Dunga fica olhando o jogo e coçando o queixo
Mais uma vez o Paraguai eliminou o Brasil de uma Copa América na cobrança de pênaltis! Agora, essa de 2015, no Chile, um vexame a mais, sim, depois da Copa dos 7 x 1.
Após uma partida dura, fraca tecnicamente e uma atuação medíocre da equipe treinada por Dunga, deu 1 x 1 nos 90 minutos regulamentares. Nos pênaltis, erramos mais e voltamos mais cedo pra casa.
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As semifinais
Assim, os Paraguaios estão classificados para a disputa das semifinais e pegam a Argentina na terça-feira, às 20h30, em Concepcion. Na fase inicial Argentina e Paraguai se enfrentaram e deu empate, 2 x 2. Os ‘hermanos’ fizeram 2 x 0 na primeira etapa, rebolaram e os ‘Guaranys’ empataram na garra, na vontade.
Em princípio, a Argentina é melhor coletiva e individualmente. É uma equipe de estrelas, como Messi, Aguero, Di Maria, Tevez, Mascherano ... O Paraguai tem sangue e alma.
Na segunda-feira, às 20h30, em Santiago, o Chile enfrenta o Peru, no primeiro jogo das semifinais.
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Um Brasil Opaco
O jogo começou em Concepción com o Paraguai melhor em campo, tendo a iniciativa do jogo, buscando o ataque, sem medo. Mas, no primeiro ataque bem coordenado, com troca de passes do time brasileiro saiu o gol de Robinho, aos 14 minutos, escorando na frente da pequena área um ótimo cruzamento rasteiro de Dani Alves, da direita: 1 x 0. Jogo duro, muito brigado, com muito perde-e-ganha, chutões e pouca sequência de passes, de lances coletivos. Mais vontade de lado a lado do que técnica. O Brasil exibiu mais talentos individuais, uma defesa firme, mas mostrou pouca criação, raro poder de finalização. O placar do primeiro tempo foi magro, as chances de gol poucas, mas não passamos sufocos.
Paraguai superior
Os paraguaios foram pra cima nos primeiros minutos da segunda etapa, buscando o empate. Os brasileiros recuados, apostando tudo no contra-ataque apenas, porém sem encaixe. Os vizinhos ‘guaranys’ agradeceram e gostaram dessa postura de time pequeno dos comandados de Dunga. Encurralam. A equipe verde-amarela não ganhava os rebotes, perdia as divididas, entregou o meio campo ao adversário. Aos 15’, numa bola alçada de escanteio, a cabeçada livre na frente da pequena área que Jefferson salvou; quase o empate. Tardelli entra no lugar de Firmino, aos 24’. Um minuto depois Tiago Silva disputou bola alta na área e meteu a mão: pênalti, bem marcado. Gonzalez bateu forte e empatou: 1 x 1.
O panorama do jogo não mudou. Aos 34’, num contragolpe paraguaio, Gonzalez tamancou forte para boa defesa de Jefferson. O Brasil saiu um pouco, precisando de um golzinho, e o jogo fica aberto, perigosos, lá e cá. Éverton Ribeiro entrou em lugar de Robinho, exausto, já aos 41’. Mas nada aconteceu, o time canarinho não chutou uma bola sequer no gol adversário na segunda etapa, e a decisão foi para os tiros livres da marca do pênalti.
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Vexame verde-amarelo
E, cá pra nós, essa seleção paraguaia é uma das mais fracas que vimos jogar. O astro é o veterano Santa Cruz (35 anos)... ou o médio mediano Cáceres, do Flamengo. Um time sem estrelas, sem brilho, só brigador. Vamos lembrar que o Paraguai ficou de fora da Copa do Mundo 2014, não passou das eliminatórias.
Pior foi a equipe brasileira, sem nenhuma inspiração, sem gana de vencer, sem conjunto. Não há como confiar nesse grupo dirigido por Dunga. É fraco. Mal convocado, mal treinado , mal escalado. Fizemos uma Copa América medíocre. E vêm aí as eliminatórias para a Copa 2018, uma competição muito mais pegada, mais difícil.
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Ganhadores
Os paraguaios venceram duas vezes a Copa América, em 1953 e 1979. O Brasil foi campeão oito vezes ( 1919, 22, 49 e 89; depois em 1997, 99, 2004 e 2007). A Argentina venceu 14 vezes, uma a menos do recordista Uruguai.
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Dedada ‘inocente’
O zagueiro chileno Jara, aquele que deu a dedada no fiofa de Cavani provocando a expulsão do uruguaio e praticamente decidindo o jogo na catimba, está sendo processado pela Conmebol, pelo gesto sacana ou, no mínimo, inusitado. Pode desfalcar o Chile nas finais da Copa América. E mais: o Mainz, clube alemão com o qual Jara tem contrato de mais um ano, não o que mais na equipe. Um zagueirão, sobrando no mercado internacional da bola por causa de uma dedada nada inocente.