Não sei ... mas como na Bahia costuma-se inventar e inaugurar tradições ... vá lá! Não pago um real numa caxirola mas pago pra ver e ouvir.
O Vitória venceu mais uma contra o rival Bahia ( 2 x 1 ), o tricolor continua sem vencer na nova Fonte Nova, que deveria ser sua casa, o treinador Joel continua a sina dos empates seguidos, a torcida se retou e atirou dezenas de ‘caxirolas’ no gramado em protesto contra o time e pedindo mudanças no clube, mas o resultado de nada valeu.
Mesmo com o placar, o time rubro-negro terminou a fase classificatória em segundo lugar e os dois times de Juazeiro, que se enfrentaram também na tarde desse domingo lá nas beiradas do São Francisco - Juazeirense 1 x 0 Juazeiro -, vão para as semifinais com a vantagem de jogar por dois empates.
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Os jogos semifinais significam um novo começo, uma nova disputa, agora eliminatória, decisiva, todos zerados. Tudo começa na quarta-feira, na Fonte Nova ( às 20h30): Bahia X Juazeiro.
Na quinta, no Barradão: Vitória x Juazeirense. Dessa disputa entre Salvador e Juazeiro saem os dois finalistas para o título de Campeão Baiano 2014.
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O jogo na Fonte
O clássico, diante de muito espaços desocupados nas arquibancadas, começou nervoso, cauteloso e equilibrado. O rubronegro mais confiante, tentando por a bola no chão e o Bahia dando chutões em busca de Obina, a brigar sozinho contra os zagueiros rivais. Aos 5’ Cajá cobrou falta, forte, e acertou a trave. Um minuto depois Obina testou livre uma bola alta vinda do escanteio e errou o alvo. O rubronegro abriu o placar aos 20’, após cobrança de um tiro de canto; Vitor Ramos testou, acertou o travessão e no rebote Michel, livre, encheu o pé – 1 x 0. A zaga só espiou.
Os jogadores do Bahia sentiram o golpe, o Vitória tomou conta do jogo, ganhou o meio campo, forço as faltas pelo lado direito, ameaçou mais. Aos 31’, Talisca cobrou falta direto e a bola raspou o poste. Aos 32’, o rubro-negro fez 2 x 0, no gol mais bonito da partida: Maxi Bianccuchi recebeu dentro da grande área, de costas, colado com Fahel, mas deu um belo passe de calcanhar para Mansur que penetrava livre, de frente com Lomba.
Aos poucos o tricolor acalmou-se em campo e poderia ter diminuído aos 34’, quando Magal penetrou e foi claramente derrubado por trás pelo zagueiro Gabriel Paulista, mas o árbitro Jailson Macedo fez que não viu, nada marcou. O tricolor tentou pressionar, mas o time rubro-negro mascou, catimbou e quebrou o ritmo do adversário até o final do primeiro tempo.
Joel trocou Obina pelo estreante Fernandão e partiu para cima na segunda etapa, adiantando mais a marcação, buscando mais a área adversária com bolas alçadas. Teve mais a bola e atacou mais, criou mais chances. Aos 6’, Talisca cobrou falta e Tite desviou para as redes – 2 x 1. Na pressão tricolor o Vitória mostrou-se mais inteligente, manhoso, matando as jogadas, buscando faltas, num cai-cai constante. O tricolor quase empata aos 37’ numa bola longa de Talisca que Deola espalmou e aos 40, numa tabela de Fernandão com Marquinhos Gabriel que bateu para fora, perdendo boa chance.
No time vencedor, destaques para a dinâmica dos laterais Nno e Mansur, a boa marcação de Caceres e Michel, a esperteza de Maxi Bianccuchi e a boa técnica de Cajá e Escudero.
No time perdedor, Démerson e Tite suportaram bem, Rosales teve lampejos, Obina brigou muito no primeiro tempo, assim como Fernandão na segunda etapa; mas o melhor do time foi o garoto Talisca. Horríveis os laterais Pablo e Magal, sem condições técnicas, sem força.
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Hoje foi um jogo Fifa, de observação para os jogos da Copa das Confederações. Pergunto:
- Primeiro : O que será da cidade num dia de jogo Fifa, se a cidade praticamente travou nas imediações do estádio com as medidas de controle e fiscalização realizadas ?
- Segundo: O que será da ‘caxirola’ depois que torcedores atiraram no campo de jogo dezenas dos objetos sonoros criados pelo Carlinhos Brown ? Proibir o uso nas arquibancadas? Hum? Brown, que estava no estádio, ficou com o fiofó no ponto com o que viu.
- Terceiro : O som obtido pelas emissoras de rádio nas coletivas realizadas na sala de imprensa do estádio é de péssima qualidade.
- O som no interior do estádio está estourado, muito algo, incomodativo.
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O clássico das carrancas
O Juazeirense venceu e mostrou que é um time mais qualificado tecnicamente. Enfrenta o Vitória na quinta-feira, no Barradão, e decide no domingo, no jogo de volta, lá, em Juazeiro.
O Juazeiro deve jogar seus dois confrontos contra o Bahia na Fonte Nova, por uma questão de renda, dinheiro.
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- Caxirolas e vuvuzelas
Acho a invencionice de Carlinhos Brown até interessante, mas é um achado dele para ganhar dinheiro. Não há por que esse empenho todo, até com a participação da presidenta Dilma e da ministra do turismo Marta ‘suplicio’, para que o tal instrumento pegue, seja utilizado na Copa. Sabe-se que vai custar 20 reais cada ‘bichim’ barulhento daqueles e que está sendo feito em escala industrial, de plástico colorido (verde-amarelo-azul e branco???), por uma empresa norte-americana, na qual o Brown tem partilha.
Que essa ‘caxirola’ vai dar barulho, ninguém duvida. Até mesmo antes da Copa e fora dos estádios já se ouvem ruídos. Dentro das ‘arenas’ não sei se vai rolar tanta barulheira como o acontecido com as ‘vuvuzelas’ nos campos da África do Sul, na copa de 2010, barulheira que chegava a incomodar as transmissões de rádio e TV.
Mas nessa comparação entre vuvuzelas x caxirolas tem um elemento cultural que diferencia muito: o uso da vuvuzela, na África do Sul, já fazia parte dos costumes dos torcedores nas arquibancadas mesmo antes da copa africana. Aqui, a caxirola é uma boa sacada do criativo artista baiano que tenta, assim, ganhar uma graninha boa e implantar um hábito de caxirolar entre os torcedores brasileiros, além das batucadas de costume.
Não sei ... mas como na Bahia costuma-se inventar e inaugurar tradições ... vá lá! Não pago um real numa caxirola mas pago pra ver e ouvir.
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Neymar
Com suas presepadas nos gramados e tantas besteiras ditas/ feitas nos microfones e diante das câmaras fora do campo de jogo, o‘craque’ Neymar está visado por grande parte da torcida brasileira e também fora do país. Suas atuações, bisonhas com a camisa da seleção brasileira, têm lhe rendido vaias das arquibancadas e críticas da mídia especializada. Até a cotação de sua imagem no âmbito publicitário vem caindo.
Neymar precisa tomar uma tenência, amadurecer, se quer realmente ser um jogador, um atleta diferenciado. A chance dele é a Copa das Confederações, é a Copa do Mundo 2014. Para que faça a diferença em campo tem mudar sem comportamento, fora e dentro dos gramados. Precisa jogar bola, ter espírito coletivo, ser objetivo, preciso. Treinar mais e mudar o foco: menos câmara, menos microfone e mais bola. O escrete precisa dele em forma e focado, ou nem passamos das oitavas de final. Está todo mundo, inclusive o Felipão, de olho nas ‘enganações’ dele.
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Vascão
O inferno astral do Vasco de Roberto Dinamite não tem limites. Time desclassificado no Cariocão, equipe desqualificada, o meia Carlos Alberto (olhe ele aí !) apanhado no exame anti-dopping e, por fim, essa semana, o atacante Bernardo foi pego e torturado num morro carioca por estar acompanhado de uma loura (uma ‘maria-chuteira’ bem bombada) que, não por acaso, era também a namoradinha ‘número um’ de um manjado traficante barra pesada da tal ‘comunidade’.
Ela levou sete balaços nas pernocas, de sacanagem, está no hospital, e o jogador levou uns bofetes, choques elétricos e só não morreu ‘de vera’ por interferência de outros jogadores, todos ‘amigaços’ do chefe do tráfico no pedaço. Drogas e futebol se embolam no Rio. Infelizmente. O morro é um cemitério de craques, com seus bailes funk de abundâncias e carreiras.
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Maracanã Com um amistoso meia-boca armado entre os ‘amigos de Ronaldo’ x amigos de Bebeto’ - não por acaso, ambos, Bebeto e Ronaldo, trabalhando (???) na CBF em função da Copa do Mundo 2014 – reinauguraram nesse sábado à noite o Maracanã, dando o ‘novo estádio arenão’ carioca como pronto e acabado para abrigar os jogos da Copa das Confederações, agora em meados de junho. Uma festa midiática apenas para impressionar o pessoal da Fifa, engabelar os ‘porretas’ que mandam no futebol mundial e nosostros, abestalhados, porque ainda falta muita coisa em obras e acabamentos para o “Maraca’ ser dado como em totais e perfeitas condições de uso.
Mas é assim, no ‘bom jeitinho brasileiro’ e no ‘171 carioca’ que as coisas vão sendo tocadas, enganando o povo (cadê os tais legados prometidos?) e enchendo o bolso dos que já os têm bem gordos. Né Ronaldo, Bebeto ? ... Enquanto o tal Marin da CBF ri à toa, os caras da Fifa reclamam do excesso de democracia no Brasil, homi quá, etc e tal e coisa ...
E até a bola rolar em 2014 muitas águas vão rolar ainda por baixo dessa ponte de escândalos com o dinheiro público.
Aqui na Bahia, governo e prefeitura têm prometido tanta coisa... e nada acontece. Antevejo um caos na Paralela (caçambas, tratores, lamaceira...) com tantas obras em curso projetadas- metrô, viadutos, alças, passadiços- tudo a acontecer, em pleno vapor, em pleno agito da Copa, aeroporto cheio de vaivens. Ou não ? Quem viver verá.