É festa, carnaval antecipado no interior. A seleção de futebol de Itajuípe ganhou de 2 x 0 para Porto Seguro, na tarde desse domingo, e ficou com o título de Campeã do Intermunicipal baiano de 2013.
Começa pra valer na quarta-feira o Copa do Mundo de Clubes, em Marrocos, norte da África, país islâmico, com a definição dos confrontos das semifinais:
O Atlético (Galo Mineiro) enfrenta o time da casa , Raja Casablanca, que eliminou o Monterrey do México com um futebol de marcação dura e velocidade. Tem a favor de si o Casablanca a fanática torcida, a adaptação ao clima, o conhecimento do campo de jogo. A partida será realizada às 16h30, horário baiano. Chega a hora do Galo de Tardelli, Ronaldinho e Jô ! Torcida brasileira.
O poderoso Bayern Munich, campeão da Europa, enfrenta o chinês Gangzhou, time onde jogam o atacante baiano Elkeson (ex- Vitória e Botafogo do Rio), o meia argentino Conca (aquele baixinho que foi ídolo no Fluminense do Rio) e o atacante Muriqui, que atuou pelo Vasco.
Em princípio, o Galo Mineiro e o Bayern Munich são favoritos e devem jogar a grande final. Mas futebol é uma caixinha de... então, olho na tevê.
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Viva Itajuípe
É festa, carnaval antecipado no interior. A seleção de futebol de Itajuípe ganhou de 2 x 0 para Porto Seguro, na tarde desse domingo, e ficou com o título de Campeã do Intermunicipal baiano de 2013. Aliás, Itajuípe é bi-campeã baiana. Muito goró por lá noite a dentro.
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Sucessão rubronegra
Nesta segunda-feira, a eleição presidencial no E C Vitória, com Alexi Portela passando o comando do clube para o seu vice Cláudio Falcão, que aponta três objetivos em sua gestão: transformar o Barradão numa Arena, modernizando-o. Entendo que o passo primeiro é cuidar, negociar com os poderes municipais do acesso aos estádio, o chegar e sair, a tal mobilidade urbana. O segundo objetivo, não sei se nessa ordem, é brigar com todas as forças por um título nacional. Sonho do clube e da torcida. Mas tudo isso, diz ele, tem de ser feito com os ‘pés no chão’, sem ‘loucuras’, com as finanças equilibradas. Mágica.
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Renovação tricolor
No Bahia, expectativas, com o anúncio de William como gerente de futebol e Marquinhos (ex-Coritiba) como treinador, já empossados, empoderados e apresentados. Quem fica, quem sai e quem chega no elenco de profissionais para a temporada 2014? Essa a pergunta do torcedor tricolor em cada esquina, cada mesa de boteco. A idéia é formar uma equipe jovem, forte, veloz e ofensiva. Perfeito. Mas é necessário um toque de experiência, de malandragem, de malícia para dar liga. Quem?
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Tapetão infame
Será nessa segunda o julgamento, no tapetão da CBF, do caso Lusa x Flu, que definirá qual dos dois, enfim, cairá para segunda divisão em 2014. Na bola, quem caiu foi o time carioca, mas a Portuguesa pode perder quatro pontos no tapetão por ter usado um jogador irregular nos 15 minutos finais de seu último jogo na competição. Se houver um reversão dos resultados obtidos no campo do jogo será uma imoralidade, mesmo entendendo eu que as leis não devem ser burladas. Há outras formas de punição (pecuniárias, por exemplo, suspensões) mas mudar resultados para favorecer algumas equipes ‘grandes’ é uma indecência.
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O nojo da pancadaria
Vasco e Atlético (PR) foram punidos pela ‘selvageria’ nas arquibancadas de Joinville, no jogo em que o time carioca levou uma balaiada e foi rebaixado, última rodada do brasileirão 2013. O mais grave é que o Vasco bancou em mais de 70 % a viagem da tropa brigona a Joinville e já arrumou advogados para defender os que foram presos. Um acinte.
Se não houver severidade, com responsabilização de torcedores, clubes, federações etc... essas gangues marginais vão destruir o futebol como diversão, lazer popular no Brasil. É hora de agir com dureza, tomar uma tenência ou a barbárie vai prevalecer , os torcedores de bem e suas famílias vão abandonar os estádios, com medo. Os cartolas, os clubes financiam esses selvagens. Com que propósito?
A Nissan, que patrocina o Vasco desde o meio do ano, está rompendo o contrato com o clube carioca em função da briga em Joinville e do rebaixamento. Não pega bem para a marca.
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Repercussão na Copa
O pessoal da Fifa, que organiza a Copa do Mundo, está revendo a programação que previa a realização das tais ‘fan fests -, festas em espaços públicos que geralmente acontecem durante o período da competição, nas cidades que abrigam jogos, como, por exemplo, Salvador. Acontecerão esses eventos? A FIFA está refugando, pois teme a violência. Preocupa-se com as possíveis manifestações de rua contra o evento e também com confrontos de torcidas ‘bagunceiras’ a fim de acertar contas no meio da multidão. A que chegamos!
As marcas que patrocinam esses eventos não querem se expor, queimar o filme de seus produtos, associando-os a atos de pancadarias, selvageria, vandalismos. Ok ? Por outro lado, governo e prefeituras, de cofres vazios, de olho nas eleições de outubro e com a ‘responsa’ de garantir a segurança ... estão também ‘roendo a corda’.
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Cadê o ‘ingrêis’?
Dizem as más línguas que o presidente da CBF José Maria Marin e seu afilhado Marco Polo Del Nero (candidatíssimo à sucessão no poder da CBF) fizeram de um tudo para criar intimidades com o ‘capo’ da Fifa Joseph Blatter, que passou uma semana por essas bandas, mas o ‘chefão’ nem deu bolas pra eles. Até porque os ‘chefetes’ tupiniquins mal arranham o inglês, enrolam-se no francês e tropeçam até no português. Ficou difícil o linguajar.
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Garrinchar não pode
João Ubaldo Ribeiro escreve, sobre o futebol atual, que brincar de bola ou com a bola parece uma prática condenável nas arenas de hoje:
“ Agora não pode mais fazer embaixada, não pode dar dribles supérfluos, Garrincha não ia poder mais, agora só pode jogada politicamente correta! Daqui a pouco vão fazer a lista das jogadas que pode e que não pode. E vão patentear as jogadas, vão vender patrocínios para as jogadas, só quem vai poder fazer é quem o patrocinador autorizar. Vai ter o voleio da Coca-cola e a pedalada da Caloi! Vão regular tudo, vão vender tudo, vão ...’
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Meu escrete
Minha seleção do Campeonato Brasileiro 2013:
Fábio (Cruzeiro), M.Rocha (Atlético MG), Dedé (Cruzeiro), Gil (Corínthians) e Alex Teles (Grêmio); Ralf (Corinthians), Elias (Flamengo), Everton Ribeiro (Cruzeiro) e Seedorf (Botafogo); Tardelli (Galo) e Hernane (Flamengo)/ ou Dinei (Vitória).
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Outros olhos, outras cores
Revi outro dia o jogo Holanda 2 x 0 Brasil, pela Copa do Mundo de 1974, na Alemanha.
Quanta diferença daquele jogo que eu tinha guardado na memória! Não houve um domínio absoluto do Carrossel Holandês, a chamada ‘Laranja Mecânica’, uma equipe com ótimo conjunto que atuava em bloco, defendendo e atacando, tocando muito a bola, tipo Barcelona. Venceu a Holanda em dois lances de contragolpe em alta velocidade, na segunda etapa, aproveitando-se de bobeiras dos laterais brasileiros, Marinho Chagas, no primeiro gol (Neeskens)e Zé Maria, no segundo (Cruiff).
A equipe brasileira, treinada por Zagallo parecia confusa, nervosa, sem nenhum equilíbrio em campo: Leão, Ze Maria, Luis Pereira, Marinho Perez, Marinho Chagas; Carpeggiani, Dirceu, Rivelino e P. Cesar Caju; Valdomiro e Jairzinho (Mirandinha) . Joi um jogo pegado, até violento, de parte a parte, truncado e com uma péssima arbitragem. Luis Pereira foi expulso depois de uma voadora. Jogamos sem brilho, nenhuma criatividade.
Não, não tínhamos uma grande equipe. Impressionante ver um Paulo Cesar apagado, um Rivelino apenas irritado e um Jairizinho trombando, cabeça enterrada, perdendo todas. Na ‘Laranja Mecânica’, excelentes o zagueiro Rep, o meia Neeskens e o meia atacante Cruiff. Mas, vendo hoje o jogo, nada assombroso. Daí, a vitória da Alemanha na final, desbancando a Holanda. Os alemães tinham Beckenbauer, Overhart, Breitner e Müller. Era um timaço. Mereceu o tíitulo.
Nada como o tempo que passa, para que a gente possa ver as coisas com mais clareza.