : Jean, Eduardo, Tiago, Becão e Mateus Reis; Renê Jr, Juninho (João Paulo), Vinícius (Ferrareis) e Ze Rafael; Mendoza e Edigar Junio. Téc: Jorginho.
- Palmeiras : Prass, Maike (Tchê-Tchê), Jean, Mina, Julinho e Egídio; Tiago Santos, Guerra, Roger Guedes, William, Keno (Érick). Treinador: Cuca.
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Bola rolando
Jogo intenso, com muita disputa de bola no corpo a corpo desde o início. E até o apito final.
- Aos 5 min, a primeira chance, do tricolor; Edigar Junior arrematou no bico da pequena área, forçando boa defesa de Prass. O verdão respondeu dois minutos depois com um chutaço de Keno de fora da área, por cima do travessão, assustando Jean.
- Aos 17 minutos, numa bola enfiada na área para o veloz Kenon, Becão chegou travando a bola, mas o árbitro Rodolfo Marques inventou um pênalti em favor do Palmeiras. Roger Guedes bateu forte e fez 1 x 0, Palmeiras.
O Bahia com mais posse de bola, pondo a bola no chão, tentando trocar passes mas sem penetração em função da forte e dura marcação do time paulista, fechadinho, dando chutões, apostando nos contragolpes e na velocidade de Keno.
- Gol ! 1 x 1 . Após uma blitze tricolor e duas defesas seguidas a queima-roupa de Prass, Vinícius encheu o pé e empatou a partida, aos 44 minutos.
O tricolor foi melhor na primeira etapa, ditou o ritmo, mas foi prejudicado pela penalidade mal marcada pela arbitragem. Não esmoreceu e obteve o empate no final, com justiça.
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Outro jogo na segunda etapa.
- Gol ! 2 x 1 Palmeiras. Logo aos 3 minutos da etapa final, Keno, livre pegou de primeira um rebote, de fora da área e acerta o ângulo de Jean, sem defesa. Golaço. Os tricolores reclamaram um impedimento anterior no mesmo lance.
O Jogo ficou equilibrado e perigoso. O Bahia mais afoito, saindo mais, expondo-se aos contragolpes e o Verdão manhoso, perigoso na retomada de bolas. O tricolor demonstrou ter sentido o gol sofrido e começou a errar muitos passes na saída de bola. Os Paulistas ganhavam mais as divididas, o corpo-a-corpo no meio campo. A entrada de Tchê-Tchê deu encaixe.
- Aos 16, Egídio tabelou e entrou de cara mas Jean abafou o lance, saindo bem no chão.
- O tricolor chegou aos 29’, numa cobrança de falta de Juninho, que Prass tapeou para escanteio.
Aos 30’, Jorginho foi para o tudo ou nada. Tirou o meio-campista Jorginho e colocou o avante garoto João Paulo. E foi para frente tentar o empate, alçando bolas na área palmeirense. Mas... aos 38 minutos :
- Gol! 3 x 1 Palmeiras. Mas o Verdão, que cozinhava a partida, mascando, fazendo cera, marcou após uma cobrança de falta longa, alçada, no lado oposto, a defesa baiana vacilou, Julinho testou, Jean sem reação, a pelota passou e Mina escorou em cima da linha.
- Gol ! 3 x 2, dois minutos depois. O tricolor não se entregou. Também numa cobrança de falta larga da direita, pelo alto, o zagueiro foi traído pelo toque de bola, encoberto, e João Paulo brigou, dividiu com Prass no chão, na pequena área, e empurrou para as redes.
Empurrado pela torcida o Bahia parecia vivo, foi todo para cima tentando o empate, daí ... Aos 47’, William pegou uma sobra de primeira, de longe, e com rara felicidade, acertou o cantinho; Jean saltou e não achou nada: 4 x 2, golaço! Matando a partida.
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Destaques:
Na equipe vencedora, o goleiro Prass, experiente, vivido; o zagueirão colombiano Mina, imbatível pelo alto, decidido; Guerra, técnico; Roger Guedes brigão, William decisivo e o baiano Keno infernizou enquanto teve pernas. Guto, no intervalo, mexeu melhor na equipe do que Jorginho. O Palmeiras foi bem melhor na segunda etapa.
No Bahia, Jeanzinho tomou dois gols defensáveis, o terceiro e o quarto. Eduardo esgotado, apanhando da bola. Tiago bem, Becão não comprometeu individualmente; Renê Jr o melhor no meio campo; Mendoza correu e lutou muito.
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Nona Rodada:
Na quarta, 19 horas, o Vitória recebe a boa e jovem equipe do Santos, agora treinada pelo experiente Levir Culpi
Na quinta, 21 horas, o Bahia encara o Carínthians lá na Arena Itaquera, a casa do ‘Timão’. Parada indigesta.