Como o Vitória perde fora de casa e dentro de casa a tendência é seguir para a segunda divisão
Mesmo com um atleta a mais em campo desde os 10 minutos do segundo tempo, desperdiçando mais uma cobrança de pênalti em casa, Toca cheia, o Vitória não conseguiu vencer o Cruzeiro (MG), levou 1 x 0 e acumula quatro derrotas seguidas, restando com 35 pontos ganhos apenas e dentro do Z-4, o grupo dos quatro últimos colocados. Detalhe: três pênaltis perdidos nos dois últimos jogos em casa. A torcida não gostou nada do que viu.
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Leão arriado
O Vitória (17º colocado com 35 pontos) precisando vencer a todo custo para escapar da zona de rebaixamento, entrou em campo com um meio campo novo, em função dos jogadores titulares suspensos : Ze Wélisson, William Farias e Serginho. Vitor Ramos de volta. Kieza, Zé Love e David na frente.
O Cruzeiro, de olho nas semifinais da Copa do Brasil, poupando seis titulares, todos no banco de reservas, em 13º lugar, com 38 pontos ganhos.
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Bola rolando
Já com 1’30”, escanteio favorável aos mineiros, o zagueiro Leo subiu só na linha da pequena área e testou pra fora, com perigo. Escanteios sequenciados causam pânico na defesa rubro-negra e no torcedor, o Cruzeiro melhor, mais aceso. Falta perigosa, de frente, raspa o travessão. O Vitória chegou de verdade, pela primeira vez, aos 25 minutos, com uma cabeçada firme de Kieza ganhando da zaga um cruzamento da esquerda, de Euller; o goleiro Rafael só espiou a pelota raspando o poste.
O Vitória cresceu em campo, equilibrou no meio campo e buscou o ataque. Mas... cadê Marinho? Aos 37’, a resposta azul: Arrascaeta recebeu na linha da grande área, sem marcação, matou na caixa e encheu a canhota... a bola triscou no travessão, uh!!! Em mais uma cobrança de escanteio, aos 39 minutos, Arrascaeta cobrou rasante, a defesa vermelho e preto cochilou e o apoiador Ariel Cabral agachou-se para escorar de cabeça, no chão, vencendo Fernando Miguel : 1 x 0.
A equipe mineira foi melhor, mais consciente e chegou bem mais na área adversária. Placar justo.
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O Vitória voltou dos vestiários com o meia colombiano Cárdenas em lugar do apagado Serginho. O panorama em campo pouco mudou. Aos 9 minutos, aproveitando-se de uma saída de bola errada da defensiva crizeirense, Kieza encarou o zagueiro Leo e foi derrubado na frente da grande área, provocando a expulsão do defensor mineiro. Aos 10 minutos da etapa final; o treinador mineiro tirou o bom meia Arrascaeta de campo, pondo Bruno Rodrigues para recompor a defesa. Vendo as coisas mais fáceis e a possibilidade de virar o placar, Argel pôs mais um atacante em campo, Vander, e foi todo pra cima.
Mas o tempo foi passando e nada de gol, a torcida se impacientando. O time baiano atacando sem talento, sem chutar em gol, levantando bolas apenas, e o Cruzeiro resistindo, marcando, fechado. Aos 25, o treinador cruzeirense trocou o meio-campista Ramires pelo esperto e titular Robinho.
Aos 28’, William Farias surgiu veloz como surpresa no meio da zaga mineira e testou forte, para o chão, para ótima defesa de Rafael. Aos 36’, uma pancada de Zé Wélisson, de fora, para boa defesa de Rafael, espalmando. Três minutos depois, Kieza se enroscou na área com o becão Manoel na disputa pelo alto e o árbitro viu pênalti. Càrdenas bateu telegrafado e o bom goleiro Rafael adivinhou, pegou. O torcedor mais agitado começou a vaiar alguns atletas. Nada mais de interessante aconteceu, a torcida não perdoou no final.
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Destaques?
Afora a luta costumeira de W.Farias, a correria de Zé Love e Kieza... nada de inspirador na equipe treinada por Argel, sem imaginação. Sem Marinho, nadinha.
No Cruzeiro, boa atuação do goleiro Rafael, da zaga, do meia uruguaio Arrascaeta.
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A próxima parada do rubro-negro baiano é Maracanã (RJ), onde encara o Fluminense, na noite de sexta-feira próxima. Zé Love fora, voltam
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Outros jogos :
Flamengo 2 x 2 Corínthians; Palmeiras 2 x 1 Sport ; Grêmio 0 x 0 Internacional.
Jogam ainda hoje: Coritiba 0 x 1 Fluminense (ainda em andamento); Atlético (MG) x Figueirense; Chapecoense x Santos; América (MG) x Atlético (PR)
Classificação:
- O Palmeiras continua líder isolado, com 67 pontos; o Flamengo segue na segundo com 61, o Atlético Mineiro tem 56, o Santos 55, o Botafogo (RJ) 53 e no sexto lugar o Corínthians com 49.
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Até quando?
Lamentáveis sob todos os aspectos as cenas de barbárie protagonizadas por gangues de torcidas uniformizadas de Corínthians e Flamengo e mais a polícia, fora e dentro do Maracanã. Vandalismo, impunidades, atraso. Deplorável.
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Regalito
Segundo o mangangão da empresa, a Arena Corínthians, em Itaquera, foi um mimo da Odebrecht ao ex-Lula. Duas interrogações básicas: a) – de onde saiu a bufunfa? b) – a troco de quê?