Deu até sorte porque o Sampaio Correia perdeu um penalti
Num joguinho de segunda, infame, o Bahia não conseguiu mais que um mísero empate sem gols contra o lanterna Sampaio Correia, na quente noite (27 graus) de sexta, em São Luis do Maranhão. O Castelão recebeu pouco mais de quatro mil pessoas que viram uma partida jogada com pouca velocidade, parcas chances de gol de lado a lado e muitas vaias no final.
Com o resultado, o tricolor baiano chegou a 21 pontos e é o 10º colocado na competição, já perto da metade. Nada foi visto de novo na equipe, depois da semana de intensos treinamentos em Porto Seguro com o novo treinador Guto Ferreira. Muito preocupante.
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Pouco a contar
Foi um primeiro tempo em que os goleiros pouco ou nada trabalharam. O time da casa não atacou, preocupado apenas em defender-se, não tomar gols, marcando exageradamente duro no meio campo e dando chutões. O Bahia teve mais a bola, o domínio do jogo, mas pouco arremessou em gol. Povoou muito o meio campo, trocou passes (errou muitos) mas chegou com pouca gente na área adversária. Um futebol previsível e de rara penetração.
Enfim, uma primeira fase sem emoções, sem lances de área, fraca tecnicamente. Aos 14 minutos, o avante Edigar Junio sentiu o músculo da perna e cedeu o lugar para o meia Regis.
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As equipes voltaram dos vestiários com os mesmos jogadores. Aos 3 minutos, após um choque com o goleiro Jean, Lucas Fonseca saiu lesionado e foi substituído por Éder. O Sampaio mostrou-se mais solto, menos retrancado na segunda etapa, exigindo mais da defesa tricolor, até igualando o jogo.
Aos 16 minutos, vencido na velocidade em cima da linha de fundo, o lateral Tinga cometeu pênalti no avante Edgar. Elias, o artilheiro da equipe do Norte, bateu e acertou o travessão de Jean. Até os 25 minutos o Bahia não conseguiu acertar um só ataque, individualizando demais as jogadas e errando muitos passes. Aos 38 e 40 minutos, em cobranças de faltas, de longe, o tricolor chegou em duas cabeçadas fracas, nas mãos do goleiro. Nada mais. Uma atuação opaca do tricolor.
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Destaques: Atuações fracas dos laterais, de Lucas Fonseca, de Cajá, Luizinho, Hernane e Regis. Jean, Feijão, Jackson e Juninho foram os menos ruins.
O Sampaio não tem nada, não é à toa que está na lanterna.
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Na próxima rodada o Bahia recebe em casa o Luverdense. Não é possível jogar menos do que tem feito.
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Pela Série A, no domingo o Vitória encara a boa equipe do Atlético (PR), em Curitiba.
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Atlético Nacional de Medellin (Colombia) e Independiente Del Vale (Equador) farão a final da Copa Libertadores da América /2016. Estranho ? Não, há uma nova ordem no futebol do continente sul-americano. Argentinos, brasileiros e uruguaios não se mostram mais os ‘donos’ do pedaço.
O Equador é o líder das Eliminatórias para a Copa 2018, o Chile é bi-campeão das Américas.
Regridimos, tanto no futebol da seleção nacional como nos clubes. Enquanto equatorianos, chilenos e colombianos evoluíram. Os resultados mostram essa mudança. Uma nova ordem.