A direção do tricolor baiano anunciou um amistoso internacional da equipe no dia 28 de fevereiro, nos EUA, Flórida, contra o Orlando City, do craque Kaká.
Cerca de quatro mil pessoas, apenas, foram a Pituaçu na tarde do domingo pré-carnavalesco de céu limpo ver a estreia do Bahia, atual campeão estadual, contra o Juazeirense. Mando de campo da equipe do interior, foi um jogo bom de ver. Cinco gols, pênaltis, expulsão, disputa. Deu Bahia 3 x 2. Sem surpresas.
O tricolor de camisetas listradas, padrão novo, manteve a equipe do amistoso com o Santos com os novos contratados. O Juazeirense apresentou-se com alguns veteranos, outros conhecidos, como o goleiro Tigre, os zagueiro Émerson e Bráz (ex-Salgueiro), o lateral Fernandinho, o meia Elvis e os avantes Nino, W. Carioca e Sassá. Bem treinado. E o jogo?
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Pênaltis
Logo aos 3 minutos, o goleiro Tigre deu chutão longo; Lomba, desligadão, foi lento na leitura do lance e na saída do gol derrubou o meia Ebinho, mais esperto, na esquina esquerda da grande área, fazendo o pênalti e levando cartão amarelo. O nove Nino Guerreiro bateu forte e fez 1 x 0.
O Bahia respondeu aos 10’, numa cabeçada de Hernane para boa defesa de Tigre.Llogo assustou com Danilo e Juninho cobrando faltas. Aos 37’ o árbitro marcou pênalti do zagueiro Braz que atropelou o meia Danilo na área – como já tinha levado amarelo num lance anterior, o zagueiro do Juá foi expulso. Hernane bateu e empatou: 1 x 1. Aos 44’, bola cruzada e Nino, sem marcação, testou na trave esquerda de Lomba. Aos 48, num rebote de Tigre, Juninho de frente bateu por cima.
Na primeira etapa, o tricolor trabalhou mais a bola no chão, buscando o ataque, enquanto o Juazeirense postou-se recuado, marcando curto, pegando muito duro, só tentando poucos contragolpes na velocidade, explorando um buraco no miolo da zaga pela esquerda e as costas do jovem lateral Hayner.
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No intervalo o treinador Doriva, com um homem a mais em campo, trocou o apoiador Paulo Roberto pelo meia Rômulo e o Bahia foi pra cima, mas a defesa, sem ‘sustança’, ficou ainda mais exposta aos contra-ataques.
Aos 3’ o tricolor entrou tabelando pelo lado esquerdo e finalizou, mas Tigre salvou de pé; um minutos depois Edigar Junio virou (2 x 1), aproveitando um rebote de bola testada na trave. Pressão tricolor. Aos 16, após boa trama, Luizinho, só e de cara perdeu, bateu pra fora. Mas, aos 18’, novamente o goleiro Tigre (ensaiado, planejado) enfiou longo , a zaga dormiu e Ebinho chegou antes, de cara, empatando: 2 x 2. Minutos depois, após trama de Rômulo, Luizinho, Hernane empurrou: 3 x 2.
O Bahia teve o domínio da bola, mereceu vencer, mas criou pouco e desperdiçou muito; a zaga toma bola nas costas. A Juazeirense explorou sempre a correria no buraco defensivo entre Gustavo e João Paulo. Não se entregou brigou até o fim, até jogando mais na bola na segunda etapa.
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Destaques:
Nas laterais, Hayner apareceu mais que João Pulo; boa postura e entrega de Danilo; Edigar Junio esteve melhor que Luizinho e Juninho. Hernani fez e preocupa: saiu machucado? Um alerta urgente ao Doriva: o zagueiro Gustavo , mal posicionado e sem pernas, compromete.
Tigre, Fernandinho e Ebinho pela Juá, além da postura tática defensiva, a vontade, velocidade. Prejudicou-se pelo abuso do jogo violento, na primeira etapa.
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O público decepcionante que pode ser creditado ao mando de campo da Juazeirense, os eventos na cidade em clima pre-carnaval, fim de mês, grana curta e a televisão transmitindo direto. No mais, o torcedor ainda não leva fé nesse time, tá ‘cabreiro’.
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A direção do tricolor baiano anunciou um amistoso internacional da equipe no dia 28 de fevereiro, nos EUA, Flórida, contra o Orlando City, do craque Kaká.
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Rodada
Os demais jogos do domingo à tarde: Flamengo de Guanambi 0 x 0 Vitória da Conquista; Bahia de Feira 2 x 0 Feirense , em Senhor do Bomfim. Colo Colo 0 x 0 Fluminense de Feira, em Ihéus.
O primeiro jogo do campeonato aconteceu no sábado, no Barradão, com o triunfo do Vitória por 3 x 0, sobre o Jacuipense.
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A rodada de abertura do Baianão fecha com a partida Galícia x Jacobina, que acontecerá na quinta depois do carnaval, dia 11, na Fonte Nova.
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Abertura da coluna do Tostão, uma referência:
“A FIFA implodiu e dá sinais de que poderá mudar para melhor. Deveria ocorrer o mesmo na CBF. É preciso haver uma limpeza de nomes, de conceitos e na estrutura da entidade”.
Até quando Ednaldo Rodrigues na FBF?