Times baianos estão se saindo bem no campeonato brasileiro
Jogando bola, o Bahia venceu de virada o Botafogo, no Maracanã, no cair da tarde de domingo pelo placar de 2 x 1, calando os 25 mil cariocas nas arquibancadas, somando 31 pontos ganhos e ocupando a décima posição na tabela do Campeonato Brasileiro 2013, ganhando distância da zona do rebaixamento.
À sua frente, coladinho, também com 31 pontos ganhos e no nono lugar está o Vitória que, no sábado à noite, empatou com o Grêmio de Porto Alegre no Barradão em 0 x 0, num jogo trucado e com poucas emoções.
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Destaque maior no triunfo do tricolor para o trabalho consistente do treinador Cristóvão, pelo esquema tático inteligente empregado, com forte marcação e contragolpes ferinos, mas, sobretudo, pelas modificações feitas na segunda etapa, quando o time carioca vencia e pressionava em jogadas de velocidade pelo lado direito. Fez três mexidas fundamentais na equipe, anulou as jogadas botafoguenses e tomou conta da partida, empatando e virando o placar, sufocando o adversário até o final.
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Festa no Maraca
Seria uma primeira etapa perfeita, não fossem alguns gols perdido e o frangaço de Lomba numa falta batida do meio da rua. O Bahia marcava bem, ocupava os espaços, não deixava o Botafogo trocar passes. O time carioca quase não chutou, não chegou na área tricolor. De quebra, o time baiano chutou oito bolas no gol adversário, a maioria à meia distância e algumas com muito perigo ao arco defendido por Jefferson.
Mas foi o time da estrela solitária que abriu o marcador, após uma falta cavada por Rafael Marques na intermediária. Edilson bateu forte e rasteiro, Lomba foi bem na pelota mas ela passou por baixo do corpo, numa falha flagrante: 1 x 0. Um placar injusto para o que jogou nessa etapa o time baiano.
O time carioca, até então vice-lider da competição, substituiu Seedorff pelo velocista Hiuri, orçando o lado esquerdo da defesa tricolor, criando seguidos lances de perigo, dominando o jogo até os 13 minutos. Então apareceu o olho do treinador, que substituiu o lateral Raul, mostrando cansaço, pelo garoto Jussandro. Logo depois, ousado, colocou o meia Wállisson em lugar do lateral Madson e, mais tarde, p?s o avante Obina em lugar de Bárbio, exausto. Jogando pra frente, com rapidez, buscando o gol, pressionando, o Bahia empatou, com dois passes de Wállisson.
No gol de empate, aos 36’. Avançou pela esquerda e lançou alto para a testada forte, de frente, do atacante Fernandão, estufando as redes: 1 x 1. O Bahia continuou em cima e , aos 40’, Wállisson cobrou falta para a penetração de Obina, numa posição duvidosa, testar descolocando Jefferson : 2 x 1.
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Todo o destaque para o trabalho de equipe. Laterais bem postados, zaga segura, marcação encaixada no meio campo (Feijão, DIones e Helder), uma boa puxada de contragolpes com Barbio e Marquinhos, e com Fernandão azucrinando os zagueiros contrários. Entraram bem Wállisson, Obina e Jussandro.
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O elenco tricolor viaja para Col?mbia e enfrenta, quinta-feira, o Atlético Nacional de Medellin, pela Copa Sulamericana. O Nacional é um time que já venceu Libertadores de América e tem 23 jogos invicto. É o tricolor, de volta, em competições internacionais.
Já no final de semana, cansado da longa viagem, o tricolor volta a campo, na Fonte Nova, para enfrentar o Vasco, hoje na zona de rebaixamento. Um perigo.
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Jogo feio
Quem foi ao Barradão no sábado à noite viu um Vitória 0 x 0 Grêmio murrinha, marcado, truncado, mordido e sem grandes lances de área; um jogo muito brigado no meio campo, cheio de passes errados e muitas faltas. O rubronegro quase não chegou à área de Dida na primeira etapa e o time gaúcho perdeu uma chance aos 15, numa furada do atacante Barcos, de frente pro gol de Wilson, e num gol legítimo, aos 36 minutos, absurdamente anulado pelo árbitro, acatando a bandeirada errada do auxiliar de linha. O treinador Renato Gaúcho e o atacante Kleber, que participou do lance, reclamaram muito.
Na segunda etapa o Vitória foi melhor, apertou, tentou mas não conseguiu varar o bloqueio gremista. O torcedor saiu frustrado, lamentando a perda de dois pontos importantes dentro de casa.
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O time rubronegro viaja pro Sul nesta semana e enfrenta o Atlético do Paraná, na casa do adversário; um time forte e rápido que disputa as primeiras colocações na tabela. Vai pra buscar os pontos que deixou de ganhar na Toca do Leão, mas a tarefa é difícil.
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Será que vai ?
Está nas mãos da presidente Dilma, para aprovação, a Medida Provisória 620, enviada pelo Senado que, se levada a sério, pode mudar alguma coisa pra melhor no futebol brasileiro. Todas as entidades esportivas que recebem algum trocado do governo serão obrigadas a fazer eleições, com limite de apenas uma reeleição possível, mandato de quatro anos e proibição de se passar o cargo para um parente. Alternância democrática de poder, é o que se exige. E transparências nas contas e negócios das entidades. Mais decência e profissionalismo. Que seja.