Em janeiro deste ano, Timothy Verrill foi declarado culpado por um crime pelo tribunal geral do estado de New Hampshire. Ele foi acusado de assassinar Christine Sullivan e Jenna Pellegrini, cujos corpos foram encontrados pela polícia no quintal da casa do namorado de Sullivan, Dean Smoronk. Perto do local, as autoridades também encontraram um aparelho Echo da Amazon, um alto-falante controlado por comandos de voz.
As investigações comecaram depois que Smoronk ligou para a emergência e relatou o desaparecimento de sua namorada. A polícia, então, analisou imagens das câmeras de segurança da casa e identificou Verrill, que era conhecido de Smoronk, na companhia das duas mulheres. Horas depois, Verrill foi filmado comprando itens de limpeza e retornando para a casa de Smoronk.
O juiz determinou que a Amazon entregue as gravações do Echo, que a assistente virtual da Amazoin, chamada Alexa, gravou na residência onde ocorreu o crime. As autoridades acreditam que o alto-falante dará as informações necessárias para colocar o assassino atrás das grades. Contudo, caso a companhia atenda às exigências, mais uma grande questao sobre privacidade de dados poderá ter início.
O incidente já está levantando questões a respeito de informações coletadas com e sem consentimento dos usuários e/ou proprietários e como esses dados podem ser usados, mesmo se tratando de um caso grave. O julgamento de Verrill terá início em maio de 2019 e, até então, a Amazon alegou que não disponibilizará informações de seus usuários “sem uma demanda legal válida”, alegando ser contra “demandas excessivas".
A Amazon alega ser possível que o alto-falante não tenha gravado nada sobre o ocorrido, afinal ele é ativado por alguns comandos específicos de voz — embora existam exceções e casos em que conversas já foram gravadas sem que essas frases fossem ditas.