Turismo

O ABANDONO DA SALA DE VISITAS DE SALVADOR, SEM PLACAS DE SINALIZAÇÕES

A Praça da Sé vive no abandono e use máscara ao visitá-lo
Tasso Franco , Salvador | 10/01/2025 às 10:35
Antigos alicerces da Sé Primacial viraram escoadouros de água de gasto
Foto: BJÁ
      Em dezembro último, quando Pedro Tourinho ainda era secretário da Prefeitura de Salvador, anunciou-se que a cidade recebera 41 novas placas de sinalização turística para o Centro Histórico. A ação correu durante a abertura do 11º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial, realizada, no Cine Glauber Rocha, no Centro, com pompa.

     O material integra o projeto desenvolvido pela Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM), com o patrocínio da Vale e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da Lei Rouanet.

   A entrega foi feita pela responsável técnica pela área de turismo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e executiva da OCBPM, Marta Feitosa, ao então titular da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura (Secult), Pedro Tourinho. As placas funcionam como ferramentas de democratização da cultura e visam não apenas guiar os turistas, mas também impulsionar a visitação.

   Todo o trabalho foi desenvolvido em conformidade com o Guia Brasileiro de Sinalização Turística do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). É o mesmo padrão encontrado em qualquer local reconhecido como patrimônio pela Unesco no mundo.

Tourinho destacou a importância da sinalização e também da realização do evento em Salvador. “Recentemente fizemos um investimento grande em sinalização. No ano passado, instalamos centenas de placas, e essas agora vêm para somar ainda mais a esse processo de valorização do patrimônio”, declarou.

  Acontece que essas placas nunca foram instaladas na sala de visitas da capital, a Praça da Sé, ao lado da Prefeitura e os locais da cruz caíada, da grade de ossos da Sé Primacial, da Sé em si e dos alicerces da Igreja e do Colégio do Jesuitas estão sem sinalização e ninguém sabe o que são.

   As áreas de alicerces da antiga Sé viraram pousada de gatos e cachorros e mais recenemente, com a instalação de quiosques do Natal, escopadouro de água suja. Os tendeiros lavam pratos, talheres, etc, em bacias e baldes de plástico (vide fotos) e jogam essa água nos antigos alicerces.

   A área do antigo Colégio dos Jesuitas em frente ao Museu da Energia ninguém sabe o que significa. A Cruz Caida que representa a derrubada Sé Primacial virou uma cruz qualquer e o local onde eram sepultadas os baianos, antigamente, uma grade coberta de matos. Assim está a sala de visitas de Salvador. (TF)