Sobre a seleção, parece, nenhuma novidade. O Felipão gostou da atuação contra a Inglaterra, pelo menos do primeiro tempo de jogo, e, tudo indica, vai escalar o mesmo time apenas com Marcelo de novidade
Bola que rola no fim de semana. Tem Bahia pelo Brasileirão no sábado, contra o Vasco da Gama, em Volta Redonda (RJ), e, no domingo, a seleção brasileira do Felipão enfrenta a França, em Porto Alegre, último dos amistosos em preparativos para a Copa das Confederações que começa dia 15. Depois, fechando o fim de semana de bola, na boca da noite, o Vitória recebe a visita do Atlético do Paraná, no Barradão.
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Sobre a seleção, parece, nenhuma novidade. O Felipão gostou da atuação contra a Inglaterra, pelo menos do primeiro tempo de jogo, e, tudo indica, vai escalar o mesmo time : Julio Cesar, Dani Alves, Tiago, David Luis e Filipe; Luis Gustavo, Paulinho, Oscar, Hulk e Neymar; Fred. Mas, deve colocar Marcelo na lateral esquerda.
Não gosto do goleiro (acho que passou o momento de Julio Cesar), entendo que Marcelo é melhor que o lateral Filipe; Hulk não pode ser titular e Fred não seria, jamais, o centroavante ideal para uma seleção moderna (é lento, só oportunista, não acompanha o ritmo do time e, certamente, não terá mais condições de brilhar na Copa 2014).
Valendo pela Copa das Confederações, o Brasil estréia contra o Japão, que acabou de se classificar para a Copa do Mundo; na sequência, enfrenta o México (carne de pescoço, durríssima); e, nessa primeira etapa da competição, despede-se no clássico Brasil X Itália, dia 22 (sábado), na Fonte Nova, o jogo mais esperado aqui em Salvador.
Ainda na Fonte Nova teremos Uruguai x Nigéria, dia 20, à noite (19h30) – uma quinta-feira que deve ter ponto facultativo decretado pelo governo/prefeitura, para evitar o caos já mais que costumeiro dos fins de tarde na cidade inteira. E, dia 30, um domingo, teremos o jogo que definirá os terceiro e quarto colocados da competição.
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Província
É inadmissível o que esse tal comitê organizador da copa, da Fifa, está impondo à cidade do Salvador: bloqueando avenidas, fechando ruas, modificando o tráfego no centro urbano, impondo regras, engarrafando tudo... até atravessando containeres ou três imensos geradores de energia em pleno asfalto. Um horror. E nós, bovinamente aceitamos tudo. Nossas autoridades (???) acham que 'vale a pena' por causa de três jogos, de um magote de turistas estrangeiros que possam vir ... e outras baboseiras. Mas, que tal legado é esse que temos de carregar ?
E a Fonte Nova, empetecada e sem originalidade, sem identidade nenhuma com a cidade que a acolhe, continua vazando água pelo teto de 'prástico' mal colocado, ainda com rasgões da tal película e pingueiras sobre as cadeiras de um setor das arquibancadas do lado da ladeira da Fonte. E, claro, vazando dinheiro público. Somos realmente colonizados... tristeza !
Ainda nos alegramos por eles terem permitido que algumas selecionadas baianas de acarajé possam por seus tabuleiros nas imediações da tal ‘arena nome de cerveja’. Será que poderão levar seus tachos com azeite dendê cheirando... ou os acarajés deverão estar em micro-ondas?
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Ê Bahia !
Mudando de conversa, o Bahia com seu time desacreditado de garotos, remendado pelo jovem e competente Cristóvão, surpreendeu a todos, vencendo o Inter, no RGS, e derrubando no meio da semana o Botafogo , campeão carioca, por 2 x 1, em Aracajú, com dois gols do grandalhão candidato a ídolo Fernandão. Cheio de moral, o time viaja a Volta Redonda (RJ), onde enfrenta nesse sábado o Vasco da Gama, em sua última partida antes da parada geral do Brasileirão para a disputa da Copa das Confederações.
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Se em campo, sob novo comando técnico, a moçada vem dando conta do recado, suando o manto, jogando bem e conseguindo resultados, fora de campo as coisas continuam confusas: depois da saída do tal Newton Mota, do comando das divisões de base, logo apareceram agentes e empresários de jogadores entrando na Justiça Trabalhista para retirar alguns atletas do clube, alegando falta de pagamento de salários e de recolhimentos de FGTS.
Alguns atletas em vista são de ótima qualidade e patrim?nio do clube, que investiu muito neles: como Talisca (ora defendendo a seleção brasileira sub-20), Madson (que vem atuando e bem como titular sob a batuta de Cristóvão), mais o quarto-zagueiro Maracás ( muito melhor que Donato, David Moraes e outros ), ítalo Melo e mais uns dois bem cotados no mercado dos jovens boleiros ...
Em se configurando como verdade as denúncias e a saída desses atletas ... É um caso sério de a torcida responsabilizar penalmente a atual diretoria pelo descalabro administrativo, perda de patrim?nio, etc ... O fato precisa ser bem esclarecido. Ou se trata de mais um ‘golpe baixo’ de Newton Mota e sua turma de empresários-amigos ?
O Bahia precisa voltar a se dar respeito. Será ?
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A volta por cima
No domingo, começo da noite, a torcida rubro-negra promete mais uma festa no Barradão, num clássico vermelho e preto : Vitória X Atlético (PR).
No meio da semana, sem a talentosa perna canhota de Cajá e sem a velocidade do gringo Maxi Bianccuchi, o Vitória penou contra o Grêmio, em Porto Alegre, mas só levou 1 x 0, sem jogar bem, longe mesmo do futebol insinuante que vinha apresentando. Não apanhou de mais por causa da atuação brilhante de seu goleiro Wilson, destaque da partida, e um pouco de sorte.
Em casa, com a equipe completa e o apoio da galera, o rubro-negro baiano deve voltar a jogar bom futebol e a fazer gols.
BOA NOVA
É só o começo, mas há anos e anos não vemos a dupla Ba Vi junta e tão bem colocada num Campeonato Brasileiro. Pois que assim continue. Para tanto, ambos, Bahia e Vitória, precisam contratar. Numa disputa longa e difícil como o Nacional/Primeira Divisão, é fundamental ter equipes com titulares e reservas à altura. Jogadores são suspensos, punidos, machucam-se, caem de produção e as peças de reposição têm de estar ao alcance e bem azeitadas, bem treinadas, para que o time em campo não caia de produção com as substituições que possam acontecer.
Vimos isso, já, no Grêmio x Vitória. O rubronegro não tem substitutos no elenco para Cajá, Maxi, Nino, Dinei, Escudero ... E o tricolor mal tem a conta do chá, com o Cristóvão fazendo milagres. Com os mais de 15 dias de refresco ( o Brasileirão suspenso para os jogos da Copa das Confederações), há tempo de contratar, ajustar peças, treinar, deixar as equipes em ponto de bala... porque a maratona é grande, são 38 rodadas, e só cinco, até domingo, aconteceram. O segundo semestre é longo e a parada é difícil.