O torcedor cobra, quer ver bom futebol da equipe que tem a obrigação de ser superior a adversários
Na noite de quinta, menos de sete mil abnegados enfrentaram os percalços rotineiros criados pela inepta administração da tal Arena ‘cerveja’ Fonte Nova e encararam uma rodada dupla: na preliminar, Galícia detonou ( 3 x 0 ) o fraco time de Jacobina; no jogo principal o Bahia teve dificuldades para vencer o calouro Flamengo de Guanambi ( 2 x 1) e a equipe foi vaiada na saída de campo.
O torcedor cobra, quer ver bom futebol da equipe que tem a obrigação de ser superior a adversários que estão léguas atrás do poderio e da história tricolor. O time de Gunambi nunca antes tinha jogado na Capital.
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Um engodo. Na primeira etapa, a equipe montada por Doriva até ensaiou dar um bom espetáculo, com boas tramas do meio para a frente. Abriu o placar em boa jogada do garoto Haynner, lateral direito que vem subindo de produção (aos 19 min, 1 x 0) , e ampliou dois minutos depois com uma bela finalização de canhota do ‘brocador’ Hernane (2 x 0), empolgando o torcedor. Mas logo o time escancarou suas fragilidades defensivas: Lomba ‘bateu roupa’, pra frente, após um chute forte de fora da área e, na sequência, o meia Fábio finalizou, livre de marcação, e diminuiu ( 2 x 1).
Na segunda etapa, após mudanças forçadas no meio campo, a equipe tricolor se enrolou toda e, mesmo tendo a mais a bola, viu a equipe do interior chegar perto do empate. O torcedor não gostou, esperava e queria mais.
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No domingo o Bahia esteia na Copa do Nordeste enfrentando o adversário tradicional e que costuma jogar bem em casa, empurrado pela grande torcida. Santa Cruz x Bahia, em Recife. A ‘cobra coral’ é um teste de verdade para a nova equipe que está sendo montada por Doriva. Vai ter de correr e jogar muito mais pra não perder feio.
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A defensiva tricolor anda carente de zagueiros que imponham respeito. Já ! Ou a vaquinha vai pro brejo.
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São Inadmissíveis as dificuldades que a má administração da tal Arena ‘cerveja’ impõe ao torcedor para entrar (gradeados, catracas com problemas, filas) e para sair (poucas e estreitas saídas dos estacionamentos, sem ordenamento de tráfego, um mangue) das dependências. Incompetência ou má vontade? Maltratam o torcedor de todas as formas. Imaginem um jogo com 40 mil pessoas. Chega !
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E, me desculpe o leitor, pra que porra aquela lona branca atrás do gol dos fundos impedindo totalmente a visão do Dique do Tororó? Francamente!
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Aperto em Ilhéus
Na quarta o Vitória enfrentou o xará de Conquista, no Mário Pessoa de Ilhéus, e deu-se por satisfeito em ter conseguido um empate 1 x 1, porque levou um sufoco na segunda etapa. Aliás, só teve um pouco de futebol na segunda etapa, a primeira foi ruim de ver.
Marinho abriu o placar batendo bem uma falta nas proximidades da área. Daí, só deu a equipe verde em campo, que abusou de perder gols. O empate veio através de boa finalização de Tatu, livre e de cara com o goleiro Fernando Miguel. O mesmo Tatu que segundos antes tinha perdido um pênalti, chutando no pau da trave.
O rubro-negro mostrou fragilidades no miolo da defesa, pesadão, um meio campo confuso e sem criação, e um ataque rápido que precisa de bolas enfiadas nas costas dos zagueiros pra se dar bem, mas os lançamentos não saíram.
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O Vitória, fora do Nordestão, volta a campo no domingo, desse a oito, pelo Baianão, contra o frágil Jacobina, no Barradão.
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A Copa do Nordeste começa neste sábado. As equipes baianas estreiam no domingo à tarde. Além do clássico dos tricolores em Pernambuco (Santa Cruz x Bahia), teremos em Senhor do Bonfim Juazeirense x Confiança (SE) e, em Ilhéus, Vitória da Conquista x Ceará.
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O Nordestão é uma aposta, a esperança de os clubes arrecadarem algum trocado, porque os campeonatos estaduais estão a cada ano mais esvaziados.