Ou o "Leão" ajeita as pernas ou vai voltar para a segundona
Erros primários defensivos determinaram a derrota do Vitória, no Rio de Janeiro, contra o Fluminense ( 2 x 1 ). O resultado acabou sendo muito ruim para a equipe baiana que tem apenas um ponto ganho em quatro rodadas, 12 pontos disputados, e está entre as últimas na classificação geral.
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Precisa pontuar
Fora de casa, Maracanã com um público miado, começo de noite de sábado, precisando ganhar seu primeiro jogo e pontuar na quarta rodada do Brasileirão 2017, o treinador sérvio Petkovic surpreendeu na escalação do rubro-negro baiano, escalando três zagueiros de área, laterais como alas e apenas Kieza enfiado na frente, entre os zagueiros adversários:
- Fernando Miguel, Renê, Allan Costa e Fred; Salino (Gabriel Xavier) e Thalisson pelos flancos. Uillian, Patrick, Cleiton Xavier e Paulinho (Neilton) povoando o meio campo e Kieza mais avançado.
O Fluminense de Abel Braga apostando tudo na força de seu ataque: Scarpa, Henrique Dourado e Richarlison, um dos mais eficientes da temporada. Arbitragem mineira comandada por Ricardo Marques Ribeiro.
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Bola rolando
Até os 25, equilíbrio de ações, muita disputa no meio campo e pouca penetrações. Aos poucos o time da casa foi se impondo, forçando mais no ataque.
- O primeiro lance mais agudo aconteceu aos 28’, quando, após uma pressão do tricolor carioca, Scarpa antecipou à zaga e escorou cruzamento da esquerda; a pelota, caprichosa, beliscou o travessão rubro-negro, com Fernando Miguel espiando.
- Gol ! 1 x 0 Flu, aos 34 min: Fernando Miguel lançou com a mão o estreante Thalysson que, acossado na linha lateral esquerda defensiva, perdeu a bola para Scarpa, que tocou para Richarlison; este livrou-se da marcação e bateu seco, de esquerda, da entrada da área, acertando o canto baixo do goleiro.
Placar justo na primeira etapa, até porque o goleiro Julio Cesar, da equipe carioca, não fez uma só defesa. O rubro-negro baiano brigou muito no meio, congestionado, mas chegou pouco na área adversária e quase não finalizou.
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A segunda etapa começou animada. Antes do primeiro minuto, Renato tentou de de cabeça, mas F Miguel estava atento e catou. Um minuto depois Cleiton Xavier respondeu com um chutaço de fora, para boa defesa de J Cesar. La e cá. Mas, por volta dos cinco minutos ...
- Gol ! 2 x 0 Flu. Patrick vacilou, perdeu a bola na lateral, quase meio campo; Richarlison avançou e cruzou rasteiro, Allan Costa furou feio ao tentar cortar e a bola sobrou na praia para o goleador Henrique Dourado finalizar, escolhendo o canto. Antes dos 10 min.
Por volta dos 20’, Petkovic colocou o estreante Neilton no lugar de Paulinho, avançou mais Renê para a frente da Zaga e foi pra cima do Fluminense, em busca de um possível empate.
- Gol ! 2 x 1. O Vitória diminuiu na primeira boa jogada de Neilton, enfiando uma bola nas costas da zaga para penetração de Kieza, que encarou o goleiro e desviou. Eram 22 minutos.
A equipe baiana, com as mudanças (as entradas de Neilton e depois a do avante David) ficou melhor postada, mais ofensiva, tentando tudo.
- O Flu enfim acordou. Aos 32’, em duas finalizações seguidas de Richarlison e Dourado, Fernando Miguel fechou, arrojado.
De repente, o jogo ficou animado, com lances de velocidade e boas jogadas de um lado e outro. Por uns minutos.
- Aos 43, lançado em profundidade, Marcos Junior driblou Fernando Miguel, perdeu o ângulo e o gol feito, poderia ter matado o jogo. O time baiano já parecia pregado em campo, sem mais pernas para reagir, o tricolor da casa querendo mais.
Mas ficou nisso, o árbitro apitando final com 52 minutos de segundo tempo. Placar justo, o time de Abel mais arrumado em campo, merecedor, agora entre os primeiros.
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Destaques para Henrique Dourado e Richarlison, fizeram a diferença. No Vitória, Fernando Miguel, boas defesas, e o estreante Neilton mostrou talento.
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Na próxima rodada o Vitória encara o São Paulo, quinta-feira à noite, no Morumbi. Espera-se que já com um outro treinador à frente da equipe.
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Madri em festa
Com uma exibição de gala, sobretudo no segundo tempo, e dois gols do artilheiro Cristiano Ronaldo, o Real Madrid derrotou a Juventus (Italia) pelo elástico placar de 4 x 1 e sagrou-se bi-campeão da Copa dos Campeões da Europa, a Champions League, com sobras.
A equipe espanhola, treinada por Zinedine Zidane, exibiu-se como a melhor do mundo no momento, sem discussão. O Real tem história, tem camisa, tem elenco, astros de primeira grandeza, e um ótimo padrão coletivo de jogo.
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A primeira etapa .até que foi equilibrada. A Juve começou melhor, ganhava o meio campo e chegava mais, até que levou o primeiro, numa finalização de primeira de Cristiano, da entrada da área, que desviou no pé do zagueiro e matou Boffon ( 1 x 0). Ainda na primeira etapa a equipe italiana, bem postada, empatou, num belíssimo gol por cobertura, de virada, do avante Mandzuzic ( 1 x 1 ).
Depois da merenda e das orientações de Zidane nos vestiários o Real voltou outro para a segunda etapa, mandando no jogo, ganhando o meio campo, não deixando o adversário respirar, impondo o ritmo e matando a partida:
- Cassemiro, pegando firme um rebote, contou com mais um desvio no meio do caminho e acertou o cantinho direito baixo de Buffon: 2 x 1. A Juve parecia atordoada em campo.
- Modric ganhou uma bola que parecia morta na linha de fundo e cruzou rasteiro para a chegada fulminante de Cristiano Ronaldo finalizando na pequena área antes da chegada dos zagueiros: 3 x 1.
- Ainda deu tempo para Marcelo brilhar pela esquerda, driblando e rolando do fundo para o garoto Ascêncio que acabara de entrar, fechando o caixão: 4 x 1, um placar incontestável.
Sérgio Ramos, Marcelo, Kross, Cassemiro, Modric, Iscos e Cristiano Ronaldo foram os grandes destaques em campo. E Zidane, no banco, nos vestiários, enxergando tudo, mudando o jeito de atuar da equipe em função das circunstâncias e do adversário.
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Bahêa
O tricolor baiano faz o derradeiro jogo da terceira rodada do Brasileirão, na Fonte Nova, segunda-feira à noite ( 20 hs), contra o lanterna Atlético de Goiás.
Será a estreia do novo treinador Jorginho que, em princípio, acenou com dar continuidade ao ‘bom trabalho’ do antecessor. “Não estou de passagem, vim para fazer história’, disse Jorginho. Vamos ver.