Robben, o carequinha holandesa, é um dos craques da Copa. Desequilibra.
A copa continua eletrizante, cheia de lições.
Aproveitando-se do sol ardente do começo de tarde, em Fortaleza, o México deu sufoco na manhosa seleção da Holanda e vencia bem, por 1 x 0 (golaço do Geovani dos Santos, de fora da área, no começo da segunda etapa) até os 43 minutos, finalzinho do jogo.
Então, já recuados, tentando garantir o resultado a todo custo, os latino-americanos do norte vacilaram e levaram uma virada de arrepiar, de fazê-los verter lágrimas de esguicho sentados ao meio-fio, como diria o Nélson Rodrigues. Num rebote de escanteio, eis que surge, livre, o meia Sneijder, na linha da grande área: o laranja acertou um balaço, de prima, no cantinho e empatou, para desespero do ótimo goleiro Ochoa, que só espiou. 1 x 1. Daria prorrogação?
Tirando forças e fôlego ninguém sabe de onde, o espetacular Robben arrancou pela direita, garrinchou na linha de fundos e foi derrubado claramente, já dentro da área. O árbitro portuga nem vacilou: pênalti! Aos 47’, já nos acréscimos, os descendentes de aztecas e maias a arrancar os cabelos. Huntelaar bateu firme e classificou a Holanda (2 x 1 ), a equipe quase que derretida sob o sol e o calor nordestino. Na vontade, na bola.
Valeu pela partida pegada, a briga cada lance, a entrega dos atletas. Valeu por mais uma lição do futebol: há de se ‘pelear’, até o final, não podemos recuar e achar que a vitória é nossa antes de soar o apito final.
Foram-se os mexicanos que tanto nos deram trabalho. Pois, se ganharmos ( o Brasil) da Colômbia, na próxima sexta-feira, quem sabe enfrentaremos, de novo, a Holanda numa das semifinais !!!
Um turbilhão de emoções essa copa ainda tem para nos proporcionar. Aguentemos firmes e seja o Deus quiser! Viva São Pedro, o santo das chaves do céu!