Em uma jornada pelos sabores e cores da gastronomia brasileira, destacando a riqueza culinária que se espalha pelo país, o “Globo Repórter” desta sexta-feira, 6, promete dar água na boca. O programa viaja pelas cinco regiões do Brasil e mostra os frutos da terra e do mar que, além de renderem ótimas receitas, se transformam em fonte de renda para os brasileiros. Com reportagens feitas em parceria com as afiliadas do Pará, Bahia, Goiás, Minas, Ceará e Santa Catarina, o “Globo Repórter” explora desde a tradicional tapioca até os sabores únicos do cerrado e do litoral brasileiro.
A viagem tem início na cozinha paraense, uma das mais ricas do país. A repórter Jalília Messias mostra como é feita a extração do tucupi, um molho único extraído da mandioca, e fala sobre o tacacá, um lanche de rua popular no Pará. Jalília vai a uma comunidade quilombola e acompanha a produção artesanal do tucupi, tradição aprendida com os índios. “Aqui em Belém, a mandioca é muito mais do que um alimento, é uma parte essencial da nossa identidade cultural. Acompanhar o processo artesanal de fabricação do tucupi em uma comunidade quilombola foi uma experiência imersiva e transformadora. É emocionante ver o esforço dedicado pelos moradores para manter essa tradição, que não só garante renda para as famílias, mas também celebra o orgulho das nossas raízes indígenas. Essa reportagem é, acima de tudo, uma homenagem à sabedoria e à resistência dos povos tradicionais”, afirma a jornalista.
A tapioca, iguaria derivada da raiz de mandioca, com suas qualidades nutricionais, é um alimento que se popularizou em todo o Brasil e é servida como merenda escolar no Recôncavo Baiano. No “Globo Repórter” desta sexta, a repórter Camila Marinho mostra como é feita a extração artesanal da goma da tapioca e os diversos produtos derivados como o beiju, bolo de tapioca, cuscuz de tapioca e canudinho de tapioca, famosos na Bahia. “O consumo de raiz e seus subprodutos é parte da cultura brasileira que ganhou muita força no Nordeste. Acompanhar todo o processo de extração da mandioca - desde a colheita no campo até a sua completa transformação - foi uma oportunidade de aprender e se deliciar com tudo o que pode ser criado a partir dela”, conta Camila.
Em Goiás, Dona Ana e Seu Zilas, extrativistas dedicados, cultivam uma variedade de frutas do cerrado em seu sítio, a 80 quilômetros de Brasília. Eles processam essas frutas em sucos, biscoitos, geleias e licores, e vendem seus produtos no CEASA de Brasília. No programa, o repórter Pedro Figueiredo visita o sítio e mostra as frutas no pé e o processo de produção. “Foi um privilégio participar do ‘Globo Repórter’ e conhecer os guardiões de um dos nossos biomas mais potentes: o Cerrado. Muitos brasileiros não sabem da força e da vida que essa terra vermelha nos traz. O Cerrado é a savana mais biodiversa do mundo, riquíssimo em espécies que só tem aqui e com sabores únicos. Dona Ana e Seu Zilas são símbolos da força do povo do centro-oeste e de como é possível valorizar as riquezas com a cara e a diversidade do nosso país”, garante o repórter.
As Mestras de Igarapé, um grupo de sete mulheres que participam de uma associação de cozinheiras em Minas Gerais, são responsáveis por preservar a culinária mineira, preparando pratos típicos e receitas familiares passadas de geração em geração. Elas possuem um quiosque na praça principal da cidade onde, a cada semana, uma delas é responsável por cozinhar e vender pratos típicos a preços populares, como galinhada, angu, galinha caipira, costelinha de porco e tutu. A repórter Larissa Carvalho conhece essas cozinheiras e lê algumas de suas receitas, todas escritas à mão em livros de família com vários anos de história. “Gravando com as Mestras de Igarapé aprendi mais do que receita de comida mineira gostosa daqueles velhos caderninhos de vó. Com toda aquela sabedoria, elas mostram pra gente, sobretudo, como a vida tem mais sentido quando valorizamos as histórias de família, seus afetos e tradições”, diz.
No Ceará, a repórter Aline Oliveira conhece o projeto dos Quintais Gastronômicos, nascido da união de mulheres apaixonadas por cozinhar que transformaram os quintais de suas casas em restaurantes especializados em frutos do mar e comida regional. Localizados em Amontada, esses quintais são uma nova promessa do turismo cearense e revelam sabores especiais, onde o frescor dos ingredientes e o toque caseiro se destacam. “Visitar os quintais dos moradores desse pedaço tão especial do litoral cearense e poder mostrar o que eles proporcionam aos visitantes nos enche de orgulho. É dar visibilidade a uma riqueza que passa longe das grandes estruturas turísticas, mas que valoriza a natureza, as tradições e os sabores deixados pelos povos indígenas, que já habitaram a região. A maioria pratos à base de frutos do mar, cheios de temperos, servido com sorriso no rosto e muito afeto. Uma experiência para guardar na memória e no coração”, revela Aline.
Aos 79 anos, Dona Zenaide é a primeira mulher pescadora da comunidade de Pântano do Sul, em Florianópolis. Ela comanda um restaurante pé na areia, famoso pelo prato Feijão com Tainha, muito apreciado pelos frequentadores. Ao repórter Jean Raupp, ela conta que aprendeu a pescar com o pai e a cozinhar com a mãe, e hoje encara seu restaurante como um grande navio onde é a capitã. “Eu sou do Pântano do Sul, cresci nesta vila de pescadores, onde tenho muitos amigos e parentes. Foi muito bacana mostrar um pouquinho da pesca da tainha, tradicional para quem vive no litoral de Santa Catarina, e conversar com a Dona Zenaide, uma figura que eu conheço desde pequeno. É sempre bom ouvir suas histórias, aprender seus truques na cozinha, aproveitar a Tainha no Feijão e, agora, poder mostrar isso para todo o Brasil”, conta Jean.
O “Globo Repórter” desta sexta vai ao ar logo após a novela ‘Mania de Você’.