No Vasco, Nenê faz toda a diferença pela qualidade técnica diferenciada.
Com uma atuação claudicante do goleiro Lomba na primeira etapa e uma reação insuficiente no segundo tempo, o Bahia perdeu (4x 3) para o Vasco em São Januário (Rio de Janeiro) e jogou fora a chance de chegar à liderança da Série B nesta quarta rodada.
Vasco e Atlético de Goiás lideram com 12 pontos ganhos. O Bahia tem sete.
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Raio x da partida
Aos 6’, o primeiro chute a gol, de Hernane, de fora, para defesa do goleiro Jordi. Um jogo igual. Aos 15’, num bom contragolpe articulado por Hernane e Danilo Pires, a finalização foi desviada para escanteio.
Mas , aos 17’, a bola foi e em profundidade pelo goleirão vascaíno, aconteceu uma saída em falso de Lomba numa jogada de fundo, daí o goleiro foi encoberto e aconteceu o gol de Thales, de cabeça, complementando na pequena área. Lamentável. A equipe sentiu o golpe. Aos 19’, num chute de longe, da direita, de Eder Luis, acertou a trave direita baiana. Mas, aos poucos, os atletas do tricolor foram se acalmando, equilibrando de novo a partida. Porém, aos 30’, numa tabela pelo meio, quase o Vaco amplia: Eder Luis entrou livre de cara e perdeu, chutou alto. Aos 36’, primeiro chute de Cajá, de longe, nas mãos de Jordi.
Aos 39’, após o escanteio cobrado da direita e a cabeçada fraca de Thales, mas Lomba enjoou, bateu roupa, e Luan empurrou para a rede: 2 x 0, o time da casa . Aos 41, belo passe de feijão, a defesa vacilou e Cajá, de frente, desviou do goleiro e acertou o pé do poste. Perdeu a chance clara.
Um primeiro tempo em que Lomba desequilibrou em favor do Vasco, com duas falhas bobas, de um goleirinho de segunda. Sò.
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Doriva aproveitou o intervalo e trocou: saiu o apoiador Paulo Roberto para entrada do avante Luizinho; e Edigar Junior substituiu o apagado Tiago Ribeiro. Em tese, o treinador pôs a equipe mais na frente, buscando o empate. O Bahia melhor. Num contragolpe puxado pela esquerda, passe de Cajá e Luizinho achou na pequena área o cruzamento de João Paulo, diminuindo o placar: 2 x 1, antes dos 10 minutos. E a partida ficou aberta, arriscada, boa de ver. Aos 14’, Hernane recebeu uma lateral, matou, girou e bateu mas o goleirão estava esperto, defendeu.
Aos 18, o empate: após boa trama, cruzamento de Tinga e cabeçada de Danilo Pires, fechando pela esquerda: 2 x 2. Um minuto depois, Picachu levou pela direita, deu a Nenê que arriscou de fora, acertou o canto e Lomba aceitou: 3 x 2, quando os tricolores ainda comemoravam. Uma água gelada na quentura baiana.
Aos 22’, saiu Cajá, exausto e entrou Gustavo Blanco. Aos 33’, de falta, Nenê ampliou. Lomba de joelhos, olhando apenas: 4 x 2. Os jogadores do Bahia reclamaram que a bola teria saído pela lateral, claramente, antes de acontecer a falta. Aos 35’, justiça se faça, Lomba salvou o quinto nos pés de Jorge Henrique. Após dois lances duvidosos de penalidade em favor do Bahia, no contragolpe, aos 38’ Nenê caiu na área e o árbitro marcou o pênalti para o Vasco; dois pesos e duas medidas. Mas Nenê perdeu, isolou. Dois lances seguidos na área vascaína, os atletas baianos reclamaram a marcação de pênaltis, mas o árbitro mineiro nem aí.
Deu tempo ainda para diminuir, aos 43 minutos, após cobrança de escanteio e um bafafá na área carioca: 4 x 3 foi o placar final. Pela reação tricolor na segunda etapa talvez o empate fosse mais justo, tivesse sido uma leitura melhor do que foi a partida.
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Destaques:
No Vasco, Nenê faz toda a diferença pela qualidade técnica diferenciada.
No tricolor, Jackson, Feijão, a luta de Hernane e Danilo Pires, o melhor da equipe. Estreia discreta de Cajá, mostrando desentrosamento com a equipe.
Negativa a arbitragem caseira dos mineiros comandados por Emerson Ferreira.
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O próximo compromisso do Bahia é na Fonte Nova, contra o Náutico, que goleou o Sampaio Correia, na noite de sexta, em Recife (5 x 0)
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Real Madrid Campeão
Foi nas cobranças de penalidades, após empate nos 90 e na prorrogação, que o Real Madrid sagrou-se Campeão da Europa, pela 11ª vez, num belíssimo espetáculo em Milão, o San Siro cheio de espanhóis, um colorido e uma produção de encher os olhos.
Os colchoneros do Atlético Madri brigaram muito, venderam caro, mas foram mais uma vez vencidos no clássico madrilenho.
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O jogo
Os primeiros 30 minutos foram de superioridade técnica do Real, dominando o meio campo, atacando em velocidade, e o Atlético marcando, sem achar espaço pro contragolpe. Soltou-se um pouco, com o tempo, e tentou equilibrar mas pouco chegou a ameaçar o gol de Navas.
Sérgio Ramos, em posição irregular, desviando do goleiro na pequena área uma falta cobrada por Kroos e triscada de cabeça por Bale, numa jogadinha bem ensaiada, mortal, aos 15’ do primeiro tempo: 1 x 0 Real. Foi mais time.
No primeiro minuto da segunda etapa, o árbitro inglês marcou pênalti de Pepe em Fernando Torres. Griezmann bateu forte e acertou o travessão. Perdeu a chance do empate. Pressão do Atlético, buscando o empate. O Real retraiu-se, esperando o momento do bote. Aos 25, Benzema entrou de cara e o goleiro Oblak salvou. Um jogo franco. O empate surgiu aos 35’, com Carrasco na pequena área antecipando-se à zaga e completando cruzamento rasante da direita: 1 x 1. Lá e cá, emoções fortes até o final, o público empolgado.
E a decisão do Campeão da Europa, da equipe que disputará o Mundial de Clubes foi para a prorrogação ( 0 x 0), o Real mais inteiro, e terminou sendo decidida através de cobranças de penalidades. A última do Atlético o lateral Juanfran perdeu, acertou a trave. Cristiano Ronaldo, que foi discreto todo tempo, acertou a cobrança e definiu.
Real Madrid Campeão.
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NO DOMINGO
Tem Vitória à tarde na Fonte:
De tarde, tem Vitória x Atlético (MG), pela 4ª rodada da Série A do Brasileirão 2016.
Com o Galo Mineiro meio depenado, cheio de desfalques significativos e vindo de uma derrota dentro do poleiro do Independência ( 0 x 3 Grêmio), é uma boa oportunidade que tem o rubro-negro baiano de ganhar três pontos, afastar-se logo da tal zona de rebaixamento, e se firmar diante de seu torcedor, que quer acreditar no time mas anda meio cabreiro, apostando num rendimento melhor em campo, sobretudo dos setores defensivo e de criação da equipe.
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Tem seleção nos EUA
À noite, direto de Los Angeles, amistoso da seleção brasileira, o time de Dunga, contra o Panamá, em preparação para a Copa América, que começa já na primeira semana de junho.
O time não contará com Neymar nem Douglas Costa para a competição. São os dois jogadores brasileiros de maior projeção na Europa. Para o lugar de Douglas Costa, machucado, Dunga chamou o veterano Kaká, um outro estilo, outro posicionamento em campo.
Que o amistoso sirva pra alguma coisa.